Destino Quebrado, Coração Renovado

Destino Quebrado, Coração Renovado

Gavin

5.0
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Capítulo

A primeira coisa que senti foi a dor lancinante e o zumbido abafando tudo, a luz branca do hospital cegando meus olhos. A enfermeira disse: "Sofia, você sofreu um acidente de carro grave. Você está no hospital." Pedro. Meu filho. "Onde está o meu filho? Ele está bem?" A hesitação dela, a palavra "cirurgia", meu pânico sufocante. Pedi para vê-lo, mas me disseram que Miguel, meu marido, estava a caminho. Ele atendeu o telefone, irritado, no meio de uma reunião importante. Eu disse: "Pedro está na cirurgia." Do outro lado, um silêncio frio. "Acidente? Como assim? Onde vocês estão?" "No Hospital Central. Miguel, o médico disse que é grave. Você precisa vir agora." "Eu não posso simplesmente sair, Sofia. Tenho investidores aqui. Vou ver o que posso fazer. Me mantenha informado." E desligou. Uma hora se arrastou, uma tortura. Miguel não veio, nem ligou de volta. O médico se aproximou, o rosto sombrio. Ele nem precisou falar. "Sinto muito, Sra. Sofia. Fizemos tudo o que foi possível. As lesões do seu filho eram... extensas demais. Ele não resistiu." Eu desmaiei. Acordei, mas fingi estar inconsciente. Ouvi a voz de Miguel. "Ela já acordou?" "Ainda não, senhor." "Ótimo. Saia. Quero ficar a sós com minha esposa." Então, ouvi a ligação dele. "O garoto se foi. O plano funcionou perfeitamente. O freio adulterado... ninguém vai suspeitar. Vão pensar que foi apenas um acidente trágico na chuva." Meu coração parou. Não foi um acidente. Foi assassinato. E o assassino era o pai dele. "E a Sofia? Ela sobreviveu, infelizmente. Tenho um plano para ela também. Com a morte do pai dela e a falência da empresa, ela está vulnerável. Vou fazer com que ela assine todos os papéis. E quando ela não for mais útil, vou acusá-la de cumplicidade na fraude. Ela vai para a cadeia, e nós ficaremos com tudo. Ela é fraca, vai desmoronar." Cada palavra, uma facada. Meu pai, a empresa, meu filho. Tudo planejado. "Ninguém vai ficar no nosso caminho. Principalmente não um pirralho chorão que só servia para me tirar dinheiro." Pirralho chorão. Ele estava falando do nosso filho. Minhas lágrimas não eram de tristeza, mas de puro ódio. Ele me achava fraca. Achava que eu ia desmoronar. Naquele momento, deitada na cama de hospital, jurei que não desmoronaria. Eu o faria pagar por cada pedaço da minha alma que ele destruiu. A caçada havia apenas começado.

Introdução

A primeira coisa que senti foi a dor lancinante e o zumbido abafando tudo, a luz branca do hospital cegando meus olhos.

A enfermeira disse: "Sofia, você sofreu um acidente de carro grave. Você está no hospital."

Pedro. Meu filho. "Onde está o meu filho? Ele está bem?"

A hesitação dela, a palavra "cirurgia", meu pânico sufocante. Pedi para vê-lo, mas me disseram que Miguel, meu marido, estava a caminho.

Ele atendeu o telefone, irritado, no meio de uma reunião importante. Eu disse: "Pedro está na cirurgia."

Do outro lado, um silêncio frio. "Acidente? Como assim? Onde vocês estão?"

"No Hospital Central. Miguel, o médico disse que é grave. Você precisa vir agora."

"Eu não posso simplesmente sair, Sofia. Tenho investidores aqui. Vou ver o que posso fazer. Me mantenha informado." E desligou.

Uma hora se arrastou, uma tortura. Miguel não veio, nem ligou de volta.

O médico se aproximou, o rosto sombrio. Ele nem precisou falar. "Sinto muito, Sra. Sofia. Fizemos tudo o que foi possível. As lesões do seu filho eram... extensas demais. Ele não resistiu."

Eu desmaiei.

Acordei, mas fingi estar inconsciente. Ouvi a voz de Miguel. "Ela já acordou?"

"Ainda não, senhor."

"Ótimo. Saia. Quero ficar a sós com minha esposa."

Então, ouvi a ligação dele. "O garoto se foi. O plano funcionou perfeitamente. O freio adulterado... ninguém vai suspeitar. Vão pensar que foi apenas um acidente trágico na chuva."

Meu coração parou. Não foi um acidente. Foi assassinato. E o assassino era o pai dele.

"E a Sofia? Ela sobreviveu, infelizmente. Tenho um plano para ela também. Com a morte do pai dela e a falência da empresa, ela está vulnerável. Vou fazer com que ela assine todos os papéis. E quando ela não for mais útil, vou acusá-la de cumplicidade na fraude. Ela vai para a cadeia, e nós ficaremos com tudo. Ela é fraca, vai desmoronar."

Cada palavra, uma facada. Meu pai, a empresa, meu filho. Tudo planejado.

"Ninguém vai ficar no nosso caminho. Principalmente não um pirralho chorão que só servia para me tirar dinheiro."

Pirralho chorão. Ele estava falando do nosso filho.

Minhas lágrimas não eram de tristeza, mas de puro ódio.

Ele me achava fraca. Achava que eu ia desmoronar.

Naquele momento, deitada na cama de hospital, jurei que não desmoronaria. Eu o faria pagar por cada pedaço da minha alma que ele destruiu.

A caçada havia apenas começado.

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