A Promessa Quebrada do Elevador Lacerda

A Promessa Quebrada do Elevador Lacerda

Gavin

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Capítulo

O vento frio de Salvador chicoteava meu rosto. No topo do Elevador Lacerda, olhava para a cidade que, assim como eu, assistia ao fim. Meu nome é Raegan Hayes. Sou uma arquiteta de sucesso, mas meu casamento com Liam Neame era um contrato frio, pontuado pela minha constante indiferença e desprezo. Eu o amava? Eu não sabia. Minha obsessão por meu primeiro amor, Hugo, me cegava para o homem gentil que me idolatrava. "Você é ridículo", eu disse, quando ele, em seu aniversário, me trouxe os acarajés que tanto preparei. Eu não imaginava que aquelas seriam as últimas palavras que ele ouviria de mim. Três dias depois, a notícia: Liam estava morto. Suicídio. Pulou do Elevador Lacerda. Recebi os papéis do divórcio e assinei, sentindo alívio. Mas uma voz em minha cabeça sussurrava: "A culpa é sua." Eu neguei. Eu negava tudo. Não tinha como ser minha culpa. Eu não estava de luto! Minha irmã, Cecília, apareceu, com um brilho estranho nos olhos, e logo o caos se instalou. O que ela sabia? Agora, com as cinzas de Liam em minhas mãos, sinto uma possessividade doentia. Ele não pode me deixar. Não pode. Mas eu ainda não entendo. Por que ele se foi? Por que de repente me sinto tão ligada a ele? E por que o silêncio dele me sufoca mais do que qualquer grito? E se a história que me contaram fosse uma mentira? E se houvesse algo mais, algo perverso por trás daquela carta anônima que ele recebeu, daquele rim doado, daquele "sacrifício" que ele fez para mim? Preciso descobrir a verdade. Antes que essa dor me enlouqueça.

Introdução

O vento frio de Salvador chicoteava meu rosto.

No topo do Elevador Lacerda, olhava para a cidade que, assim como eu, assistia ao fim.

Meu nome é Raegan Hayes. Sou uma arquiteta de sucesso, mas meu casamento com Liam Neame era um contrato frio, pontuado pela minha constante indiferença e desprezo.

Eu o amava? Eu não sabia. Minha obsessão por meu primeiro amor, Hugo, me cegava para o homem gentil que me idolatrava.

"Você é ridículo", eu disse, quando ele, em seu aniversário, me trouxe os acarajés que tanto preparei. Eu não imaginava que aquelas seriam as últimas palavras que ele ouviria de mim.

Três dias depois, a notícia: Liam estava morto. Suicídio. Pulou do Elevador Lacerda.

Recebi os papéis do divórcio e assinei, sentindo alívio. Mas uma voz em minha cabeça sussurrava: "A culpa é sua."

Eu neguei. Eu negava tudo. Não tinha como ser minha culpa. Eu não estava de luto!

Minha irmã, Cecília, apareceu, com um brilho estranho nos olhos, e logo o caos se instalou. O que ela sabia?

Agora, com as cinzas de Liam em minhas mãos, sinto uma possessividade doentia. Ele não pode me deixar. Não pode.

Mas eu ainda não entendo. Por que ele se foi? Por que de repente me sinto tão ligada a ele? E por que o silêncio dele me sufoca mais do que qualquer grito?

E se a história que me contaram fosse uma mentira? E se houvesse algo mais, algo perverso por trás daquela carta anônima que ele recebeu, daquele rim doado, daquele "sacrifício" que ele fez para mim?

Preciso descobrir a verdade. Antes que essa dor me enlouqueça.

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