Vingança: Um Casamento Cruel

Vingança: Um Casamento Cruel

Gavin

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11
Capítulo

A noite de núpcias de Sofia chegou, envolta em um silêncio opressor e o peso de um vestido vermelho que parecia uma gaiola, um presente de seu novo marido, o temido Ministro do Tesouro, Ricardo. Ela o desposou para salvar sua família da ruína e da prisão, agarrando-se a uma tênue chama de esperança de uma vida pacífica. Mas a porta do quarto se abriu revelando não um noivo, mas um predador, e suas primeiras palavras esmagaram toda a ilusão: "Você é apenas um peão, Sofia. Um instrumento para a minha vingança." Naquela noite, Sofia mergulhou no inferno, sendo humilhada e atormentada por Ricardo, que sussurrava veneno em seus ouvidos. Ao amanhecer, a tortura parecia ter um fim, mas um guarda anunciou um decreto real: sua família seria executada ao meio-dia por traição. Desesperada, Sofia implorou a Ricardo, que ela acreditava ter prometido salvá-los com o casamento. Ele a chutou e revelou a verdade brutal: seu pai, o herói de Sofia, havia destruído a família de Ricardo, matado seus entes queridos e o transformado em um eunuco. O casamento era uma farsa cruel, um meio para a vingança dele, deixando Sofia com a amarga constatação de que seu sacrifício tinha sido em vão. Cinco anos se passaram, e Sofia viveu isolada, sendo torturada física e psicologicamente por Ricardo, que a quebrava e remendava sem cessar. Sua única âncora era a promessa feita à sua mãe de sobreviver por cinco anos, até que uma nova esperança surgiu: ela estava grávida. Mas Isabel, a concubina ciumenta de Ricardo, revelou a gravidez, e ele, em um ato de crueldade indizível, forçou Sofia a abortar o filho que era seu único milagre. Destruída, Sofia subiu à Torre da Lua, pronta para saltar e escapar daquele tormento. Mas Ricardo surgiu, implorando para que ela não pulasse, ajoelhando-se em desespero diante dela. Ela o ignorou, sua alma já estava partida, e o desespero se transformou em uma calma fria. Quando Ricardo a confrontou por uma pequena tigela de cinzas do filho, ele a violentou novamente, trazendo consigo o perfume de Isabel, e Sofia finalmente percebeu: não havia amor, apenas ódio e humilhação. No dia seguinte, ele a forçou a beber uma sopa contraceptiva, e Sofia observou a indiferença das criadas e os cochichos sobre Ricardo e Isabel, aceitando sua solidão. A humilhação final veio quando Isabel ordenou que o único pedaço de terra sagrado de Sofia, onde ela guardava as cinzas da mãe, fosse destruído para um novo jardim. Sofia tentou impedir, mas Ricardo a deteve, e, em um momento de fúria e profanação, ordenou queimar o que restava de suas memórias. Caindo no chão, ela tossiu sangue, entregando-se à escuridão. Ao despertar, Ricardo estava ao seu lado, pálido e aterrorizado, mas negou ter queimado as cinzas da mãe, chamando de delírio o que ela tinha visto claramente. Ele se declarou seu dono, afirmando que ela morreria quando ele decidisse, e jogou a responsabilidade de seu ódio sobre ela. "Você não se cansa disso, Ricardo? Deste jogo sem fim? Desta tortura? Não te deixa exausto?" Ele respondeu com uma fúria selvagem, revelando a dívida de sangue entre suas famílias: "Isso só acaba quando um de nós estiver morto. Você e eu. Até que a morte nos separe." A dor e a raiva de Sofia deram lugar à compaixão, e ela soube o que fazer: dar a ele o fim que ele tanto desejava, mas em seus próprios termos. Ela escapou da mansão, caminhando entre a multidão em um Festival das Lanternas, indo em direção à ponte mais alta da cidade. Lá, Ricardo havia feito uma promessa vazia, e agora, com a vida se esvaindo, ela ouviu comentários sobre ele se livrar dela para se casar com Isabel. Com uma calma arrepiante, ela se jogou no vazio, buscando a liberdade. O impacto com a água trouxe dor, e Sofia se viu morrendo nos braços de Ricardo, que implorava para ela ficar, se arrependendo e confessando ter guardado as cinzas de sua mãe. Mas Isabel apareceu, e Ricardo, em um ataque de fúria cega, finalmente enxergou sua crueldade, expulsando-a, e se agarrou à mão de Sofia, que proferiu: "Você... as queimou. Eu vi. Eu vi as chamas." O diagnóstico do médico era fatal, e Ricardo ficou ao lado dela, chorando, pedindo perdão e confessando seu amor e seu ódio por ela. Na véspera do Ano Novo, com os primeiros flocos de neve caindo, Sofia o perdoou pela dor, mas não por tê-lo feito amá-la. "Na próxima vida... não nos encontrar... nunca mais." Sua mão fraquejou na dele, e o último suspiro de Sofia se dissipou no ar, deixando Ricardo sozinho em um mar de arrependimento.

Introdução

A noite de núpcias de Sofia chegou, envolta em um silêncio opressor e o peso de um vestido vermelho que parecia uma gaiola, um presente de seu novo marido, o temido Ministro do Tesouro, Ricardo.

Ela o desposou para salvar sua família da ruína e da prisão, agarrando-se a uma tênue chama de esperança de uma vida pacífica.

Mas a porta do quarto se abriu revelando não um noivo, mas um predador, e suas primeiras palavras esmagaram toda a ilusão: "Você é apenas um peão, Sofia. Um instrumento para a minha vingança."

Naquela noite, Sofia mergulhou no inferno, sendo humilhada e atormentada por Ricardo, que sussurrava veneno em seus ouvidos.

Ao amanhecer, a tortura parecia ter um fim, mas um guarda anunciou um decreto real: sua família seria executada ao meio-dia por traição.

Desesperada, Sofia implorou a Ricardo, que ela acreditava ter prometido salvá-los com o casamento.

Ele a chutou e revelou a verdade brutal: seu pai, o herói de Sofia, havia destruído a família de Ricardo, matado seus entes queridos e o transformado em um eunuco.

O casamento era uma farsa cruel, um meio para a vingança dele, deixando Sofia com a amarga constatação de que seu sacrifício tinha sido em vão.

Cinco anos se passaram, e Sofia viveu isolada, sendo torturada física e psicologicamente por Ricardo, que a quebrava e remendava sem cessar.

Sua única âncora era a promessa feita à sua mãe de sobreviver por cinco anos, até que uma nova esperança surgiu: ela estava grávida.

Mas Isabel, a concubina ciumenta de Ricardo, revelou a gravidez, e ele, em um ato de crueldade indizível, forçou Sofia a abortar o filho que era seu único milagre.

Destruída, Sofia subiu à Torre da Lua, pronta para saltar e escapar daquele tormento.

Mas Ricardo surgiu, implorando para que ela não pulasse, ajoelhando-se em desespero diante dela.

Ela o ignorou, sua alma já estava partida, e o desespero se transformou em uma calma fria.

Quando Ricardo a confrontou por uma pequena tigela de cinzas do filho, ele a violentou novamente, trazendo consigo o perfume de Isabel, e Sofia finalmente percebeu: não havia amor, apenas ódio e humilhação.

No dia seguinte, ele a forçou a beber uma sopa contraceptiva, e Sofia observou a indiferença das criadas e os cochichos sobre Ricardo e Isabel, aceitando sua solidão.

A humilhação final veio quando Isabel ordenou que o único pedaço de terra sagrado de Sofia, onde ela guardava as cinzas da mãe, fosse destruído para um novo jardim.

Sofia tentou impedir, mas Ricardo a deteve, e, em um momento de fúria e profanação, ordenou queimar o que restava de suas memórias.

Caindo no chão, ela tossiu sangue, entregando-se à escuridão.

Ao despertar, Ricardo estava ao seu lado, pálido e aterrorizado, mas negou ter queimado as cinzas da mãe, chamando de delírio o que ela tinha visto claramente.

Ele se declarou seu dono, afirmando que ela morreria quando ele decidisse, e jogou a responsabilidade de seu ódio sobre ela.

"Você não se cansa disso, Ricardo? Deste jogo sem fim? Desta tortura? Não te deixa exausto?"

Ele respondeu com uma fúria selvagem, revelando a dívida de sangue entre suas famílias: "Isso só acaba quando um de nós estiver morto. Você e eu. Até que a morte nos separe."

A dor e a raiva de Sofia deram lugar à compaixão, e ela soube o que fazer: dar a ele o fim que ele tanto desejava, mas em seus próprios termos.

Ela escapou da mansão, caminhando entre a multidão em um Festival das Lanternas, indo em direção à ponte mais alta da cidade.

Lá, Ricardo havia feito uma promessa vazia, e agora, com a vida se esvaindo, ela ouviu comentários sobre ele se livrar dela para se casar com Isabel.

Com uma calma arrepiante, ela se jogou no vazio, buscando a liberdade.

O impacto com a água trouxe dor, e Sofia se viu morrendo nos braços de Ricardo, que implorava para ela ficar, se arrependendo e confessando ter guardado as cinzas de sua mãe.

Mas Isabel apareceu, e Ricardo, em um ataque de fúria cega, finalmente enxergou sua crueldade, expulsando-a, e se agarrou à mão de Sofia, que proferiu: "Você... as queimou. Eu vi. Eu vi as chamas."

O diagnóstico do médico era fatal, e Ricardo ficou ao lado dela, chorando, pedindo perdão e confessando seu amor e seu ódio por ela.

Na véspera do Ano Novo, com os primeiros flocos de neve caindo, Sofia o perdoou pela dor, mas não por tê-lo feito amá-la.

"Na próxima vida... não nos encontrar... nunca mais."

Sua mão fraquejou na dele, e o último suspiro de Sofia se dissipou no ar, deixando Ricardo sozinho em um mar de arrependimento.

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