Renascimento: Vingança e Recomeço

Renascimento: Vingança e Recomeço

Gavin

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Capítulo

A sensação de ar sendo arrancado dos meus pulmões foi a última coisa que senti enquanto o chão do terraço se afastava. Vi o rosto de Laura, minha ex-melhor amiga, contorcido em triunfo medonho, ao lado de Pedro, meu ex-namorado, cujo desprezo gelado espelhava o dia em que me trocou por ela. Não bastava roubar meu amor e sabotar meu futuro tirando minha vaga no intercâmbio, agora, anos depois, quando eu finalmente havia construído uma carreira de sucesso e eles eram apenas um empresário falido e uma socialite decadente, eles terminaram o serviço. O impacto foi um nada escuro e silencioso, seguido por uma luz ofuscante. Abri os olhos, ofegante, meu coração batendo descontroladamente, para me encontrar no meu antigo quarto, com a luz do sol da tarde entrando pela janela. A data no meu celular? Três meses antes da minha morte. Eu renasci, e junto com o alívio avassalador, veio um soluço, uma chance de fazer tudo diferente, de me vingar. Nos dias seguintes, andei como um fantasma, absorvendo cada detalhe da vida que quase perdi, preparando-me para o inevitável. A confirmação de que tudo era real veio uma semana depois, de uma forma que me deixou doente. Pedro, com um buquê de rosas grotescamente enorme, declarava seu "amor" por Laura, sob um banner ridículo de "Para sempre". E então, Laura saiu do prédio da escola, seu sorriso radiante vacilando por uma fração de segundo quando nossos olhos se encontraram. Havia um brilho em seus olhos, um reconhecimento gélido, uma certeza assustadora: ela também renasceu. Ela sabia, lembrava de tudo, e sua performance exagerada de amor na frente de todos era uma mensagem direta para mim: "Mesmo com uma segunda chance, eu ainda ganho. Ele ainda é meu." Meu sangue gelou, uma raiva fria e cortante se instalando no meu peito. Eles achavam que tinham vencido. Mal sabiam que, desta vez, eu não choraria; eu lutaria.

Introdução

A sensação de ar sendo arrancado dos meus pulmões foi a última coisa que senti enquanto o chão do terraço se afastava.

Vi o rosto de Laura, minha ex-melhor amiga, contorcido em triunfo medonho, ao lado de Pedro, meu ex-namorado, cujo desprezo gelado espelhava o dia em que me trocou por ela.

Não bastava roubar meu amor e sabotar meu futuro tirando minha vaga no intercâmbio, agora, anos depois, quando eu finalmente havia construído uma carreira de sucesso e eles eram apenas um empresário falido e uma socialite decadente, eles terminaram o serviço.

O impacto foi um nada escuro e silencioso, seguido por uma luz ofuscante.

Abri os olhos, ofegante, meu coração batendo descontroladamente, para me encontrar no meu antigo quarto, com a luz do sol da tarde entrando pela janela.

A data no meu celular? Três meses antes da minha morte.

Eu renasci, e junto com o alívio avassalador, veio um soluço, uma chance de fazer tudo diferente, de me vingar.

Nos dias seguintes, andei como um fantasma, absorvendo cada detalhe da vida que quase perdi, preparando-me para o inevitável.

A confirmação de que tudo era real veio uma semana depois, de uma forma que me deixou doente.

Pedro, com um buquê de rosas grotescamente enorme, declarava seu "amor" por Laura, sob um banner ridículo de "Para sempre".

E então, Laura saiu do prédio da escola, seu sorriso radiante vacilando por uma fração de segundo quando nossos olhos se encontraram.

Havia um brilho em seus olhos, um reconhecimento gélido, uma certeza assustadora: ela também renasceu.

Ela sabia, lembrava de tudo, e sua performance exagerada de amor na frente de todos era uma mensagem direta para mim: "Mesmo com uma segunda chance, eu ainda ganho. Ele ainda é meu."

Meu sangue gelou, uma raiva fria e cortante se instalando no meu peito.

Eles achavam que tinham vencido.

Mal sabiam que, desta vez, eu não choraria; eu lutaria.

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No quinto aniversário de casamento. Ou, como Tiago fazia questão de lembrar, o aniversário do acidente que ceifou a sua família. Em vez de celebração, iniciava-se mais um capítulo da minha tortura insaciável. Ele, o homem que um dia amei mais que tudo, transformara-se num carrasco implacável. Fui forçada a beber noventa e nove garrafas de vinho, um símbolo macabro da minha "dívida de sangue". Confinada, isolada, humilhada, vi-o dar afetos a Clara, uma mulher escolhida pela semelhança com a Sofia de outrora. Fui submetida a uma cirurgia perigosa para doar um rim a ela, depois de um "acidente" suspeito. O nosso leal cão, Max, o último elo do nosso amor passado, foi cruelmente morto. E o cúmulo da humilhação: fui forçada a engolir as cinzas do meu querido amigo. Arrastada de joelhos, sob a vigilância fria dele, até ao cemitério para proclamar os pecados dos meus pais. A dor física não era nada comparada à exaustão da minha alma. Eu só ansiava pela paz, a paz que só a morte parecia poder oferecer. Cansada de amar, cansada de sofrer, o meu único desejo era que tudo acabasse. Num ato de desespero, atirei-me da Ponte da Arrábida, buscando o abraço gélido do Douro. Mas abri os olhos novamente. E, para meu horror e espanto, estava de volta. Um dia antes do acidente fatídico, com todas as memórias vívidas da minha tortura. O mais chocante? Tiago também se lembrava. Agora, perante esta segunda chance inesperada: escolheríamos o ódio mais uma vez, ou haveria redenção para um amor que se transformara em veneno?

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