Beijo de Cobra: Fim de Um Amor

Beijo de Cobra: Fim de Um Amor

Gavin

5.0
Comentário(s)
37
Leituras
11
Capítulo

O cheiro de terra úmida e clorofila sempre foi o perfume de casa para João Carlos. Até o dia em que a rara orquídea "Beijo de Cobra", símbolo de sua vida e resiliência, desapareceu do Jardim Botânico. Mas o vazio do pedestal não era nada comparado ao que ele sentiria em casa. Foi um pequeno brilho no chão, um brinco de pérola que ele deu à esposa, Ana Lúcia, que congelou seu sangue e sua alma. A visão dela, rios de risadas com outro homem - Rodrigo, o sujeito que ele tanto desprezava - e sua orquídea rara sobre a mesa de centro, como um troféu macabro da traição, tornou-se o mais profundo abismo para João. Sua voz saiu rouca, dolorida: "O que é isso, Ana Lúcia?". Em meio a mentiras vergonhosas e acusações cruéis, a voz de Ana Lúcia, carregada de um cinismo gélido, revelou: "Essa flor dá sorte no amor. Achei que o Rodrigo merecia um pouco de sorte." A humilhação ressoou pela vizinhança. Ele ligou para a mãe dela, Dona Helena, em um ato de desespero: "Sua filha está aqui em casa. Com outro homem. E com a orquídea que ela roubou do meu trabalho para dar de presente pra ele." Ana Lúcia gritou: "Você enlouqueceu?". "Louco fui eu de acreditar em você por todos esses anos!" Arrastado para fora de sua própria casa, a última frase dela cravou-se em sua memória: "Eu preciso de dinheiro. Você sabe que eu não trabalho. Você tem que me dar a minha parte de tudo." Foi então que a bomba explodiu: um acidente de carro de Ana Lúcia revelou que ela estava grávida de oito semanas. E o pai não era ele. A avó gritava que a culpa era dele. João Carlos, então, olhou para tudo e todos ao redor, e tomou a decisão que mudaria tudo: "Eu preciso de ajuda. Estou sendo agredido e acusado falsamente. Eu quero chamar a polícia."

Introdução

O cheiro de terra úmida e clorofila sempre foi o perfume de casa para João Carlos.

Até o dia em que a rara orquídea "Beijo de Cobra", símbolo de sua vida e resiliência, desapareceu do Jardim Botânico.

Mas o vazio do pedestal não era nada comparado ao que ele sentiria em casa.

Foi um pequeno brilho no chão, um brinco de pérola que ele deu à esposa, Ana Lúcia, que congelou seu sangue e sua alma.

A visão dela, rios de risadas com outro homem - Rodrigo, o sujeito que ele tanto desprezava - e sua orquídea rara sobre a mesa de centro, como um troféu macabro da traição, tornou-se o mais profundo abismo para João.

Sua voz saiu rouca, dolorida: "O que é isso, Ana Lúcia?".

Em meio a mentiras vergonhosas e acusações cruéis, a voz de Ana Lúcia, carregada de um cinismo gélido, revelou: "Essa flor dá sorte no amor. Achei que o Rodrigo merecia um pouco de sorte."

A humilhação ressoou pela vizinhança.

Ele ligou para a mãe dela, Dona Helena, em um ato de desespero: "Sua filha está aqui em casa. Com outro homem. E com a orquídea que ela roubou do meu trabalho para dar de presente pra ele."

Ana Lúcia gritou: "Você enlouqueceu?".

"Louco fui eu de acreditar em você por todos esses anos!"

Arrastado para fora de sua própria casa, a última frase dela cravou-se em sua memória: "Eu preciso de dinheiro. Você sabe que eu não trabalho. Você tem que me dar a minha parte de tudo."

Foi então que a bomba explodiu: um acidente de carro de Ana Lúcia revelou que ela estava grávida de oito semanas.

E o pai não era ele.

A avó gritava que a culpa era dele.

João Carlos, então, olhou para tudo e todos ao redor, e tomou a decisão que mudaria tudo: "Eu preciso de ajuda. Estou sendo agredido e acusado falsamente. Eu quero chamar a polícia."

Continuar lendo

Outros livros de Gavin

Ver Mais
Herança e um Casamento Forçado

Herança e um Casamento Forçado

LGBT+

5.0

A chuva incessante batia na janela da velha mansão, um lamento que apenas acompanhava a dor no peito de Sofia. Há uma semana, a tragédia levara seus pais e irmãos, deixando-a, aos 22 anos, a única herdeira da Fazenda Alvorada, um império do café. Mas a mansão, antes cheia de risos, agora era um mausoléu. Dona Clara, a gerente da fazenda, entrou com uma bandeja, a preocupação em seu rosto. "Menina Sofia, você precisa comer alguma coisa." Sofia mal podia desviar os olhos da paisagem cinzenta lá fora. "Não consigo, Clara. Não sinto fome." Dona Clara suspirou, antes de revelar a bomba que mudaria tudo. "O advogado da família esteve aqui. Sua avó, Dona Alice, deixou uma cláusula no testamento." A base de tudo, a lei da família, agora se tornava a sua maior prisão. "Há uma condição," continuou Dona Clara, a voz baixa, "para você assumir o controle total da fazenda e da fortuna: você precisa estar casada." Casada? Em meio a tanto luto? Parecia uma piada cruel do destino. "Isso é um absurdo," Sofia sussurrou, a voz trêmula. "Por que a vovó faria isso?" A notícia se espalhou como fogo por Monte Belo, e um nome emergiu nas fofocas maldosas: "Aquela filha ilegítima dos vizinhos teve sorte, vai virar a Sra. da Fazenda de Café." Era Camila, a garota por quem Sofia nutriu uma paixão platônica por toda a adolescência. E, como invocada, Camila apareceu na mansão naquela mesma tarde. Com uma arrogância que Sofia nunca quisera ver, ela parou à sua frente. "Fiquei sabendo da sua situação." A voz fria de Camila atingiu Sofia como um tapa. "Considerando sua devoção por mim todos esses anos e que agora você está desamparada, posso me casar com você." Mas a facada veio logo em seguida. "Mas saiba que eu e Lucas nos amamos, e mesmo como Sra. da Fazenda, darei filhos a ele." Lucas. Seu primo. O cúmplice. O quebra-cabeça macabro se montou, revelando a ganância dos seus tios e a traição de Camila. O coração de Sofia se esfarelou. Sua devoção por Camila fora a grande tolice de sua juventude, uma alavanca para ser usada no momento mais oportuno. Subindo as escadas, ela ouviu vozes vindas do escritório do pai. "Você realmente disse isso pra ela? Assim, na cara dela? Você é incrível, meu amor." Era Lucas, risonho, com Camila respondendo cheia de desprezo. "Claro que eu disse. Aquela idiota sempre foi louca por mim. É só estalar os dedos. Assim que nos casarmos, a fazenda será nossa. E seus pais podem parar com esse teatrinho de luto e começar a planejar como vamos gastar o dinheiro." Um beijo longo e debochado. A imagem deles, rindo de sua dor e conspirando, foi a gota d' água. A tristeza profunda deu lugar a uma raiva fria, cortante. No espelho, Sofia viu a garota ingênua morrer. Eles a subestimaram. Mas a verdadeira noiva de Sofia já estava a caminho.

Você deve gostar

Capítulo
Ler agora
Baixar livro