De Herdeira a Vingativa

De Herdeira a Vingativa

Gavin

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Capítulo

Eu era a noiva de Bruno Barreto, o herdeiro frio de um império de tecnologia. Nosso noivado era uma fusão de dinastias, uma mentira perfeita estampada nas capas das revistas. Mas, por trás das portas fechadas, nossa vida era uma guerra bizarra, travada com dinheiro e humilhação pública. A guerra se tornou brutal quando sua amante, Kaila, invadiu nossa casa com seus amigos e me espancou, pisando na minha mão até quebrá-la. Eu prestei queixa, mas quando Bruno chegou à delegacia, ele olhou para o meu rosto machucado e passou por mim para consolar uma Kaila que soluçava. "Não faça um escândalo, Clara", disse ele, a voz carregada de irritação. Ele os liberou sem pensar duas vezes. A traição final veio quando Kaila me empurrou para dentro de um lago. Eu não sei nadar. Bruno mergulhou, passou direto por mim para salvá-la e virou as costas enquanto eu afundava, me deixando para morrer. Um estranho me tirou da água. Naquele momento, eu finalmente entendi. Não era que ele fosse incapaz de amar; ele era apenas incapaz de me amar. Por quem ele amava, ele destruiria qualquer um. Por quem ele não amava, ele a deixaria para morrer. As últimas brasas do meu amor tolo viraram cinzas. Deitada na cama do hospital, peguei meu celular e liguei para o único homem que já me mostrou bondade. "Jairo", eu disse, minha voz firme. "Estou pronta para queimar tudo."

Capítulo 1

Eu era a noiva de Bruno Barreto, o herdeiro frio de um império de tecnologia. Nosso noivado era uma fusão de dinastias, uma mentira perfeita estampada nas capas das revistas. Mas, por trás das portas fechadas, nossa vida era uma guerra bizarra, travada com dinheiro e humilhação pública.

A guerra se tornou brutal quando sua amante, Kaila, invadiu nossa casa com seus amigos e me espancou, pisando na minha mão até quebrá-la.

Eu prestei queixa, mas quando Bruno chegou à delegacia, ele olhou para o meu rosto machucado e passou por mim para consolar uma Kaila que soluçava.

"Não faça um escândalo, Clara", disse ele, a voz carregada de irritação. Ele os liberou sem pensar duas vezes.

A traição final veio quando Kaila me empurrou para dentro de um lago. Eu não sei nadar. Bruno mergulhou, passou direto por mim para salvá-la e virou as costas enquanto eu afundava, me deixando para morrer.

Um estranho me tirou da água. Naquele momento, eu finalmente entendi. Não era que ele fosse incapaz de amar; ele era apenas incapaz de me amar. Por quem ele amava, ele destruiria qualquer um. Por quem ele não amava, ele a deixaria para morrer.

As últimas brasas do meu amor tolo viraram cinzas. Deitada na cama do hospital, peguei meu celular e liguei para o único homem que já me mostrou bondade.

"Jairo", eu disse, minha voz firme. "Estou pronta para queimar tudo."

Capítulo 1

Na gaiola dourada da elite de São Paulo, Clara Gouveia e Bruno Barreto eram o casal perfeito. Ela, a herdeira graciosa da dinastia imobiliária Gouveia; ele, o herdeiro frio e brilhante do império de tecnologia Barreto. As fotos do noivado deles estavam em todas as revistas de sociedade, um símbolo do dinheiro antigo se fundindo com o novo.

Mas por trás do flash das câmeras, a vida deles era uma guerra silenciosa e brutal.

Bruno transferiu cinco milhões de reais para sua amante, uma modelo do Instagram chamada Kaila Barros, para um novo carro esportivo. No dia seguinte, Clara transferiu exatamente a mesma quantia para uma fundação, destinando-a a um fundo de bolsas de estudo.

O mais recente beneficiário do fundo era um jovem chamado Jairo Horta.

Bruno comprou para Kaila uma cobertura com vista para o Parque Ibirapuera. Clara, por sua vez, comprou um casarão histórico na Vila Madalena e o doou para um abrigo de mulheres.

A competição deles era o assunto do seu círculo. Era um duelo bizarro e não dito, travado com transferências bancárias e gestos públicos.

Ele estava prestes a adquirir uma promissora startup de IA. Pouco antes de o acordo ser fechado, a empresa de tecnologia de moda de Clara, AURA, adquiriu a principal concorrente da startup, uma empresa menor, mas mais inovadora, sabotando efetivamente seus planos de expansão.

"Eles são um casal feito no inferno", as pessoas cochichavam nos bailes de gala, seus olhos alternando entre o sorriso educado de Clara e a expressão indiferente de Bruno. "Ela é obcecada por ele, e ele não a suporta. É um desastre em câmera lenta."

Eles estavam certos sobre o desastre. Estavam errados sobre a obsessão.

Clara sentou-se em seu escritório, o horizonte de São Paulo se estendendo diante dela. Todas as suas ações, todas as retaliações aparentemente mesquinhas, tinham um único e desesperado objetivo: fazê-lo olhar para ela. Fazê-lo vê-la como mais do que uma parceira de negócios em sua fusão dinástica.

A raiz de tudo era uma memória de cinco anos atrás, um trecho de conversa que ela nunca deveria ter ouvido.

Bruno estava falando com seu pai, Bernardo. Sua voz era gélida, desprovida de qualquer emoção.

"Ela? Ela é uma Gouveia. É só isso que importa. Não finja que você se importa com qualquer outra coisa."

"Ela é apaixonada por você desde que eram crianças", seu pai havia dito, uma rara nota de algo além de negócios em seu tom.

"Isso só torna tudo mais fácil", Bruno respondeu. "Ela fará o que eu quiser."

Suas palavras haviam estilhaçado algo dentro dela. Ela o amava desde que se lembrava, um amor quieto e persistente pelo garoto brilhante e inatingível que morava ao lado. A rejeição dele não matou seu amor; ela o distorceu. Tornou-se um desafio. Uma montanha a ser conquistada.

Ela pensou que se pudesse ser perfeita o suficiente, bem-sucedida o suficiente, implacável o suficiente, poderia ganhar seu afeto. Era uma doença, uma obsessão autodestrutiva que ela confundia com força.

Seu celular vibrou, tirando-a da memória. Era Jairo Horta.

O garoto que a fundação de sua família havia enviado para a USP. O prodígio da tecnologia que transformou sua bolsa de estudos em uma empresa de capital de risco bilionária.

"Clara", sua voz era quente, um contraste gritante com a frieza a que ela estava acostumada. "Estou de volta a São Paulo."

Ela sorriu fracamente. "Bem-vindo de volta, Jairo. Ouvi dizer que você tem estado ocupado."

"Não tão ocupado a ponto de não ver o que está acontecendo", disse ele, seu tom ficando sério. "Eu vi as notícias sobre a Barreto Tech e Kaila Barros. Isso tem que parar."

O aperto de Clara no celular se intensificou.

"Eu te amo, Clara", disse Jairo, as palavras claras e diretas. "Há anos. Você merece coisa melhor. Termine o noivado. Deixe-me cuidar de você."

As palavras a atingiram como um golpe físico. Amor. Era uma palavra que Bruno nunca havia dito a ela.

"Eu... eu preciso ir", ela gaguejou, sua mente girando.

"Apenas pense sobre isso", disse ele suavemente. "Você não precisa viver assim."

Ela desligou, o coração batendo forte. Olhou ao redor da opulenta cobertura que dividia com Bruno. Fotos deles sorrindo para as câmeras cobriam as paredes, uma galeria de belas mentiras. Em cada foto, os olhos dele estavam vazios.

Por cinco anos, eles estiveram noivos. Por cinco anos, ele encontrou desculpa após desculpa para adiar o casamento. Ele estava muito ocupado com o lançamento de um produto. O mercado estava muito volátil. Seu pai não estava bem.

Sempre havia algo.

Ela se lembrava de ser uma adolescente, seguindo-o em festas no jardim, o coração doendo com um amor que ele nunca reconheceu. Ela se lembrava dos amigos dele perguntando por que ele nunca lhe dava atenção.

"Ela está apenas... ali", ele dizia com um encolher de ombros, uma crueldade casual que a fez chorar por uma noite inteira.

Então, os interesses comerciais se alinharam. O império imobiliário Gouveia precisava de uma injeção de tecnologia, e a dinastia de tecnologia Barreto precisava da legitimidade do dinheiro antigo. De repente, ela não estava mais apenas "ali". Ela era um ativo valioso. Uma noiva.

O noivado foi uma sentença de prisão que ela aceitou de bom grado, esperando que isso o mudasse.

Não mudou.

Logo após o anúncio oficial, Kaila Barros apareceu. Uma modelo linda e astuta que Bruno patrocinava e exibia abertamente.

Clara notou imediatamente - a maneira como os olhos dele se suavizavam quando olhava para Kaila, um calor que ele nunca mostrava a ela. Ele lhe comprava presentes, a levava em viagens, a protegia das críticas.

Clara tentou lutar. Eles tinham discussões furiosas e unilaterais, onde ela gritava e ele apenas a observava, com uma expressão plácida.

"Já terminou?", ele perguntava quando ela estava exausta e rouca.

"Eu sou sua noiva!", ela gritou uma vez, seu autocontrole se despedaçando.

"Sim", ele disse calmamente. "E eu vou me casar com você. Cumpriremos os termos do acordo. Mas não espere amor, Clara. Eu não tenho nenhum para te dar."

Aquele foi o momento em que sua esperança deveria ter morrido. Mas ela se agarrou, uma erva daninha teimosa. Ela queria amor. Ela ansiava por isso.

Ela deveria desistir? A pergunta ecoou em sua mente mil vezes. Mas ela não conseguia. Ela o amava demais. Ou assim ela dizia a si mesma.

Agora, ouvindo a declaração simples e honesta de Jairo, a base de seu mundo começou a rachar. Pela primeira vez, um caminho diferente parecia possível. A vida era muito curta para passá-la perseguindo um fantasma.

A porta da frente apitou, o som do teclado sendo destravado. Clara franziu a testa. Bruno estava no Vale do Silício durante a semana.

A porta se abriu e Kaila Barros entrou, seguida por dois de seus amigos de aparência rude.

Kaila sorriu com desdém, seus olhos percorrendo o apartamento como se fosse dela. "Belo lugar. Um pouco frio, no entanto. Precisa de um toque feminino."

Clara se levantou, a voz tremendo de raiva. "O que você está fazendo aqui? Como entrou?"

"O Bruno me deu a senha, claro", disse Kaila, examinando as unhas. "Ele disse que eu deveria me sentir em casa."

As palavras foram uma lâmina no coração. A senha da casa deles. Ele havia dado a ela.

"Saia", disse Clara, a voz baixa.

Kaila riu. "Ou o quê? Vai chorar para o Bruno? Ele não se importa com você, sua velha patética." Ela gesticulou para seus amigos. "Ela está me irritando."

Um dos homens agarrou o braço de Clara. Ela lutou, mas ele era muito forte. O outro deu um tapa em seu rosto.

O som ecoou na sala silenciosa.

"Mais forte", Kaila incentivou, um sorriso cruel no rosto. "O Bruno disse que ela tem sido uma verdadeira vadia ultimamente."

Eles a espancaram. Punhos e mãos abertas choviam sobre ela. Ela desabou no chão, a dor explodindo em seu corpo.

Kaila se agachou, o rosto a centímetros do de Clara. "Viu? Você não tem nada. Ele é meu."

Quando eles se viraram para sair, Kaila pisou deliberadamente na mão estendida de Clara. Um estalo agudo, e um grito rasgou a garganta de Clara.

A dor era ofuscante, mas através dela, ela ouviu o som do elevador chegando. Sua equipe de segurança pessoal, alertada por um alarme silencioso, invadiu o local. Eles derrubaram os amigos de Kaila e contiveram uma Kaila que gritava.

"Chame a polícia", Clara ofegou do chão. "Preste queixa. Por agressão e invasão de domicílio."

Na delegacia, os policiais pareciam relutantes. "Senhorita Gouveia, talvez possamos resolver isso em particular. Um mal-entendido..."

"Não", disse Clara, a voz firme apesar da dor. Sua mão estava quebrada, seu rosto machucado. "Eu quero que eles sejam processados com todo o rigor da lei."

Kaila, sempre a atriz, já estava ao telefone, sua voz um apelo choroso. "Bruno, ela está tentando me prender! Você tem que me ajudar!"

Bruno chegou menos de trinta minutos depois. Ele olhou para os ferimentos de Clara, a testa franzida por uma fração de segundo. Foi o único indício de preocupação que ela veria.

Ela encontrou o olhar dele, seus próprios olhos queimando com um apelo silencioso por justiça. "Eles invadiram nossa casa. Eles me agrediram. Eu os quero na cadeia."

Bruno a ignorou. Ele se aproximou do delegado e falou em voz baixa. Dinheiro e poder foram trocados através de palavras. Os policiais, que estavam tomando notas, de repente guardaram suas canetas.

"O que você está fazendo?", Clara exigiu, a voz se elevando.

"Não faça um escândalo, Clara", disse Bruno, a voz seca. Ele se virou para Kaila, que agora soluçava em seus braços.

"Como você pode deixá-los ir?", Clara chorou, a voz quebrando. "Olhe para mim! Foi ela quem fez isso comigo!"

"Pare com isso", disse ele, o tom carregado de irritação. "Apenas pare."

A dor crua e latejante que fora sua companheira constante por anos surgiu, uma onda de agonia e traição. "Você tem um coração, Bruno? Você sente alguma coisa?"

Ele apenas olhou para ela, os olhos tão frios e vazios quanto um céu de inverno.

"Eu... eu vou puni-la", disse ele com desdém, como se estivesse falando de um animal de estimação malcomportado.

Puni-la. A palavra era tão absurda, tão insultuosa, que era quase engraçada. Ele segurou Kaila, acariciando seus cabelos, sussurrando palavras de consolo enquanto a conduzia para fora da delegacia. Ele não olhou para trás uma única vez.

Deixada sozinha na delegacia estéril, Clara sentiu as últimas brasas de seu amor por ele piscarem e morrerem.

Ela saiu para a noite fria. Uma chuva repentina começou, encharcando-a em segundos, mas ela não sentiu. O frio já estava dentro dela, um calafrio profundo e final em sua alma.

Todos os anos de sua crueldade casual, de ser a segunda opção, de sua preferência descarada por Kaila - tudo se fundiu em uma única e dura constatação. Ele nunca a amaria. Ele nunca a respeitaria.

A chuva lavou as lágrimas de seu rosto. Quando chegou em casa, pegou o celular. Suas mãos tremiam, mas seu propósito era claro.

Ela encontrou o número de Jairo e ligou.

"Jairo", disse ela, a voz agora firme. "Estou pronta para queimar tudo."

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