A Escolha Dele, A Minha Liberdade

A Escolha Dele, A Minha Liberdade

Gavin

5.0
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Capítulo

No nono mês de gravidez, o cheiro de desinfetante no hospital era forte, e o médico me deu a notícia: cesariana de emergência. Agarrei o meu telemóvel, os dedos a tremer, e liguei para o meu marido, Diogo. Dezoito vezes foi o que precisei para que ele finalmente atendesse. A sua voz, quando atendeu à décima nona tentativa, estava fria, distante. "Estou ocupado." Expliquei a urgência do nosso filho, que estava em sofrimento agudo, no Hospital da Luz. A resposta dele? "A Sofia torceu o tornozelo a descer as escadas, e o cão dela está doente." A sua irmã, a Sofia, e o cão dela, tinham prioridade sobre o nosso filho que lutava pela vida. Ele desligou, sem me dar tempo para reagir, deixando-me sozinha num corredor frio de hospital. Naquele momento, enquanto as lágrimas silenciosas escorriam pelo formulário de consentimento, eu assinei o destino do meu filho, e também o meu. Como podia o homem com quem me casei ser tão cego, tão cruelmente alheio à vida que crescia dentro de mim? Para ele, eu era apenas "hormonal", o meu desespero, uma inconveniência. Mas a verdade era clara: ele escolheu. E agora, eu também faria a minha escolha. Depois da cirurgia, e ainda fraca, ouvi a voz dele a perguntar sobre o bebé, com a mesma casualidade com que se perguntaria sobre o tempo. Foi então que as palavras saíram da minha boca, claras e firmes, decidindo o nosso futuro: "Vamos divorciar-nos." Ele riu, chamou-me louca, egoísta. Mas apenas uma chamada da irmã foi suficiente para mostrar a verdadeira prioridade dele, solidificando a minha liberdade. Eu escolhi viver. Eu escolhi o meu filho. E esta era apenas o começo da minha nova vida.

Introdução

No nono mês de gravidez, o cheiro de desinfetante no hospital era forte, e o médico me deu a notícia: cesariana de emergência.

Agarrei o meu telemóvel, os dedos a tremer, e liguei para o meu marido, Diogo.

Dezoito vezes foi o que precisei para que ele finalmente atendesse.

A sua voz, quando atendeu à décima nona tentativa, estava fria, distante. "Estou ocupado."

Expliquei a urgência do nosso filho, que estava em sofrimento agudo, no Hospital da Luz.

A resposta dele? "A Sofia torceu o tornozelo a descer as escadas, e o cão dela está doente."

A sua irmã, a Sofia, e o cão dela, tinham prioridade sobre o nosso filho que lutava pela vida.

Ele desligou, sem me dar tempo para reagir, deixando-me sozinha num corredor frio de hospital.

Naquele momento, enquanto as lágrimas silenciosas escorriam pelo formulário de consentimento, eu assinei o destino do meu filho, e também o meu.

Como podia o homem com quem me casei ser tão cego, tão cruelmente alheio à vida que crescia dentro de mim?

Para ele, eu era apenas "hormonal", o meu desespero, uma inconveniência.

Mas a verdade era clara: ele escolheu. E agora, eu também faria a minha escolha.

Depois da cirurgia, e ainda fraca, ouvi a voz dele a perguntar sobre o bebé, com a mesma casualidade com que se perguntaria sobre o tempo.

Foi então que as palavras saíram da minha boca, claras e firmes, decidindo o nosso futuro: "Vamos divorciar-nos."

Ele riu, chamou-me louca, egoísta.

Mas apenas uma chamada da irmã foi suficiente para mostrar a verdadeira prioridade dele, solidificando a minha liberdade.

Eu escolhi viver. Eu escolhi o meu filho.

E esta era apenas o começo da minha nova vida.

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