Nunca Mais Serei a Segunda Opção

Nunca Mais Serei a Segunda Opção

Gavin

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Capítulo

Um som ensurdecedor de metal. O cheiro a queimado. O carro capotado. A minha perna estava presa, uma dor excruciante, o sangue a manchar as calças. Clamo por Mateus, meu marido. Ele me vê, minha perna fraturada. Mas outro grito ecoa: Sofia. Apenas um arranhão para ela. Em um piscar de olhos, ele corre para ela, deixando-me para trás, presa no metal retorcido. A dor no peito? Pior que a da perna. Ele afasta-me com um olhar irritado: "Sofia está em choque!" No hospital, com um osso exposto, ele e a irmã dele ainda a defendem, chamando-me de dramática, ciumenta. Ele me abandonou, literalmente, para cuidar de um arranhão. Como pude ser tão cega? A dor rasga-me a alma: esta não é a pessoa que eu pensava conhecer. Deitada naquela maca hospitalar, soube. O nosso casamento tinha morrido ali. Quando o advogado dele me ofereceu uma compensação insultuosa, percebi: não serei a vítima. Minha vida recomeça, e ele pagará por cada pedaço.

Introdução

Um som ensurdecedor de metal. O cheiro a queimado. O carro capotado.

A minha perna estava presa, uma dor excruciante, o sangue a manchar as calças.

Clamo por Mateus, meu marido.

Ele me vê, minha perna fraturada.

Mas outro grito ecoa: Sofia. Apenas um arranhão para ela.

Em um piscar de olhos, ele corre para ela, deixando-me para trás, presa no metal retorcido.

A dor no peito? Pior que a da perna.

Ele afasta-me com um olhar irritado: "Sofia está em choque!"

No hospital, com um osso exposto, ele e a irmã dele ainda a defendem, chamando-me de dramática, ciumenta.

Ele me abandonou, literalmente, para cuidar de um arranhão.

Como pude ser tão cega?

A dor rasga-me a alma: esta não é a pessoa que eu pensava conhecer.

Deitada naquela maca hospitalar, soube. O nosso casamento tinha morrido ali.

Quando o advogado dele me ofereceu uma compensação insultuosa, percebi: não serei a vítima.

Minha vida recomeça, e ele pagará por cada pedaço.

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O anel de diamante em meu dedo parecia pesar toneladas, um fardo de promessas despedaçadas. Meu noivo, Daniel, herdeiro de uma fortuna, deveria estar ao meu lado, mas seus risos vinham de um canto distante, onde Isabela, a mulher que se insinuava entre nós, o envolvia em segredos e toques "acidentais". A gota d'água veio do jeito mais cruel: no nosso aniversário de cinco anos, ele chegou em casa tarde, com o perfume dela impregnado, justificando que a ajudava com um "problema urgente", enquanto a vela do meu jantar especial derretia, levando com ela a última chama da minha esperança. Naquela festa de gala, ver Daniel e Isabela tão à vontade, sem se importar com minha presença, foi uma humilhação insuportável, um golpe final na minha dignidade. Para o mundo, éramos o casal perfeito, mas por trás da fachada, Isabela reinava, e eu era a tola que tentava ignorar trincas que viravam abismos. Com a voz surpreendentemente firme, tirei o anel e o entreguei a ele, declarando o fim do nosso noivado. Seu sorriso zombeteiro e o aviso: "Você vai se arrepender, não é nada sem mim", foram um veneno, mas também uma libertação. Então, um choque: o ataque ao meu ateliê de joias e uma mensagem de Isabela confirmando a destruição, como se zombasse da minha dor. Mas a tristeza deu lugar a uma fúria fria. Eles achavam que me quebrariam, mas eu decidi lutar. Com as mãos trêmulas, mas a mente clara, apaguei a tela do celular – um adeus à minha vida antiga. Eu não precisava do dinheiro dele, apenas da minha liberdade. Aquela noite, nasceu uma nova Sofia, pronta para partir para longe, reconstruir-me e provar que era muito mais do que Daniel jamais poderia imaginar.

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