Uma Aposta de Cinquenta Dólares, Uma Vingança Milionária

Uma Aposta de Cinquenta Dólares, Uma Vingança Milionária

Gavin

5.0
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21
Capítulo

Por duzentos e cinquenta reais, eu vendi um pedaço da minha dignidade para o garoto mais popular da escola. Eu tinha dezoito anos, estava morrendo de fome e desesperada o suficiente para aceitar a aposta dele. Aquela única foto destruiu a minha vida. Eu me tornei a "Lena dos Duzentos e Cinquenta", a vadia da escola, assombrada por sussurros e desprezo. Minha madrasta e minha meia-irmã se deliciavam com a minha humilhação pública, garantindo que a minha vida fosse um inferno. Passei a década seguinte lutando para chegar ao topo da Avenida Faria Lima, mas morri sozinha, cheia do arrependimento amargo de uma juventude roubada. Até o fim, eu nunca entendi por que todos me odiavam tanto. Então, eu abri os olhos. Eu tinha dezoito anos de novo, de volta àquela sala de aula, momentos antes da aposta que me arruinou. Uma sombra caiu sobre a minha carteira. Era ele. "Me encontra depois da aula", Javier Monteiro sussurrou, com um ar de superioridade no rosto. Mas, desta vez, a garota assustada e faminta tinha desaparecido. Em seu lugar, havia uma predadora. E eu estava pronta para jogar.

Capítulo 1

Por duzentos e cinquenta reais, eu vendi um pedaço da minha dignidade para o garoto mais popular da escola. Eu tinha dezoito anos, estava morrendo de fome e desesperada o suficiente para aceitar a aposta dele.

Aquela única foto destruiu a minha vida. Eu me tornei a "Lena dos Duzentos e Cinquenta", a vadia da escola, assombrada por sussurros e desprezo.

Minha madrasta e minha meia-irmã se deliciavam com a minha humilhação pública, garantindo que a minha vida fosse um inferno.

Passei a década seguinte lutando para chegar ao topo da Avenida Faria Lima, mas morri sozinha, cheia do arrependimento amargo de uma juventude roubada.

Até o fim, eu nunca entendi por que todos me odiavam tanto.

Então, eu abri os olhos. Eu tinha dezoito anos de novo, de volta àquela sala de aula, momentos antes da aposta que me arruinou. Uma sombra caiu sobre a minha carteira. Era ele.

"Me encontra depois da aula", Javier Monteiro sussurrou, com um ar de superioridade no rosto.

Mas, desta vez, a garota assustada e faminta tinha desaparecido. Em seu lugar, havia uma predadora. E eu estava pronta para jogar.

Capítulo 1

Ponto de Vista de Helena Andrade:

Acordei porque estava morrendo de fome.

Era uma dor oca e roedora no meu estômago que se torcia em um nó apertado. Era uma sensação familiar, que tinha sido uma companhia constante no meu décimo oitavo ano. Minha cabeça estava apoiada nos meus braços cruzados, minha bochecha pressionada contra o tecido áspero e desgastado da manga do meu uniforme escolar. O cheiro de pó de giz e desinfetante barato enchia meu nariz.

Eu não me mexi. Mantive meus olhos fechados, deixando meus outros sentidos assumirem o controle.

O zumbido baixo das luzes fluorescentes da sala de aula.

O som arranhado de um lápis no papel a algumas carteiras de distância.

E os sussurros.

"Olha pra ela. Dorme o tempo todo. Deve estar exausta de... você sabe."

Uma risadinha. "Por duzentos e cinquenta contos, eu também estaria exausto."

As vozes eram jovens, carregadas da crueldade casual de garotos que se achavam homens. Eu as reconheci. Em outra vida, uma vida que terminou há poucas horas em uma cobertura luxuosa e à prova de som na Faria Lima, essas vozes eram um eco fraco e patético de um passado que eu havia enterrado sob uma montanha de ações e bônus de seis dígitos.

Agora, elas estavam bem atrás de mim. Frescas. Reais.

"Ele vai mesmo fazer isso? O Monteiro?", outra voz perguntou, mais baixa, um pouco mais hesitante.

"Claro que vai. É o Javier Monteiro. E ela é a Helena Andrade. Ela é bonita, mas é pobre de dar dó. Faria qualquer coisa por dinheiro."

Essa era a aposta. A que tinha estilhaçado a minha juventude. A aposta de duzentos e cinquenta reais para Javier Monteiro, o quarterback popular e queridinho da escola, conseguir uma foto comprometedora minha. Na vida que eu me lembrava, eu aceitei aquela aposta. Desespero e fome eram uma combinação poderosa.

"Ele tá indo lá", alguém sibilou.

Eu me enrijeci, mas minha respiração permaneceu regular, meu corpo imóvel. Eu era uma estátua de uma garota adormecida, uma imagem perfeita de vulnerabilidade. Mas por trás das minhas pálpebras fechadas, minha mente era uma máquina afiada, zunindo com dez anos de crueldade da Faria Lima. Isso não era um pesadelo. Era uma segunda chance.

Uma sombra caiu sobre a minha carteira. Senti o calor de um corpo parado perto. Eu esperei. Anos de negociações de alto risco me ensinaram o poder do silêncio. Deixe que eles façam o primeiro movimento. Sempre.

Toque. Toque. Toque.

Um dedo na minha carteira. Leve, hesitante.

Eu me mexi, uma imitação perfeita de uma adolescente sonolenta sendo acordada de um cochilo muito necessário. Levantei a cabeça lentamente, piscando os olhos como se estivessem pesados de sono. Passei a mão pelo meu cabelo bagunçado e olhei para cima.

Javier Monteiro.

Ele estava ali, todo bonito, rico, a arrogância popular envolta em uma jaqueta do time da escola. Seu cabelo estava perfeitamente despenteado, seu sorriso era uma coisa praticada e charmosa, mas seus olhos... seus olhos continham um brilho de outra coisa. Inquietação. Ele não estava tão confiante quanto seus amigos pensavam.

"Ei", ele disse, sua voz um arrastar lento.

"O que você quer?", perguntei, minha voz rouca, exatamente como a de uma garota que estava dormindo soaria.

Ele se inclinou, apoiando uma mão na minha carteira. Ele cheirava a perfume caro e algo unicamente dele, algo que por uma década foi sinônimo de humilhação.

"Me encontra depois da aula", ele disse, não uma pergunta, mas uma ordem. "Atrás das arquibancadas."

Eu o encarei. Vi o leve rubor em seu pescoço, o jeito como seu polegar esfregava nervosamente o dedo indicador. Ele estava fazendo um show para seus amigos. Um predador fingindo ser indiferente enquanto encurralava sua presa.

Mas a presa não era mais uma garota assustada e faminta. A presa era uma tubarão de 28 anos no corpo de uma adolescente.

Eu dei um aceno pequeno, quase imperceptível. "Ok."

Ele pareceu surpreso com a minha concordância fácil. Ele provavelmente esperava uma briga, alguma súplica, alguma negociação.

"Só... me espera lá", ele disse, endireitando-se. Ele lançou um olhar presunçoso e vitorioso por cima do ombro para seus amigos.

Ele se virou e se afastou, um rei em seu reino do ensino médio.

Ouvi as risadinhas atrás de mim se transformarem em risos baixos e de aprovação. Eles achavam que ele tinha ganhado. Eles achavam que eu era fácil.

Eu lentamente abaixei minha cabeça de volta para os meus braços, o tecido áspero da minha manga uma realidade que me aterrava. A fome roedora ainda estava lá, um lembrete frio e duro do porquê eu caí na armadilha dele da primeira vez.

Deus, ou quem quer que estivesse no comando dessa piada cósmica cruel, me mandou de volta. De volta à linha de partida do meu inferno pessoal.

Mas eles cometeram um erro fatal. Eles me mandaram de volta com as minhas memórias.

E desta vez, o jogo era meu.

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