Alma Penada, Amor Perdido

Alma Penada, Amor Perdido

Gavin

5.0
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Capítulo

Eu flutuo no ar, uma alma penada, observando Arthur, o homem que amei, segurando um bebê ao lado de Isabella, a mulher que tomou meu lugar. Para eles, sou apenas o Leo que "sumiu", o "possessivo", o "peso morto" que Arthur finalmente se livrou. Cada palavra deles é uma facada gelada, esmagando a essência do que restou de mim. Eles não fazem ideia dos sacrifícios, das noites em claro, do meu corpo definhando para que Arthur pudesse ter uma chance de vida. Arthur, com a aliança em seu peito, diz a todos que Isabella o salvou, que sua fortuna pagou, que o amor dela o curou - uma mentira perfeitamente construída sobre minha morte. A origem da minha desgraça não foi minha doença, mas sim o amor doentio que senti por ele. Uma semana se passou, e a notícia da ossada encontrada na ilha despencou na vida de Arthur como um raio – a mesma ilha para onde ele me baniu. Ele tenta reprimir a verdade perturbadora, enquanto Ricardo, a mando de Isabella, fabrica mentiras após mentiras para o manter na cegueira. Max, meu golden retriever, o único que ainda me busca, é envenenado, e Isabella, pouco a pouco, apaga cada vestígio meu daquela casa. O amor que um dia foi meu agora tem uma nova dona, e eu fui completamente esquecido, substituído, como um objeto velho que não serve mais. Mas a mentira está prestes a ruir, e a verdade sobre o meu sacrifício - e o assassinato orquestrado por Isabella - virá à tona.

Introdução

Eu flutuo no ar, uma alma penada, observando Arthur, o homem que amei, segurando um bebê ao lado de Isabella, a mulher que tomou meu lugar.

Para eles, sou apenas o Leo que "sumiu", o "possessivo", o "peso morto" que Arthur finalmente se livrou.

Cada palavra deles é uma facada gelada, esmagando a essência do que restou de mim.

Eles não fazem ideia dos sacrifícios, das noites em claro, do meu corpo definhando para que Arthur pudesse ter uma chance de vida.

Arthur, com a aliança em seu peito, diz a todos que Isabella o salvou, que sua fortuna pagou, que o amor dela o curou - uma mentira perfeitamente construída sobre minha morte.

A origem da minha desgraça não foi minha doença, mas sim o amor doentio que senti por ele.

Uma semana se passou, e a notícia da ossada encontrada na ilha despencou na vida de Arthur como um raio – a mesma ilha para onde ele me baniu.

Ele tenta reprimir a verdade perturbadora, enquanto Ricardo, a mando de Isabella, fabrica mentiras após mentiras para o manter na cegueira.

Max, meu golden retriever, o único que ainda me busca, é envenenado, e Isabella, pouco a pouco, apaga cada vestígio meu daquela casa.

O amor que um dia foi meu agora tem uma nova dona, e eu fui completamente esquecido, substituído, como um objeto velho que não serve mais.

Mas a mentira está prestes a ruir, e a verdade sobre o meu sacrifício - e o assassinato orquestrado por Isabella - virá à tona.

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No dia do terceiro aniversário do meu filho, Lucas, o meu marido, Pedro, simplesmente não voltou para casa. Preparei o seu bolo favorito e enchi a sala com balões azuis, enquanto Lucas esperava, adormecendo no sofá com o seu pequeno carro de corrida. Liguei para o Pedro dezenas de vezes, mas só encontrei o silêncio do telemóvel desligado. O meu coração afundava a cada tentativa falhada, até que a campainha tocou, já perto da meia-noite. Corri para a porta, com a esperança a reacender-se, mas não era ele. Eram dois polícias, com expressões sérias, que trouxeram a notícia: Pedro sofrera um acidente de carro, estado crítico. O mundo parou, as palavras ecoavam na minha cabeça: "crítico", "acidente". Mas a próxima frase atingiu-me como um raio: "Havia outra pessoa no carro... uma mulher. Infelizmente, ela não sobreviveu." O nome dela? Clara Bastos. A ex-namorada de Pedro, aquela que ele jurou ter ficado no passado. Antes que eu pudesse processar a traição, a minha sogra, Dona Alice, subiu as escadas, o seu medo transformado em raiva pura. "A culpa é tua! Tu nunca o fizeste feliz! A Clara era o verdadeiro amor da vida dele! Se ele morrer, a culpa é tua!" As palavras dela, o facto de que toda a minha vida tinha sido uma farsa, atingiram-me mais do que qualquer golpe físico. O nosso casamento, o nosso filho... Seríamos apenas um obstáculo? Uma mentira? Senti o meu telemóvel vibrar no bolso: uma notificação de transferência bancária. Pedro tinha transferido quase todo o nosso dinheiro da conta conjunta para a sua conta pessoal, horas antes do acidente. Ele não me estava apenas a deixar; estava a deixar-me sem nada. Num piscar de olhos, a minha vida desmoronou-se. Mas eu não me ajoelharia. Enquanto a minha sogra me amaldiçoava, senti uma raiva fria a crescer. Não olhei para trás. A batalha pela minha vida e pela do meu filho tinha acabado de começar.

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