A Gota D'Água: O Divórcio Que a Libertou

A Gota D'Água: O Divórcio Que a Libertou

Gavin

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Capítulo

O cheiro de desinfetante no hospital era forte, sufocante. Eu estava no corredor, a tremer, com o telemóvel na mão, tentando desesperadamente ligar para o meu marido. Lá dentro, a minha mãe lutava pela vida contra um cancro avançado. Finalmente, a chamada atendeu, mas não era a voz do Pedro. Era a da irmã dele, Sofia, a reclamar do tom de irritação, porque o Pedro estava "ocupado" na festa de aniversário do sobrinho. Enquanto a minha mãe estava entre a vida e a morte, eles celebravam. "A tua mãe vai ficar bem. Não sejas tão dramática", disse ela, antes de desligar com desdém. O telemóvel escorregou da minha mão, o som ecoando no vazio. As suas palavras, "Vamos passar por isto juntos, meu amor", repetiam na minha cabeça, agora vazias. O palhaço e a festa eram mais importantes que a vida da minha mãe. Quando a cirurgia acabou e o médico disse que ela estava estável, o alívio deu lugar a uma raiva fria e avassaladora. Recebi uma mensagem do Pedro: "Desculpa, amor. A festa estava uma loucura. Ligo amanhã." Amanhã. Era a gota de água. Sem pensar duas vezes, enviei uma única frase: "Pedro, quero o divórcio." A partir daquele momento, a minha vida nunca mais seria a mesma. Eu estava prestes a lutar pela minha liberdade.

Introdução

O cheiro de desinfetante no hospital era forte, sufocante. Eu estava no corredor, a tremer, com o telemóvel na mão, tentando desesperadamente ligar para o meu marido. Lá dentro, a minha mãe lutava pela vida contra um cancro avançado.

Finalmente, a chamada atendeu, mas não era a voz do Pedro. Era a da irmã dele, Sofia, a reclamar do tom de irritação, porque o Pedro estava "ocupado" na festa de aniversário do sobrinho. Enquanto a minha mãe estava entre a vida e a morte, eles celebravam. "A tua mãe vai ficar bem. Não sejas tão dramática", disse ela, antes de desligar com desdém. O telemóvel escorregou da minha mão, o som ecoando no vazio.

As suas palavras, "Vamos passar por isto juntos, meu amor", repetiam na minha cabeça, agora vazias. O palhaço e a festa eram mais importantes que a vida da minha mãe.

Quando a cirurgia acabou e o médico disse que ela estava estável, o alívio deu lugar a uma raiva fria e avassaladora. Recebi uma mensagem do Pedro: "Desculpa, amor. A festa estava uma loucura. Ligo amanhã."

Amanhã. Era a gota de água. Sem pensar duas vezes, enviei uma única frase: "Pedro, quero o divórcio." A partir daquele momento, a minha vida nunca mais seria a mesma. Eu estava prestes a lutar pela minha liberdade.

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No dia do terceiro aniversário do meu filho, Lucas, o meu marido, Pedro, simplesmente não voltou para casa. Preparei o seu bolo favorito e enchi a sala com balões azuis, enquanto Lucas esperava, adormecendo no sofá com o seu pequeno carro de corrida. Liguei para o Pedro dezenas de vezes, mas só encontrei o silêncio do telemóvel desligado. O meu coração afundava a cada tentativa falhada, até que a campainha tocou, já perto da meia-noite. Corri para a porta, com a esperança a reacender-se, mas não era ele. Eram dois polícias, com expressões sérias, que trouxeram a notícia: Pedro sofrera um acidente de carro, estado crítico. O mundo parou, as palavras ecoavam na minha cabeça: "crítico", "acidente". Mas a próxima frase atingiu-me como um raio: "Havia outra pessoa no carro... uma mulher. Infelizmente, ela não sobreviveu." O nome dela? Clara Bastos. A ex-namorada de Pedro, aquela que ele jurou ter ficado no passado. Antes que eu pudesse processar a traição, a minha sogra, Dona Alice, subiu as escadas, o seu medo transformado em raiva pura. "A culpa é tua! Tu nunca o fizeste feliz! A Clara era o verdadeiro amor da vida dele! Se ele morrer, a culpa é tua!" As palavras dela, o facto de que toda a minha vida tinha sido uma farsa, atingiram-me mais do que qualquer golpe físico. O nosso casamento, o nosso filho... Seríamos apenas um obstáculo? Uma mentira? Senti o meu telemóvel vibrar no bolso: uma notificação de transferência bancária. Pedro tinha transferido quase todo o nosso dinheiro da conta conjunta para a sua conta pessoal, horas antes do acidente. Ele não me estava apenas a deixar; estava a deixar-me sem nada. Num piscar de olhos, a minha vida desmoronou-se. Mas eu não me ajoelharia. Enquanto a minha sogra me amaldiçoava, senti uma raiva fria a crescer. Não olhei para trás. A batalha pela minha vida e pela do meu filho tinha acabado de começar.

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