Entre o Altar e a UTI: O Dia do Meu Não-Casamento

Entre o Altar e a UTI: O Dia do Meu Não-Casamento

Gavin

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Capítulo

No dia do meu casamento, o noivo desapareceu. Liguei para o telemóvel dele, mas estava desligado. Enquanto os convidados murmuravam, recebi uma foto da minha irmã mais nova, Sofia: o meu noivo, Leo, estava no hospital, à beira da morte, e ela segurava a mão dele. A legenda? "Os médicos dizem que ele precisa de um transplante de coração, e o meu tipo de sangue é compatível. O da Eva não é." O meu mundo desabou quando ouvi a Sofia, com uma voz calma e gélida, dizer à minha mãe que ela o amava e que se ele morresse, a vida dela não teria sentido. Ela estava a usar o seu próprio coração, a sua vida, para me destruir. Os pais do Leo viam-na como um anjo salvador, enquanto os meus pareciam paralisados. De repente, a minha doença, a mesma que me perseguiu a vida toda, tornou-se a minha arma. "O casamento está cancelado," anunciei, e rumei ao hospital com um plano. Eu não ia permitir que ela me roubasse tudo. Eu ia lutar contra ela no seu próprio jogo de manipulação e mentiras, e desta vez, eu ia ganhar. Porque o meu coração, apesar de ferido, ainda batia por mim.

Introdução

No dia do meu casamento, o noivo desapareceu.

Liguei para o telemóvel dele, mas estava desligado.

Enquanto os convidados murmuravam, recebi uma foto da minha irmã mais nova, Sofia: o meu noivo, Leo, estava no hospital, à beira da morte, e ela segurava a mão dele.

A legenda? "Os médicos dizem que ele precisa de um transplante de coração, e o meu tipo de sangue é compatível. O da Eva não é."

O meu mundo desabou quando ouvi a Sofia, com uma voz calma e gélida, dizer à minha mãe que ela o amava e que se ele morresse, a vida dela não teria sentido.

Ela estava a usar o seu próprio coração, a sua vida, para me destruir.

Os pais do Leo viam-na como um anjo salvador, enquanto os meus pareciam paralisados.

De repente, a minha doença, a mesma que me perseguiu a vida toda, tornou-se a minha arma.

"O casamento está cancelado," anunciei, e rumei ao hospital com um plano.

Eu não ia permitir que ela me roubasse tudo.

Eu ia lutar contra ela no seu próprio jogo de manipulação e mentiras, e desta vez, eu ia ganhar.

Porque o meu coração, apesar de ferido, ainda batia por mim.

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No dia do terceiro aniversário do meu filho, Lucas, o meu marido, Pedro, simplesmente não voltou para casa. Preparei o seu bolo favorito e enchi a sala com balões azuis, enquanto Lucas esperava, adormecendo no sofá com o seu pequeno carro de corrida. Liguei para o Pedro dezenas de vezes, mas só encontrei o silêncio do telemóvel desligado. O meu coração afundava a cada tentativa falhada, até que a campainha tocou, já perto da meia-noite. Corri para a porta, com a esperança a reacender-se, mas não era ele. Eram dois polícias, com expressões sérias, que trouxeram a notícia: Pedro sofrera um acidente de carro, estado crítico. O mundo parou, as palavras ecoavam na minha cabeça: "crítico", "acidente". Mas a próxima frase atingiu-me como um raio: "Havia outra pessoa no carro... uma mulher. Infelizmente, ela não sobreviveu." O nome dela? Clara Bastos. A ex-namorada de Pedro, aquela que ele jurou ter ficado no passado. Antes que eu pudesse processar a traição, a minha sogra, Dona Alice, subiu as escadas, o seu medo transformado em raiva pura. "A culpa é tua! Tu nunca o fizeste feliz! A Clara era o verdadeiro amor da vida dele! Se ele morrer, a culpa é tua!" As palavras dela, o facto de que toda a minha vida tinha sido uma farsa, atingiram-me mais do que qualquer golpe físico. O nosso casamento, o nosso filho... Seríamos apenas um obstáculo? Uma mentira? Senti o meu telemóvel vibrar no bolso: uma notificação de transferência bancária. Pedro tinha transferido quase todo o nosso dinheiro da conta conjunta para a sua conta pessoal, horas antes do acidente. Ele não me estava apenas a deixar; estava a deixar-me sem nada. Num piscar de olhos, a minha vida desmoronou-se. Mas eu não me ajoelharia. Enquanto a minha sogra me amaldiçoava, senti uma raiva fria a crescer. Não olhei para trás. A batalha pela minha vida e pela do meu filho tinha acabado de começar.

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