Semente de Amendoim, Colheita de Ódio

Semente de Amendoim, Colheita de Ódio

Gavin

5.0
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Capítulo

O meu filho, Lucas, morreu no seu sexto aniversário. Ele morreu de uma reação alérgica a amendoins. O seu pai, o meu marido Miguel, deu-lhe o bolo que o matou. Naquele dia, recebi uma chamada de Miguel, a sua voz cheia de pânico, a descrever os lábios azuis do nosso filho, que não conseguia respirar. Corri para casa, mas quando cheguei ao hospital, era tarde demais. O meu mundo desabou quando o médico disse as palavras que nenhuma mãe quer ouvir. Miguel sentou-se em silêncio ao lado do corpo sem vida do Lucas. "Foi a minha mãe", murmurou ele, "Ela trouxe o bolo. Ela não sabia." A mãe dele, Clara, a mulher que sempre desdenhou as alergias do Lucas, chamando-lhes "frescura". O meu marido, a defendê-la, mesmo em frente ao caixão do nosso filho. Será que ele não via? Será que ele não percebia que, por trás daquele sorriso falso, havia algo mais sinistro? Como podia a sua lealdade à mãe ser mais forte que a dor pela perda do nosso filho? E a polícia? Disseram-me que as mãos deles estavam atadas, que era apenas um "acidente trágico". Mas um sussurro de uma amiga, "Ela disse que ia ver se a 'frescura' era real", congelou-me o sangue. Não foi um acidente. Foi intencional. E eu ia descobrir até onde ia a sua maldade, mesmo que isso significasse desenterrar segredos do passado da sua família. A Clara ia pagar.

Introdução

O meu filho, Lucas, morreu no seu sexto aniversário.

Ele morreu de uma reação alérgica a amendoins.

O seu pai, o meu marido Miguel, deu-lhe o bolo que o matou.

Naquele dia, recebi uma chamada de Miguel, a sua voz cheia de pânico, a descrever os lábios azuis do nosso filho, que não conseguia respirar.

Corri para casa, mas quando cheguei ao hospital, era tarde demais.

O meu mundo desabou quando o médico disse as palavras que nenhuma mãe quer ouvir.

Miguel sentou-se em silêncio ao lado do corpo sem vida do Lucas.

"Foi a minha mãe", murmurou ele, "Ela trouxe o bolo. Ela não sabia."

A mãe dele, Clara, a mulher que sempre desdenhou as alergias do Lucas, chamando-lhes "frescura".

O meu marido, a defendê-la, mesmo em frente ao caixão do nosso filho.

Será que ele não via?

Será que ele não percebia que, por trás daquele sorriso falso, havia algo mais sinistro?

Como podia a sua lealdade à mãe ser mais forte que a dor pela perda do nosso filho?

E a polícia? Disseram-me que as mãos deles estavam atadas, que era apenas um "acidente trágico".

Mas um sussurro de uma amiga, "Ela disse que ia ver se a 'frescura' era real", congelou-me o sangue.

Não foi um acidente.

Foi intencional.

E eu ia descobrir até onde ia a sua maldade, mesmo que isso significasse desenterrar segredos do passado da sua família.

A Clara ia pagar.

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No quinto aniversário de casamento. Ou, como Tiago fazia questão de lembrar, o aniversário do acidente que ceifou a sua família. Em vez de celebração, iniciava-se mais um capítulo da minha tortura insaciável. Ele, o homem que um dia amei mais que tudo, transformara-se num carrasco implacável. Fui forçada a beber noventa e nove garrafas de vinho, um símbolo macabro da minha "dívida de sangue". Confinada, isolada, humilhada, vi-o dar afetos a Clara, uma mulher escolhida pela semelhança com a Sofia de outrora. Fui submetida a uma cirurgia perigosa para doar um rim a ela, depois de um "acidente" suspeito. O nosso leal cão, Max, o último elo do nosso amor passado, foi cruelmente morto. E o cúmulo da humilhação: fui forçada a engolir as cinzas do meu querido amigo. Arrastada de joelhos, sob a vigilância fria dele, até ao cemitério para proclamar os pecados dos meus pais. A dor física não era nada comparada à exaustão da minha alma. Eu só ansiava pela paz, a paz que só a morte parecia poder oferecer. Cansada de amar, cansada de sofrer, o meu único desejo era que tudo acabasse. Num ato de desespero, atirei-me da Ponte da Arrábida, buscando o abraço gélido do Douro. Mas abri os olhos novamente. E, para meu horror e espanto, estava de volta. Um dia antes do acidente fatídico, com todas as memórias vívidas da minha tortura. O mais chocante? Tiago também se lembrava. Agora, perante esta segunda chance inesperada: escolheríamos o ódio mais uma vez, ou haveria redenção para um amor que se transformara em veneno?

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