O Jogo Sujo: Dinheiro, Amor e Traição

O Jogo Sujo: Dinheiro, Amor e Traição

Gavin

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Capítulo

Minha mãe precisava de uma cirurgia cardíaca de emergência, e eu liguei para o meu marido, Pedro, que estava em Lisboa em uma "viagem de negócios crucial". Mas a voz dele, misturada com risos e música ao fundo, me atingiu como um choque: "Quanto custa? Não posso largar tudo, este negócio é crucial." E então, ouvi a voz dela. A voz familiar da minha cunhada, Sofia: "Pedro, querido, com quem estás a falar? Vem, o nosso jantar está a arrefecer." Naquele instante, meu mundo desabou. Meu marido, numa suposta viagem de negócios vital, estava num jantar romântico com a própria irmã, enquanto minha mãe lutava pela vida. Eu me afastei do telefone, incrédula. A conta do hospital foi entregue: 21.500 euros. Corri para o banco para verificar nossa conta conjunta, a nossa única salvação. O que o funcionário do banco me disse congelou o meu sangue: "O saldo atual é de 15,32 euros. Houve um levantamento de 30.000 euros esta manhã." Ele tinha esvaziado a nossa conta. No dia em que minha mãe teve um ataque cardíaco, ele pegou todo o nosso dinheiro e foi celebrar com a irmã. A raiva me consumiu. Aquele "negócio crucial" era ele esvaziar a nossa conta para financiar uma escapadela romântica com a Sofia, fingindo ser o "Sr. e Sra. Patterson" num hotel de luxo em Lisboa? Como ele pôde ser tão cruel, tão abjecto? Tão indiferente à dor da minha mãe, à minha agonia, à nossa ruína? Naquele momento, enquanto eu vendia minhas últimas joias para salvar minha mãe, uma certeza gelada me invadiu. Este casamento tinha acabado. E eles iam pagar. Todos iam pagar.

Introdução

Minha mãe precisava de uma cirurgia cardíaca de emergência, e eu liguei para o meu marido, Pedro, que estava em Lisboa em uma "viagem de negócios crucial".

Mas a voz dele, misturada com risos e música ao fundo, me atingiu como um choque: "Quanto custa? Não posso largar tudo, este negócio é crucial."

E então, ouvi a voz dela. A voz familiar da minha cunhada, Sofia: "Pedro, querido, com quem estás a falar? Vem, o nosso jantar está a arrefecer."

Naquele instante, meu mundo desabou. Meu marido, numa suposta viagem de negócios vital, estava num jantar romântico com a própria irmã, enquanto minha mãe lutava pela vida.

Eu me afastei do telefone, incrédula. A conta do hospital foi entregue: 21.500 euros. Corri para o banco para verificar nossa conta conjunta, a nossa única salvação.

O que o funcionário do banco me disse congelou o meu sangue: "O saldo atual é de 15,32 euros. Houve um levantamento de 30.000 euros esta manhã."

Ele tinha esvaziado a nossa conta. No dia em que minha mãe teve um ataque cardíaco, ele pegou todo o nosso dinheiro e foi celebrar com a irmã.

A raiva me consumiu. Aquele "negócio crucial" era ele esvaziar a nossa conta para financiar uma escapadela romântica com a Sofia, fingindo ser o "Sr. e Sra. Patterson" num hotel de luxo em Lisboa?

Como ele pôde ser tão cruel, tão abjecto? Tão indiferente à dor da minha mãe, à minha agonia, à nossa ruína?

Naquele momento, enquanto eu vendia minhas últimas joias para salvar minha mãe, uma certeza gelada me invadiu. Este casamento tinha acabado. E eles iam pagar. Todos iam pagar.

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Romance

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Meu maior arrependimento nesta vida foi amar Ricardo Almeida, meu padrinho e o melhor amigo dos meus pais. Ele me acolheu quando fiquei órfã aos dez anos e prometeu me proteger, ser como uma filha. Eu o amava secretamente, o via como meu porto seguro. Cheguei a doar parte do meu fígado para salvá-lo de um acidente terrível. Mas um beijo meu, dado em um impulso adolescente enquanto me recuperava da cirurgia, mudou tudo. Seus olhos, antes quentes, tornaram-se frios como gelo, e suas palavras raras e cortantes. Então, Laura Bastos, sua noiva, surgiu, uma "dama de porcelana", mas seus rins falharam e eu era a única compatível. Ele, novamente, me pressionou para doar. Eu recusei, meu corpo ainda exausto da doação anterior. Laura morreu. E a vingança de Ricardo foi um pesadelo indizível. Ele expôs meu diário íntimo, me drogou, permitiu que outros homens me violassem, chamando-me de "suja" com nojo. Por fim, em um acesso de fúria cega, ele me esfaqueou, e eu morri em seus braços. Meu último suspiro foi um lamento silencioso. A dor lancinante da facada, a humilhação pública e a traição... tudo tão vívido. Como pude ser tão tola? Como o homem que jurei amar pôde ser tão cruel? Abri os olhos. O cheiro de antisséptico invadiu minhas narinas. A luz fluorescente do hospital feria minha vista. E lá estava ele, Ricardo, ao lado da minha cama, repetindo o mesmo pedido com a voz que me amaldiçoou: "Laura precisa de você. Por favor, salve a vida dela." Eu renasci. Voltei ao momento crucial. Desta vez, aquele amor idiota estava morto e enterrado. Minha liberdade seria minha única moeda de troca.

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