As Cinzas da Verdade

As Cinzas da Verdade

Gavin

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Capítulo

Acordei no hospital, o cheiro a desinfetante e o braço enfaixado, uma sobrevivente de um incêndio devastador. Ao meu lado, Leo, o meu marido, mascava a preocupação, mas as suas carícias pareciam falsas quando pronunciei a verdade: "Leo, vamos divorciar-nos." Ele congelou, a fúria a substituir a preocupação. "Eu vi, Leo. Eu vi a Clara a empurrar-me." A minha "melhor amiga", Clara, atirou-me para as chamas para se salvar. Ele rejeitou, defendendo-a com uma convicção nauseabunda, e quando o seu telemóvel vibrou, o nome "Clara" brilhou na tela. Ele desatendeu, a voz melosa, garantindo-lhe que eu estava "confusa" e que "cuidaria de tudo". Em vez de me salvar, ele esteve ao telefone com ela. Agora, a minha mãe e os nossos amigos ecoavam a versão deles: eu estava a delirar, instável, e eles estavam do lado "dele". De repente, eu, a vítima, era a vilã instável, egoísta e paranoica. O meu casamento, a minha amizade, a minha própria mãe - todos se transformaram em cinzas naquele incêndio, deixando-me completamente sozinha e traída. Mas então, eu vi-os: Leo e Clara, beijando-se abertamente, um anel reluzindo no seu dedo. Peguei no meu telemóvel e tirei uma fotografia. Esta era a minha verdade. Agora, eles iriam pagar por cada mentira.

Introdução

Acordei no hospital, o cheiro a desinfetante e o braço enfaixado, uma sobrevivente de um incêndio devastador.

Ao meu lado, Leo, o meu marido, mascava a preocupação, mas as suas carícias pareciam falsas quando pronunciei a verdade:

"Leo, vamos divorciar-nos."

Ele congelou, a fúria a substituir a preocupação.

"Eu vi, Leo. Eu vi a Clara a empurrar-me."

A minha "melhor amiga", Clara, atirou-me para as chamas para se salvar.

Ele rejeitou, defendendo-a com uma convicção nauseabunda, e quando o seu telemóvel vibrou, o nome "Clara" brilhou na tela.

Ele desatendeu, a voz melosa, garantindo-lhe que eu estava "confusa" e que "cuidaria de tudo".

Em vez de me salvar, ele esteve ao telefone com ela.

Agora, a minha mãe e os nossos amigos ecoavam a versão deles: eu estava a delirar, instável, e eles estavam do lado "dele".

De repente, eu, a vítima, era a vilã instável, egoísta e paranoica.

O meu casamento, a minha amizade, a minha própria mãe - todos se transformaram em cinzas naquele incêndio, deixando-me completamente sozinha e traída.

Mas então, eu vi-os: Leo e Clara, beijando-se abertamente, um anel reluzindo no seu dedo.

Peguei no meu telemóvel e tirei uma fotografia.

Esta era a minha verdade.

Agora, eles iriam pagar por cada mentira.

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No dia do terceiro aniversário do meu filho, Lucas, o meu marido, Pedro, simplesmente não voltou para casa. Preparei o seu bolo favorito e enchi a sala com balões azuis, enquanto Lucas esperava, adormecendo no sofá com o seu pequeno carro de corrida. Liguei para o Pedro dezenas de vezes, mas só encontrei o silêncio do telemóvel desligado. O meu coração afundava a cada tentativa falhada, até que a campainha tocou, já perto da meia-noite. Corri para a porta, com a esperança a reacender-se, mas não era ele. Eram dois polícias, com expressões sérias, que trouxeram a notícia: Pedro sofrera um acidente de carro, estado crítico. O mundo parou, as palavras ecoavam na minha cabeça: "crítico", "acidente". Mas a próxima frase atingiu-me como um raio: "Havia outra pessoa no carro... uma mulher. Infelizmente, ela não sobreviveu." O nome dela? Clara Bastos. A ex-namorada de Pedro, aquela que ele jurou ter ficado no passado. Antes que eu pudesse processar a traição, a minha sogra, Dona Alice, subiu as escadas, o seu medo transformado em raiva pura. "A culpa é tua! Tu nunca o fizeste feliz! A Clara era o verdadeiro amor da vida dele! Se ele morrer, a culpa é tua!" As palavras dela, o facto de que toda a minha vida tinha sido uma farsa, atingiram-me mais do que qualquer golpe físico. O nosso casamento, o nosso filho... Seríamos apenas um obstáculo? Uma mentira? Senti o meu telemóvel vibrar no bolso: uma notificação de transferência bancária. Pedro tinha transferido quase todo o nosso dinheiro da conta conjunta para a sua conta pessoal, horas antes do acidente. Ele não me estava apenas a deixar; estava a deixar-me sem nada. Num piscar de olhos, a minha vida desmoronou-se. Mas eu não me ajoelharia. Enquanto a minha sogra me amaldiçoava, senti uma raiva fria a crescer. Não olhei para trás. A batalha pela minha vida e pela do meu filho tinha acabado de começar.

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