O Retrato Desbotado do Amor

O Retrato Desbotado do Amor

Gavin

5.0
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Capítulo

Minha vida era uma contagem regressiva, uma tela de pintura desbotada, onde eu, Sofia, com meu tempo contado por uma doença terminal, me via aprisionada em um sistema de "coadjuvante trágico". Minha missão? Conquistar o amor de Rafael, o talentoso artista plástico, por quem eu já havia me apaixonado em quatro vidas diferentes - e falhado espetacularmente em todas elas. A última falha foi um golpe devastador: na festa de sua exposição, ele, meu namorado "oficial", jogou o anel que lhe dei no lixo, publicamente, para provar à sua musa, Camila, que eu era apenas um "acessório sem importância". A humilhação e a dor foram insuportáveis. Mas a verdade mais cruel, o segredo que eu guardava a sete chaves, e que destruiu qualquer resquício de esperança, era a lembrança do nosso filho não-nascido, perdido após Rafael me empurrar num acesso de raiva para correr para consolar Camila. Ele nem percebeu a tragédia que causou. Exausta, com o coração em frangalhos e o corpo falhando, eu desisti. Chamei o sistema e pedi para ser levada de volta ao meu mundo, para morrer em paz. Mas quando a luz branca começou a me engolir, um grito desesperado ecoou: "Sofia, não me deixe!". Ele estava lá, correndo em minha direção, um Rafael que eu nunca conheci, com os olhos mareados e o pânico estampado. Ele finalmente me notou, mas era tarde demais. Ou talvez não?

Introdução

Minha vida era uma contagem regressiva, uma tela de pintura desbotada, onde eu, Sofia, com meu tempo contado por uma doença terminal, me via aprisionada em um sistema de "coadjuvante trágico".

Minha missão? Conquistar o amor de Rafael, o talentoso artista plástico, por quem eu já havia me apaixonado em quatro vidas diferentes - e falhado espetacularmente em todas elas.

A última falha foi um golpe devastador: na festa de sua exposição, ele, meu namorado "oficial", jogou o anel que lhe dei no lixo, publicamente, para provar à sua musa, Camila, que eu era apenas um "acessório sem importância". A humilhação e a dor foram insuportáveis.

Mas a verdade mais cruel, o segredo que eu guardava a sete chaves, e que destruiu qualquer resquício de esperança, era a lembrança do nosso filho não-nascido, perdido após Rafael me empurrar num acesso de raiva para correr para consolar Camila. Ele nem percebeu a tragédia que causou.

Exausta, com o coração em frangalhos e o corpo falhando, eu desisti. Chamei o sistema e pedi para ser levada de volta ao meu mundo, para morrer em paz.

Mas quando a luz branca começou a me engolir, um grito desesperado ecoou: "Sofia, não me deixe!". Ele estava lá, correndo em minha direção, um Rafael que eu nunca conheci, com os olhos mareados e o pânico estampado. Ele finalmente me notou, mas era tarde demais. Ou talvez não?

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O anel de diamante em meu dedo parecia pesar toneladas, um fardo de promessas despedaçadas. Meu noivo, Daniel, herdeiro de uma fortuna, deveria estar ao meu lado, mas seus risos vinham de um canto distante, onde Isabela, a mulher que se insinuava entre nós, o envolvia em segredos e toques "acidentais". A gota d'água veio do jeito mais cruel: no nosso aniversário de cinco anos, ele chegou em casa tarde, com o perfume dela impregnado, justificando que a ajudava com um "problema urgente", enquanto a vela do meu jantar especial derretia, levando com ela a última chama da minha esperança. Naquela festa de gala, ver Daniel e Isabela tão à vontade, sem se importar com minha presença, foi uma humilhação insuportável, um golpe final na minha dignidade. Para o mundo, éramos o casal perfeito, mas por trás da fachada, Isabela reinava, e eu era a tola que tentava ignorar trincas que viravam abismos. Com a voz surpreendentemente firme, tirei o anel e o entreguei a ele, declarando o fim do nosso noivado. Seu sorriso zombeteiro e o aviso: "Você vai se arrepender, não é nada sem mim", foram um veneno, mas também uma libertação. Então, um choque: o ataque ao meu ateliê de joias e uma mensagem de Isabela confirmando a destruição, como se zombasse da minha dor. Mas a tristeza deu lugar a uma fúria fria. Eles achavam que me quebrariam, mas eu decidi lutar. Com as mãos trêmulas, mas a mente clara, apaguei a tela do celular – um adeus à minha vida antiga. Eu não precisava do dinheiro dele, apenas da minha liberdade. Aquela noite, nasceu uma nova Sofia, pronta para partir para longe, reconstruir-me e provar que era muito mais do que Daniel jamais poderia imaginar.

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