A Dor do Renascimento

A Dor do Renascimento

Gavin

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Capítulo

A dor de uma contração me rasgou, agarrando-me aos lençóis do hospital. Meu marido, Rodrigo, que eu amava mais que minha vida, entrou, mas não estava sozinho. Atrás dele estava Isabella, sua aluna, com uma barriga saliente, e ele jogou uma pasta em mim: "Assina." Eram os papéis do divórcio. "Isabella está grávida," ele disse, friamente, como se falasse do tempo. "Ela ameaçou fazer uma loucura se eu não resolvesse nossa situação." Na minha vida passada, eu implorei, morrendo de hemorragia no parto enquanto Isabella ria. Mas inexplicavelmente, eu voltei. No mesmo dia, na mesma cama de hospital, com a mesma dor. Desta vez, seria diferente. Olhei para Rodrigo, sem sentir nada além de um frio cortante. "Tudo bem," eu disse, com uma calma que o surpreendeu, e assinei, minha caligrafia impecável. Ele me abandonou lá, sangrando e humilhada. Minha filha nasceu, e eu jurei que cada um deles pagaria. Minha antiga casa? Isabella a destruiu. Meus diários de pesquisa? Queimados na lareira. Minha história? Apagada. "Esta casa," eu disse, "foi comprada com a herança dos meus pais. Metade é minha por direito." Isabella, então, rasgou o próprio roupão e começou a gritar: "SOCORRO! RODRIGO, ELA ESTÁ ME ATACANDO!" Rodrigo me jogou contra a parede. Minha cabeça bateu, e o vidro da mesa se quebrou, cortando minha testa. Sangue. "Você não se cansa de causar problemas?" ele sibilou. Então eu o acertei. "Isso é por me abandonar no hospital." E em Isabella. "Isso é pelos meus diários de pesquisa." Caí, sangrando. Ele levou Isabella embora, ignorando-me. Mas por um milagre, eu sobrevivi. Fui para Genebra. Tudo o que Rodrigo e Isabella destruíram em mim se tornou o alicerce da minha vingança. Eles achavam que me quebraram. Só me tornaram inquebrável. Agora, eu era Sofia Keller. E meu retorno, eu garanto, seria inesquecível.

Introdução

A dor de uma contração me rasgou, agarrando-me aos lençóis do hospital.

Meu marido, Rodrigo, que eu amava mais que minha vida, entrou, mas não estava sozinho.

Atrás dele estava Isabella, sua aluna, com uma barriga saliente, e ele jogou uma pasta em mim: "Assina."

Eram os papéis do divórcio.

"Isabella está grávida," ele disse, friamente, como se falasse do tempo. "Ela ameaçou fazer uma loucura se eu não resolvesse nossa situação."

Na minha vida passada, eu implorei, morrendo de hemorragia no parto enquanto Isabella ria.

Mas inexplicavelmente, eu voltei.

No mesmo dia, na mesma cama de hospital, com a mesma dor.

Desta vez, seria diferente.

Olhei para Rodrigo, sem sentir nada além de um frio cortante.

"Tudo bem," eu disse, com uma calma que o surpreendeu, e assinei, minha caligrafia impecável.

Ele me abandonou lá, sangrando e humilhada.

Minha filha nasceu, e eu jurei que cada um deles pagaria.

Minha antiga casa? Isabella a destruiu.

Meus diários de pesquisa? Queimados na lareira.

Minha história? Apagada.

"Esta casa," eu disse, "foi comprada com a herança dos meus pais. Metade é minha por direito."

Isabella, então, rasgou o próprio roupão e começou a gritar: "SOCORRO! RODRIGO, ELA ESTÁ ME ATACANDO!"

Rodrigo me jogou contra a parede.

Minha cabeça bateu, e o vidro da mesa se quebrou, cortando minha testa. Sangue.

"Você não se cansa de causar problemas?" ele sibilou.

Então eu o acertei.

"Isso é por me abandonar no hospital."

E em Isabella.

"Isso é pelos meus diários de pesquisa."

Caí, sangrando. Ele levou Isabella embora, ignorando-me.

Mas por um milagre, eu sobrevivi.

Fui para Genebra.

Tudo o que Rodrigo e Isabella destruíram em mim se tornou o alicerce da minha vingança.

Eles achavam que me quebraram. Só me tornaram inquebrável.

Agora, eu era Sofia Keller.

E meu retorno, eu garanto, seria inesquecível.

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