Adeus, Amor de Segunda Mão

Adeus, Amor de Segunda Mão

Gavin

5.0
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Capítulo

"Vou me divorciar do Alex", eu disse à Carla, minha melhor amiga. Ela quase engasgou com o café, chocada. Por três anos, minha vida de casado foi uma sombra tênue, onde o verdadeiro amor do meu marido sempre foi outro. Alex, a estrela do time de natação da faculdade, nunca me amou. Eu era o porto seguro, o substituto convenientemente disponível quando seções de seu coração se estilhaçaram pela partida de Daniel, seu noivo, no altar. Casei-me com ele, sabendo que era amor de segunda mão, mas alimentava a esperança tola de que um dia eu seria suficiente. Essa esperança definhou a cada vez que Alex corria para o lado de Daniel, a cada crise - real ou fabricada - do homem que ele ainda idolatrava. Eu era a figura de fundo, o zelador, aquele que cuidava da casa enquanto ele vivia sua vida, em constante devoção a Daniel. Ele me defendia casualmente, mas o fez porque eu era seu "marido", não Leo, a pessoa. No dia do meu aniversário, quando ele cantou "Parabéns pra Você" com um bolo em mãos, meu coração vacilou. Mas então, o celular tocou, o nome "Daniel" brilhou na tela, e Alex se desculpou, apressado para atender ao chamado de seu verdadeiro amor, deixando-me sozinho com a vela acesa. Naquele momento, não houve mais hesitação. "Desejo nunca mais te amar", sussurrei para o silêncio, apagando a vela. Eu não era mais um prêmio de consolação. Não era mais o estepe. Era hora de me libertar de uma década de amor não correspondido e três anos de uma mentira. Com uma calma assustadora, preparei os papéis do divórcio. Seria a última vez que Alex me subestimaria. Seria a minha própria libertação.

Introdução

"Vou me divorciar do Alex", eu disse à Carla, minha melhor amiga.

Ela quase engasgou com o café, chocada. Por três anos, minha vida de casado foi uma sombra tênue, onde o verdadeiro amor do meu marido sempre foi outro.

Alex, a estrela do time de natação da faculdade, nunca me amou. Eu era o porto seguro, o substituto convenientemente disponível quando seções de seu coração se estilhaçaram pela partida de Daniel, seu noivo, no altar.

Casei-me com ele, sabendo que era amor de segunda mão, mas alimentava a esperança tola de que um dia eu seria suficiente.

Essa esperança definhou a cada vez que Alex corria para o lado de Daniel, a cada crise - real ou fabricada - do homem que ele ainda idolatrava.

Eu era a figura de fundo, o zelador, aquele que cuidava da casa enquanto ele vivia sua vida, em constante devoção a Daniel. Ele me defendia casualmente, mas o fez porque eu era seu "marido", não Leo, a pessoa.

No dia do meu aniversário, quando ele cantou "Parabéns pra Você" com um bolo em mãos, meu coração vacilou. Mas então, o celular tocou, o nome "Daniel" brilhou na tela, e Alex se desculpou, apressado para atender ao chamado de seu verdadeiro amor, deixando-me sozinho com a vela acesa.

Naquele momento, não houve mais hesitação. "Desejo nunca mais te amar", sussurrei para o silêncio, apagando a vela.

Eu não era mais um prêmio de consolação. Não era mais o estepe.

Era hora de me libertar de uma década de amor não correspondido e três anos de uma mentira.

Com uma calma assustadora, preparei os papéis do divórcio. Seria a última vez que Alex me subestimaria.

Seria a minha própria libertação.

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No dia do terceiro aniversário do meu filho, Lucas, o meu marido, Pedro, simplesmente não voltou para casa. Preparei o seu bolo favorito e enchi a sala com balões azuis, enquanto Lucas esperava, adormecendo no sofá com o seu pequeno carro de corrida. Liguei para o Pedro dezenas de vezes, mas só encontrei o silêncio do telemóvel desligado. O meu coração afundava a cada tentativa falhada, até que a campainha tocou, já perto da meia-noite. Corri para a porta, com a esperança a reacender-se, mas não era ele. Eram dois polícias, com expressões sérias, que trouxeram a notícia: Pedro sofrera um acidente de carro, estado crítico. O mundo parou, as palavras ecoavam na minha cabeça: "crítico", "acidente". Mas a próxima frase atingiu-me como um raio: "Havia outra pessoa no carro... uma mulher. Infelizmente, ela não sobreviveu." O nome dela? Clara Bastos. A ex-namorada de Pedro, aquela que ele jurou ter ficado no passado. Antes que eu pudesse processar a traição, a minha sogra, Dona Alice, subiu as escadas, o seu medo transformado em raiva pura. "A culpa é tua! Tu nunca o fizeste feliz! A Clara era o verdadeiro amor da vida dele! Se ele morrer, a culpa é tua!" As palavras dela, o facto de que toda a minha vida tinha sido uma farsa, atingiram-me mais do que qualquer golpe físico. O nosso casamento, o nosso filho... Seríamos apenas um obstáculo? Uma mentira? Senti o meu telemóvel vibrar no bolso: uma notificação de transferência bancária. Pedro tinha transferido quase todo o nosso dinheiro da conta conjunta para a sua conta pessoal, horas antes do acidente. Ele não me estava apenas a deixar; estava a deixar-me sem nada. Num piscar de olhos, a minha vida desmoronou-se. Mas eu não me ajoelharia. Enquanto a minha sogra me amaldiçoava, senti uma raiva fria a crescer. Não olhei para trás. A batalha pela minha vida e pela do meu filho tinha acabado de começar.

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