Acordos e Corações: Uma Segunda Chance

Acordos e Corações: Uma Segunda Chance

Gavin

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O dia do meu casamento com Lucas foi também o funeral do meu pai. Num vestido de noiva branco, eu vestia luto por dentro, casando-me com o filho do nosso maior rival para salvar a empresa da minha família. Mas não era um casamento, era uma transação. Com a morte do meu pai, tornei-me a incubadora trocada pelo império Almeida. A minha sogra, Dona Helena, tratava-me com um desprezo gélido, e Lucas, o meu marido, era uma sombra alheia. Fui vigiada 24 horas por dia, a minha gravidez controlada, a minha própria mãe impedida de me ver. O meu corpo e a minha vontade já não me pertenciam, apenas o bebé dentro de mim importava para a 'herdeira'. Quando a pré-eclâmpsia me levou ao limite, à beira da morte, ouvi o médico dizer: "Ou ela ou o bebé." Como é que uma vida pode ser reduzida a um contrato e uma moeda de troca? Como posso amar um filho que nasceu da minha humilhação e sofrimento? Como se reerguer quando se sente apenas um produto? Mas quando o Lucas, com quem nunca tive uma conversa sincera, me olhou nos olhos e disse: "Tu vales tudo", percebi que talvez, apenas talvez, um novo começo fosse possível fora das cinzas do passado.

Introdução

O dia do meu casamento com Lucas foi também o funeral do meu pai.

Num vestido de noiva branco, eu vestia luto por dentro, casando-me com o filho do nosso maior rival para salvar a empresa da minha família.

Mas não era um casamento, era uma transação.

Com a morte do meu pai, tornei-me a incubadora trocada pelo império Almeida.

A minha sogra, Dona Helena, tratava-me com um desprezo gélido, e Lucas, o meu marido, era uma sombra alheia.

Fui vigiada 24 horas por dia, a minha gravidez controlada, a minha própria mãe impedida de me ver.

O meu corpo e a minha vontade já não me pertenciam, apenas o bebé dentro de mim importava para a 'herdeira'.

Quando a pré-eclâmpsia me levou ao limite, à beira da morte, ouvi o médico dizer: "Ou ela ou o bebé."

Como é que uma vida pode ser reduzida a um contrato e uma moeda de troca?

Como posso amar um filho que nasceu da minha humilhação e sofrimento?

Como se reerguer quando se sente apenas um produto?

Mas quando o Lucas, com quem nunca tive uma conversa sincera, me olhou nos olhos e disse: "Tu vales tudo", percebi que talvez, apenas talvez, um novo começo fosse possível fora das cinzas do passado.

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No dia do terceiro aniversário do meu filho, Lucas, o meu marido, Pedro, simplesmente não voltou para casa. Preparei o seu bolo favorito e enchi a sala com balões azuis, enquanto Lucas esperava, adormecendo no sofá com o seu pequeno carro de corrida. Liguei para o Pedro dezenas de vezes, mas só encontrei o silêncio do telemóvel desligado. O meu coração afundava a cada tentativa falhada, até que a campainha tocou, já perto da meia-noite. Corri para a porta, com a esperança a reacender-se, mas não era ele. Eram dois polícias, com expressões sérias, que trouxeram a notícia: Pedro sofrera um acidente de carro, estado crítico. O mundo parou, as palavras ecoavam na minha cabeça: "crítico", "acidente". Mas a próxima frase atingiu-me como um raio: "Havia outra pessoa no carro... uma mulher. Infelizmente, ela não sobreviveu." O nome dela? Clara Bastos. A ex-namorada de Pedro, aquela que ele jurou ter ficado no passado. Antes que eu pudesse processar a traição, a minha sogra, Dona Alice, subiu as escadas, o seu medo transformado em raiva pura. "A culpa é tua! Tu nunca o fizeste feliz! A Clara era o verdadeiro amor da vida dele! Se ele morrer, a culpa é tua!" As palavras dela, o facto de que toda a minha vida tinha sido uma farsa, atingiram-me mais do que qualquer golpe físico. O nosso casamento, o nosso filho... Seríamos apenas um obstáculo? Uma mentira? Senti o meu telemóvel vibrar no bolso: uma notificação de transferência bancária. Pedro tinha transferido quase todo o nosso dinheiro da conta conjunta para a sua conta pessoal, horas antes do acidente. Ele não me estava apenas a deixar; estava a deixar-me sem nada. Num piscar de olhos, a minha vida desmoronou-se. Mas eu não me ajoelharia. Enquanto a minha sogra me amaldiçoava, senti uma raiva fria a crescer. Não olhei para trás. A batalha pela minha vida e pela do meu filho tinha acabado de começar.

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