Gritos no Vazio da Alma

Gritos no Vazio da Alma

Gavin

5.0
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45
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11
Capítulo

Mateus, meu marido e amor da minha vida, um dia me viu com o brilho de quem sonhava em abrir uma confeitaria, mas a sombra de um vidente e a ambição de sua mãe, Helena, logo cobririam nosso lar. "O vidente disse que estas crianças são amaldiçoadas," sua voz ecoou, fria e distante, enquanto seus dedos se cravavam em meu braço. "Elas trarão desgraça para nossa família, Sofia. Você precisa abortar." Ele me arrastou para uma clínica clandestina, meus apelos e as lembranças do nosso amor se perdendo no silêncio de seu desprezo. A dor do procedimento foi avassaladora, mas nada se comparava ao vazio que se abriu em meu coração, um abismo no lugar onde deveriam estar nossos filhos, nossos gêmeos. De volta a uma casa que se tornou minha prisão, Helena, com um sorriso de triunfo, me entregou um líquido fétido: "É para limpar a maldição que você trouxe para esta casa!" Recusei, e Mateus, sem hesitar, segurou minha cabeça à força enquanto ela despejava a amarga substância em minha garganta. Febril e à beira da morte, meus bebês apareceram em meu delírio, sorrindo e estendendo suas mãozinhas. Eu tentei alcançá-los, sussurrando: "Mamãe está aqui!" Mas eles se foram, e a escuridão me engoliu, deixando-me à mercê de uma verdade ainda mais cruel. "De quem são eles, Sofia?!" Mateus rugiu, atirando um travesseiro em meu rosto, sua acusação rasgando o ar: "Os bebês! Eles não podiam ser meus. O vidente disse que eram amaldiçoados. Você me traiu, não foi? Você dormiu com outro homem!" Então, Laura, uma velha rival, surgiu grávida ao lado de Helena, sorrindo e anunciando: "Eu estou grávida, Mateus. E o filho é seu." Meu mundo desabou em uma cascata de traição, e a dor me levou à inconsciência. Acordei ajoelhada em espinhos, com Helena zombando: "Isso é para você aprender a ter humildade. Uma mulher adúltera e amaldiçoada precisa ser purificada." Laura, em um avental de chef que eu havia bordado para Mateus, sussurrou que tudo era um plano de Helena, que Mateus era fraco e que o filho que carregava era o trunfo dela. A verdade explodiu em fúria, e tentei atacá-la. Mateus me deu um tapa, chamou-me de monstro, e Laura, com lágrimas falsas, revelou uma carta adulterada, dizendo ser de outro amante. Ele a leu, e sua face se tornou assassina, as palavras: "Eu deveria te matar. Eu deveria te marcar para que nenhum outro homem jamais olhe para você," esmagando o resto de minha alma. Mas o terror dele, a intenção de me rasgar, me deu uma força final. Eu o enfrentei, e minha voz ecoou pela casa, carregada de dor e ódio: "Se você me tocar, eu te amaldiçoo, Mateus! Eu amaldiçoo você, sua mãe e essa sua prostituta. Que vocês apodreçam no inferno pela eternidade. Que o filho que ela carrega traga apenas dor e miséria para esta casa, assim como vocês fizeram com os meus!" Mateus hesitou, o medo em seus olhos apenas por um segundo, antes da fúria retornar. Ele me arrastou até o salão principal, onde o vidente falso, Mestre Gerson, e Helena se juntaram em um teatro grotesco, acusando-me de bruxaria. Ele me forçou a confessar mentiras, ameaçando meus pais, e eu cedi, assinando meu destino com a mancha do que parecia ser sangue. Naquela noite, meu corpo desistiu, e minha alma se libertou, observando Mateus, no desespero de minha morte, descobrir a carta de meu irmão e a verdade por trás de todas as mentiras de sua mãe. O remorso se transformou em uma fúria fria. Mateus velou meu corpo, e depois, quebrou o pescoço do vidente, e ordenou que sua mãe fosse chicoteada e presa, e Laura, a terrorizada, foi alertada: "No dia em que você der à luz, eu vou tirar essa criança de você." A mansão se tornou um palco de horrores. As criadas que me maltrataram começaram a morrer. Laura, em um ataque de desespero, tentou incendiar minhas memórias, mas Mateus a deteve, prometendo mantê-la viva até o nascimento do filho, o qual ele tiraria dela para "dá-la à sua mãe no porão". Helena apodrecia na escuridão, vítima de veneno, e Laura, assombrada pelos gritos dela, tentou fugir, apenas para ser encontrada por lobos selvagens. Mateus, quebrado pela culpa, enlouqueceu, e em um beco sujo, ele encontrou seu fim nas mãos de estranhos, sua alma clamando por mim para que o esperasse. Mas eu me virei, caminhando em direção à luz, onde meus dois filhos esperavam, e nós bebemos da água do esquecimento, para uma nova vida de amor e felicidade, longe da dor e da escuridão.

Introdução

Mateus, meu marido e amor da minha vida, um dia me viu com o brilho de quem sonhava em abrir uma confeitaria, mas a sombra de um vidente e a ambição de sua mãe, Helena, logo cobririam nosso lar.

"O vidente disse que estas crianças são amaldiçoadas," sua voz ecoou, fria e distante, enquanto seus dedos se cravavam em meu braço. "Elas trarão desgraça para nossa família, Sofia. Você precisa abortar."

Ele me arrastou para uma clínica clandestina, meus apelos e as lembranças do nosso amor se perdendo no silêncio de seu desprezo. A dor do procedimento foi avassaladora, mas nada se comparava ao vazio que se abriu em meu coração, um abismo no lugar onde deveriam estar nossos filhos, nossos gêmeos.

De volta a uma casa que se tornou minha prisão, Helena, com um sorriso de triunfo, me entregou um líquido fétido: "É para limpar a maldição que você trouxe para esta casa!" Recusei, e Mateus, sem hesitar, segurou minha cabeça à força enquanto ela despejava a amarga substância em minha garganta.

Febril e à beira da morte, meus bebês apareceram em meu delírio, sorrindo e estendendo suas mãozinhas. Eu tentei alcançá-los, sussurrando: "Mamãe está aqui!" Mas eles se foram, e a escuridão me engoliu, deixando-me à mercê de uma verdade ainda mais cruel.

"De quem são eles, Sofia?!" Mateus rugiu, atirando um travesseiro em meu rosto, sua acusação rasgando o ar: "Os bebês! Eles não podiam ser meus. O vidente disse que eram amaldiçoados. Você me traiu, não foi? Você dormiu com outro homem!"

Então, Laura, uma velha rival, surgiu grávida ao lado de Helena, sorrindo e anunciando: "Eu estou grávida, Mateus. E o filho é seu." Meu mundo desabou em uma cascata de traição, e a dor me levou à inconsciência.

Acordei ajoelhada em espinhos, com Helena zombando: "Isso é para você aprender a ter humildade. Uma mulher adúltera e amaldiçoada precisa ser purificada." Laura, em um avental de chef que eu havia bordado para Mateus, sussurrou que tudo era um plano de Helena, que Mateus era fraco e que o filho que carregava era o trunfo dela.

A verdade explodiu em fúria, e tentei atacá-la. Mateus me deu um tapa, chamou-me de monstro, e Laura, com lágrimas falsas, revelou uma carta adulterada, dizendo ser de outro amante. Ele a leu, e sua face se tornou assassina, as palavras: "Eu deveria te matar. Eu deveria te marcar para que nenhum outro homem jamais olhe para você," esmagando o resto de minha alma.

Mas o terror dele, a intenção de me rasgar, me deu uma força final. Eu o enfrentei, e minha voz ecoou pela casa, carregada de dor e ódio: "Se você me tocar, eu te amaldiçoo, Mateus! Eu amaldiçoo você, sua mãe e essa sua prostituta. Que vocês apodreçam no inferno pela eternidade. Que o filho que ela carrega traga apenas dor e miséria para esta casa, assim como vocês fizeram com os meus!"

Mateus hesitou, o medo em seus olhos apenas por um segundo, antes da fúria retornar. Ele me arrastou até o salão principal, onde o vidente falso, Mestre Gerson, e Helena se juntaram em um teatro grotesco, acusando-me de bruxaria.

Ele me forçou a confessar mentiras, ameaçando meus pais, e eu cedi, assinando meu destino com a mancha do que parecia ser sangue. Naquela noite, meu corpo desistiu, e minha alma se libertou, observando Mateus, no desespero de minha morte, descobrir a carta de meu irmão e a verdade por trás de todas as mentiras de sua mãe.

O remorso se transformou em uma fúria fria. Mateus velou meu corpo, e depois, quebrou o pescoço do vidente, e ordenou que sua mãe fosse chicoteada e presa, e Laura, a terrorizada, foi alertada: "No dia em que você der à luz, eu vou tirar essa criança de você."

A mansão se tornou um palco de horrores. As criadas que me maltrataram começaram a morrer. Laura, em um ataque de desespero, tentou incendiar minhas memórias, mas Mateus a deteve, prometendo mantê-la viva até o nascimento do filho, o qual ele tiraria dela para "dá-la à sua mãe no porão".

Helena apodrecia na escuridão, vítima de veneno, e Laura, assombrada pelos gritos dela, tentou fugir, apenas para ser encontrada por lobos selvagens. Mateus, quebrado pela culpa, enlouqueceu, e em um beco sujo, ele encontrou seu fim nas mãos de estranhos, sua alma clamando por mim para que o esperasse.

Mas eu me virei, caminhando em direção à luz, onde meus dois filhos esperavam, e nós bebemos da água do esquecimento, para uma nova vida de amor e felicidade, longe da dor e da escuridão.

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