Seu Retorno Gélido: Uma Herdeira Vingativa

Seu Retorno Gélido: Uma Herdeira Vingativa

Gavin

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10
Capítulo

Cinco anos atrás, meu tutor, Fernando Albuquerque, me enviou um vídeo do cavalo da minha infância sendo levado para um matadouro. Depois, ele me expulsou, destruída e sem um tostão. Esta noite, eu voltei ao baile de gala anual de sua família, não mais como uma pupila indefesa, mas como uma mulher poderosa, pronta para minha vingança. Mas ele e sua noiva, Cassandra, ainda me viam como o lixo que jogaram fora. Ela zombou de mim, perguntando se meu dinheiro tinha acabado, antes de "tropeçar" e encharcar meu vestido de seda branco com vinho tinto. Ela me olhou com satisfação, esperando que a garota quebrada de cinco anos atrás chorasse. Fernando apenas observava, um sorriso entediado no rosto enquanto me dizia para rastejar de volta para o esgoto de onde eu vim. Eles queriam uma reação. Eles queriam a garota histérica que haviam destruído. Eles não tinham ideia de que a memória da morte do meu cavalo havia congelado tudo dentro de mim, alimentando uma fúria gelada que ferveu por meia década. Eu nem sequer olhei para a mancha. Em vez disso, calmamente peguei uma garrafa cheia de champanhe da bandeja de um garçom que passava. - Não se preocupe - eu disse, minha voz perigosamente suave. - Acidentes acontecem. Então, eu balancei a garrafa e a espatifei contra a cabeça dela.

Capítulo 1

Cinco anos atrás, meu tutor, Fernando Albuquerque, me enviou um vídeo do cavalo da minha infância sendo levado para um matadouro. Depois, ele me expulsou, destruída e sem um tostão.

Esta noite, eu voltei ao baile de gala anual de sua família, não mais como uma pupila indefesa, mas como uma mulher poderosa, pronta para minha vingança.

Mas ele e sua noiva, Cassandra, ainda me viam como o lixo que jogaram fora.

Ela zombou de mim, perguntando se meu dinheiro tinha acabado, antes de "tropeçar" e encharcar meu vestido de seda branco com vinho tinto.

Ela me olhou com satisfação, esperando que a garota quebrada de cinco anos atrás chorasse.

Fernando apenas observava, um sorriso entediado no rosto enquanto me dizia para rastejar de volta para o esgoto de onde eu vim.

Eles queriam uma reação. Eles queriam a garota histérica que haviam destruído.

Eles não tinham ideia de que a memória da morte do meu cavalo havia congelado tudo dentro de mim, alimentando uma fúria gelada que ferveu por meia década.

Eu nem sequer olhei para a mancha. Em vez disso, calmamente peguei uma garrafa cheia de champanhe da bandeja de um garçom que passava.

- Não se preocupe - eu disse, minha voz perigosamente suave. - Acidentes acontecem.

Então, eu balancei a garrafa e a espatifei contra a cabeça dela.

Capítulo 1

Ponto de Vista de Beatriz Ferraz:

Cinco anos atrás, Fernando Albuquerque, o homem que deveria ser meu tutor, meu irmão, me enviou um vídeo. Era do cavalo da minha infância, Cometa, sendo levado para um matadouro. Seu único pecado foi me amar mais do que amava Fernando. Esta noite, no baile de caridade anual dos Albuquerque, eu planejava retribuir o favor.

A lembrança ainda era como um peso frio no meu peito, uma frieza tão profunda que havia congelado todo o resto dentro de mim. Por cinco anos, essa frieza foi meu combustível. Construiu minha empresa, afiou minha mente e me trouxe de volta aqui, a este salão de festas reluzente, cheio da elite de São Paulo.

Eu os vi do outro lado do salão. Fernando, tão bonito e carismático como sempre, com o braço possessivamente em volta de sua noiva, Cassandra Campos. Foi ela quem sussurrou o veneno em seu ouvido, a assistente ambiciosa que me via como uma rival pelo trono da família Albuquerque. Seu sorriso era um corte venenoso de batom vermelho.

Minha mão se apertou em volta da haste da minha taça de champanhe. João Pedro, meu noivo, apertou minha outra mão, seu calor uma âncora firme na tempestade do meu passado.

- Você não precisa fazer isso, Bia - ele murmurou, sua voz um ronco baixo de preocupação.

- Preciso - eu disse, minha voz tão fria quanto o gelo em minhas veias. - Isso nunca foi só sobre mim.

Deixei o lado de João Pedro e comecei a caminhar em direção a eles, cada passo uma batida deliberada de um tambor de guerra.

A multidão se abriu para mim. Eles não me reconheceram a princípio. A garota de que se lembravam era uma pupila quieta e quebrada dos Albuquerque. A mulher que caminhava em direção a eles agora era outra pessoa.

Cassandra me viu primeiro. Seu sorriso vacilou, um lampejo de confusão em seus olhos. Então, o reconhecimento surgiu, seguido por um desprezo.

- Ora, ora, vejam só quem apareceu - disse ela, a voz escorrendo condescendência. - Beatriz Ferraz. Estou surpresa que te deixaram entrar. Pensei que você estaria... em outro lugar.

A cabeça de Fernando se virou. Seus olhos, o mesmo azul penetrante que assombrava meus pesadelos, se arregalaram por uma fração de segundo. Ele escondeu bem, sua máscara de arrogância entediada voltando ao lugar. Mas eu vi. Eu vi o lampejo de algo que não era tédio.

- Cassandra, querida, seja boazinha - ele disse arrastado, embora seus olhos nunca tenham deixado meu rosto. - Faz muito tempo, Beatriz.

- Não o suficiente - respondi, minha voz neutra.

Cassandra deu um passo à frente, posicionando-se entre mim e Fernando, uma rainha mesquinha guardando seu rei.

- O que você quer? O dinheiro acabou? O Fernando não é mais seu caixa eletrônico pessoal.

Suas palavras eram para me ferir, para me lembrar da garota sem um tostão que ele havia expulsado. Mas elas não me tocaram. Nada que ela pudesse dizer tocaria o núcleo congelado dentro de mim.

Eu a ignorei e mantive meus olhos em Fernando.

- Eu vim te dar uma coisa - eu disse.

Cassandra riu, um som agudo e desagradável.

- O que você poderia nos dar? Uma história triste?

De repente, ela "tropeçou", sua taça de vinho tinto voando para frente, encharcando a frente do meu vestido de seda branco. Um suspiro coletivo percorreu os espectadores.

- Oh, meu Deus, me desculpe! - Cassandra exclamou, a mão voando para a boca em uma imitação perfeita de choque. - Que desastrada eu sou.

Ela olhou para o meu vestido arruinado com alegria indisfarçável. Ela queria uma reação. Ela queria a garota quebrada e histérica de cinco anos atrás.

Ela estava prestes a ter uma grande decepção.

Eu nem sequer olhei para a mancha. Em vez disso, calmamente peguei uma garrafa cheia de champanhe da bandeja de um garçom que passava.

- Não se preocupe - eu disse, minha voz perigosamente suave. - Acidentes acontecem.

E então eu balancei a garrafa.

Ela atingiu a lateral da cabeça dela com um baque surdo e doentio, seguido pelo estouro da rolha e um jato de champanhe e sangue.

Cassandra desabou no chão, gritando.

O salão explodiu em caos.

Suas amigas, um bando de socialites, correram para frente.

- Você está louca? - uma delas gritou, apontando um dedo trêmulo para mim. - Você sabe quem ela é? Essa é a noiva de Fernando Albuquerque!

Outra acrescentou, sua voz estridente de pânico:

- O Fernando a adora! Ele vai te matar por isso!

Cassandra estava no chão, agarrando a cabeça, o sangue empastando seu cabelo perfeitamente penteado. Ela olhou para mim, os olhos arregalados com uma mistura de dor e incredulidade.

- Você... você é tão louca quanto era cinco anos atrás - ela gemeu, referindo-se ao dia em que eu quase arranquei seu olho com um atiçador de lareira depois de ver o vídeo de Cometa.

Eu olhei para ela, para a mulher que sorriu enquanto meu mundo queimava. Cinco anos se passaram. Ela estava mais polida, mais confiante, mas por baixo de tudo, era a mesma criatura cruel e insegura.

- Você acha que isso é loucura? - perguntei, minha voz mal um sussurro. - Você ainda não viu nada.

Eu me abaixei e peguei um caco grande e irregular da garrafa quebrada no chão. As bordas afiadas não me incomodaram. O frio dentro de mim era mais afiado.

Dei um passo em sua direção. A multidão recuou, um círculo de rostos horrorizados.

Cassandra se arrastou para trás no chão, seu vestido caro rasgando.

- Fique longe de mim!

- Lembra do atiçador de lareira, Cassandra? - perguntei, minha voz casual, como se estivéssemos discutindo o tempo. Ergui o caco de vidro, deixando-o capturar a luz do lustre. - Eu só parei porque o Fernando me tirou de cima de você. Ele achou que estava te salvando.

Dei outro passo.

- Ele não estava - eu disse, minha voz caindo para um sussurro mortal. - Ele estava guardando minha vingança para um dia em que eu fosse forte o suficiente para realmente apreciá-la.

Eu estava prestes a descer o caco, a esculpir a memória desta noite em seu rosto perfeito, quando uma mão se fechou em meu pulso como um torno de aço.

- Já chega, Beatriz.

Fernando.

Sua voz era um rosnado baixo, tenso de fúria. Seu aperto era esmagador, mas eu não vacilei.

Cassandra soluçou, rastejando em direção a ele.

- Nando! Faça ela parar! Ela é um monstro!

Fernando me puxou para trás, seu corpo uma parede de músculos contra o meu. Seu cheiro, uma mistura familiar de colônia cara e algo unicamente dele, encheu meus sentidos, e por um segundo, eu tinha dezessete anos de novo, presa e indefesa.

Mas eu não tinha mais dezessete anos.

- Me solta - rosnei, lutando contra seu aperto.

Ele apenas o apertou mais, seus dedos cravando na minha pele.

- Você acabou por aqui.

Com uma onda de adrenalina, eu me torci em seu aperto, me libertando o suficiente para balançar o braço. O caco de vidro em minha mão cortou as costas da mão dele, a que me segurava.

Ele xingou, largando meu pulso enquanto o sangue brotava do corte.

Eu fiquei diante dele, respirando pesadamente, o vidro quebrado ainda em minha mão. Ele olhou para o sangue em sua mão, depois para mim, seus olhos ardendo com um fogo aterrorizante e familiar.

Eu lhe dei um sorriso lento e frio.

- Há quanto tempo, Fernando.

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