A Traição Que Libertou Sofia

A Traição Que Libertou Sofia

Gavin

5.0
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Capítulo

A porta do quarto bateu com uma força que fez o espelho tremer, o que parecia ser apenas mais uma discussão, mas não para mim. A voz furiosa de Marcos, familiar demais, carregava uma raiva conhecida, mas desta vez, eu não sentia medo. Apenas nojo, ao ver as mensagens e fotos da minha melhor amiga, Jéssica, no celular dele. De repente, palavras estranhas, em azul translúcido, começaram a piscar no ar, prevendo cada movimento, cada mentira que ele proferiria. "Foge, Sofia! Esse cara não presta!" , elas diziam. Eu não estava louca, era uma informação bizarra, mas útil, de que minha vida era um roteiro. Ignorei suas ameaças de arrombar a porta e comecei a arrumar uma mochila, as vozes me incentivando: "Isso! Não fica aí chorando. Pega suas coisas e some!" . Ao abrir a porta, Marcos zombou, acusando-me de um "teatrinho" , enquanto tentava me manipular com sua calma ensaiada, dizendo que eu "entendi tudo errado" . O choque e a dor viraram uma pedra de gelo no peito quando ele me ameaçou com Milo, nosso gato, meu único ponto fraco. Pior que a traição, foi a descoberta de que aquele "Marcos" que comi pizza no chão e amei com cada fibra do meu ser, nunca existiu. A realidade nua e crua se revelou: por mais doce que a "Sofia" fosse, para Marcos, eu era apenas o alvo de suas mentiras, e Milo, uma ferramenta de chantagem. Aquele não era o meu fim. Era o começo da minha guerra.

Introdução

A porta do quarto bateu com uma força que fez o espelho tremer, o que parecia ser apenas mais uma discussão, mas não para mim.

A voz furiosa de Marcos, familiar demais, carregava uma raiva conhecida, mas desta vez, eu não sentia medo.

Apenas nojo, ao ver as mensagens e fotos da minha melhor amiga, Jéssica, no celular dele.

De repente, palavras estranhas, em azul translúcido, começaram a piscar no ar, prevendo cada movimento, cada mentira que ele proferiria. "Foge, Sofia! Esse cara não presta!" , elas diziam.

Eu não estava louca, era uma informação bizarra, mas útil, de que minha vida era um roteiro.

Ignorei suas ameaças de arrombar a porta e comecei a arrumar uma mochila, as vozes me incentivando: "Isso! Não fica aí chorando. Pega suas coisas e some!" .

Ao abrir a porta, Marcos zombou, acusando-me de um "teatrinho" , enquanto tentava me manipular com sua calma ensaiada, dizendo que eu "entendi tudo errado" .

O choque e a dor viraram uma pedra de gelo no peito quando ele me ameaçou com Milo, nosso gato, meu único ponto fraco.

Pior que a traição, foi a descoberta de que aquele "Marcos" que comi pizza no chão e amei com cada fibra do meu ser, nunca existiu.

A realidade nua e crua se revelou: por mais doce que a "Sofia" fosse, para Marcos, eu era apenas o alvo de suas mentiras, e Milo, uma ferramenta de chantagem.

Aquele não era o meu fim. Era o começo da minha guerra.

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