Livro Maldito, Amor Bendito

Livro Maldito, Amor Bendito

Gavin

5.0
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11
Capítulo

Ana Lúcia segurava o troféu de ouro, mas a vitória em campo contrastava com o ar pesado de sua casa. Ali, sua família e o rico Carlos Eduardo a confrontavam. "Case-se comigo", ele propôs, enquanto os pensamentos de sua mãe, pai e irmão invadiam sua mente: um casamento para tirá-la do futebol e "proteger" Isabela, sua irmã adotiva. Eles a viam como um obstáculo a ser controlado, uma vilã em uma história que só eles conheciam. A dor física em seu tornozelo engessado era imensa, mas a traição, as tentativas de sabotagem e a negligência eram piores. Enquanto a família delirava em sua paranoia doentia, Ana Lúcia descobriu o motivo: um "livro" que a pintava como uma ameaça ao futuro glorioso de Isabela. Mesmo assim, Isabela, sua única aliada, sempre a defendeu, um amor que a ajudava a suportar a insanidade que a cercava. Perto das seletivas, um "acidente" forjado a deixou com o tornozelo quebrado. Subornaram o médico para engessá-la e lhe deram sedativos. Eles queriam confiná-la. Mas Isabela, com a ajuda de Ricardo, a resgatou. Ana Lúcia entendeu que sua luta era pela verdade e por Isabela, que acreditava nela. Em meio à dor e aos remédios, ela cortou o gesso. No jogo, enquanto corria e driblava, canalizava toda a mágoa. Ela marcou o gol da vitória. Foi então que sua família apareceu, a humilhando e acusando de egoísmo. Pedro a empurrou. Ana Lúcia caiu, a cabeça batendo no chão. Sua visão escureceu. "Você precisa viver sua própria vida agora, Bela", sussurrou, entregando a ela a medalha de seu avô. "Seja a protagonista da sua história." Ana Lúcia se foi, mas Isabela viu a verdade: o corpo dela estava em seu limite. Os registros em sua bolsa revelaram a doença terminal que ela escondia. "Ela tinha uma doença terminal", Isabela confrontou a família, a voz fria. "E vocês? Vocês estavam preocupados com um maldito livro." A família se desfez em culpa, o pai batendo a cabeça, a mãe chorando. "Vocês não têm o direito de chorar por ela", Isabela cuspiu. "Agora, vocês vão me contar tudo. Sobre esse livro." Atormentados, eles revelaram a "profecia" de um livro antigo: Ana Lúcia, a vilã, destinada a destruir a heroína Isabela. Isabela sentiu raiva e repulsa. "Vocês leram uma história e acreditaram em palavras mortas em uma página em vez de confiar na filha que sangrava e sonhava bem na frente de vocês?" Ela se recusou a dar o corpo de Ana Lúcia para eles. Ana Lúcia foi enterrada em uma colina com vista para o mar, seu lugar favorito. Isabela gravou na lápide: "Ana Lúcia. Irmã Amada. Uma Estrela que Brilhou Demais." A carta da seleção nacional de futebol chegou tarde demais. Dias depois, no diário de Ana Lúcia, Isabela descobriu toda a verdade: a dor da doença, o sofrimento diário e o amor incondicional por ela. Isabela leu o diário em voz alta para a família. A mãe desabou aos prantos. Pedro vomitou. O pai, em um grito de angústia, correu para a morte. A família que destruiu Ana Lúcia se destruiu. Carlos Eduardo, atormentado, fundou um centro de futebol feminino em nome de Ana Lúcia. Isabela se tornou uma escritora aclamada, usando sua fortuna para criar um time de futebol feminino, as "Estrelas de Ana Lúcia". No leito de morte, Isabela revisitou um campo de futebol, onde Ana Lúcia a esperava. "Você viveu por nós duas. E foi lindo", disse Ana. Em uma nova vida, duas meninas nasceram. "Ana", disse uma mãe, olhando para sua filha. "Bem-vinda ao mundo, Isabela", disse uma enfermeira. As irmãs renasceram, com uma segunda chance.

Introdução

Ana Lúcia segurava o troféu de ouro, mas a vitória em campo contrastava com o ar pesado de sua casa.

Ali, sua família e o rico Carlos Eduardo a confrontavam.

"Case-se comigo", ele propôs, enquanto os pensamentos de sua mãe, pai e irmão invadiam sua mente: um casamento para tirá-la do futebol e "proteger" Isabela, sua irmã adotiva.

Eles a viam como um obstáculo a ser controlado, uma vilã em uma história que só eles conheciam.

A dor física em seu tornozelo engessado era imensa, mas a traição, as tentativas de sabotagem e a negligência eram piores.

Enquanto a família delirava em sua paranoia doentia, Ana Lúcia descobriu o motivo: um "livro" que a pintava como uma ameaça ao futuro glorioso de Isabela.

Mesmo assim, Isabela, sua única aliada, sempre a defendeu, um amor que a ajudava a suportar a insanidade que a cercava.

Perto das seletivas, um "acidente" forjado a deixou com o tornozelo quebrado.

Subornaram o médico para engessá-la e lhe deram sedativos.

Eles queriam confiná-la.

Mas Isabela, com a ajuda de Ricardo, a resgatou.

Ana Lúcia entendeu que sua luta era pela verdade e por Isabela, que acreditava nela.

Em meio à dor e aos remédios, ela cortou o gesso.

No jogo, enquanto corria e driblava, canalizava toda a mágoa.

Ela marcou o gol da vitória.

Foi então que sua família apareceu, a humilhando e acusando de egoísmo.

Pedro a empurrou.

Ana Lúcia caiu, a cabeça batendo no chão.

Sua visão escureceu.

"Você precisa viver sua própria vida agora, Bela", sussurrou, entregando a ela a medalha de seu avô.

"Seja a protagonista da sua história."

Ana Lúcia se foi, mas Isabela viu a verdade: o corpo dela estava em seu limite.

Os registros em sua bolsa revelaram a doença terminal que ela escondia.

"Ela tinha uma doença terminal", Isabela confrontou a família, a voz fria.

"E vocês? Vocês estavam preocupados com um maldito livro."

A família se desfez em culpa, o pai batendo a cabeça, a mãe chorando.

"Vocês não têm o direito de chorar por ela", Isabela cuspiu.

"Agora, vocês vão me contar tudo. Sobre esse livro."

Atormentados, eles revelaram a "profecia" de um livro antigo: Ana Lúcia, a vilã, destinada a destruir a heroína Isabela.

Isabela sentiu raiva e repulsa.

"Vocês leram uma história e acreditaram em palavras mortas em uma página em vez de confiar na filha que sangrava e sonhava bem na frente de vocês?"

Ela se recusou a dar o corpo de Ana Lúcia para eles.

Ana Lúcia foi enterrada em uma colina com vista para o mar, seu lugar favorito.

Isabela gravou na lápide: "Ana Lúcia. Irmã Amada. Uma Estrela que Brilhou Demais."

A carta da seleção nacional de futebol chegou tarde demais.

Dias depois, no diário de Ana Lúcia, Isabela descobriu toda a verdade: a dor da doença, o sofrimento diário e o amor incondicional por ela.

Isabela leu o diário em voz alta para a família.

A mãe desabou aos prantos.

Pedro vomitou.

O pai, em um grito de angústia, correu para a morte.

A família que destruiu Ana Lúcia se destruiu.

Carlos Eduardo, atormentado, fundou um centro de futebol feminino em nome de Ana Lúcia.

Isabela se tornou uma escritora aclamada, usando sua fortuna para criar um time de futebol feminino, as "Estrelas de Ana Lúcia".

No leito de morte, Isabela revisitou um campo de futebol, onde Ana Lúcia a esperava.

"Você viveu por nós duas. E foi lindo", disse Ana.

Em uma nova vida, duas meninas nasceram.

"Ana", disse uma mãe, olhando para sua filha.

"Bem-vinda ao mundo, Isabela", disse uma enfermeira.

As irmãs renasceram, com uma segunda chance.

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