A Noiva Indesejada Era Sua Verdadeira Salvadora

A Noiva Indesejada Era Sua Verdadeira Salvadora

Gavin

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Capítulo

Eu estava vestida com vinte e cinco mil reais de renda costurada à mão quando recebi o laudo médico. Meu noivo, Dante de Rossi, o futuro Don de São Paulo, tinha engravidado outra mulher. Ele não pediu desculpas. Não implorou. Ele me olhou nos olhos e chamou aquilo de "necessidade estratégica". "Isabel salvou minha vida cinco anos atrás", ele disse, com uma frieza cortante. "Eu devo este filho a ela. Você vai criá-lo como se fosse seu. É o preço do Tratado de Paz." Ele me forçou a cancelar nossa sessão de fotos de noivado para que pudesse tirá-las com ela. Ele a levou na viagem que seria a nossa lua de mel. No jantar, ele pediu para mim o risoto de frutos do mar, esquecendo completamente da minha alergia mortal a mariscos, enquanto se preocupava com a temperatura da água de Isabel. Quando tentei ir embora, ele me encurralou. "Você é a esposa de um mafioso, Nina. Comporte-se como uma. Ela é a heroína que me salvou." Uma vontade louca de rir me subiu pela garganta. Porque cinco anos atrás, naquele beco, Isabel nem sequer estava lá. Eu era a pessoa por trás da máscara. Fui eu quem costurou sua artéria femoral e salvou sua vida, arriscando minha própria licença médica. Ele estava destruindo nosso relacionamento de vinte anos para pagar uma dívida a uma mentirosa. Eu não gritei. Eu não lutei. Eu simplesmente peguei uma caneta vermelha e caminhei até o calendário. No dia do nosso casamento, enquanto Dante esperava no altar por sua Rainha obediente, eu já estava embarcando em um voo só de ida para o outro lado do mundo. Não deixei nada para ele, exceto duas palavras rabiscadas sobre a data: "Acabou, Dante."

Capítulo 1

Eu estava vestida com vinte e cinco mil reais de renda costurada à mão quando recebi o laudo médico.

Meu noivo, Dante de Rossi, o futuro Don de São Paulo, tinha engravidado outra mulher.

Ele não pediu desculpas. Não implorou. Ele me olhou nos olhos e chamou aquilo de "necessidade estratégica".

"Isabel salvou minha vida cinco anos atrás", ele disse, com uma frieza cortante. "Eu devo este filho a ela. Você vai criá-lo como se fosse seu. É o preço do Tratado de Paz."

Ele me forçou a cancelar nossa sessão de fotos de noivado para que pudesse tirá-las com ela.

Ele a levou na viagem que seria a nossa lua de mel.

No jantar, ele pediu para mim o risoto de frutos do mar, esquecendo completamente da minha alergia mortal a mariscos, enquanto se preocupava com a temperatura da água de Isabel.

Quando tentei ir embora, ele me encurralou.

"Você é a esposa de um mafioso, Nina. Comporte-se como uma. Ela é a heroína que me salvou."

Uma vontade louca de rir me subiu pela garganta.

Porque cinco anos atrás, naquele beco, Isabel nem sequer estava lá.

Eu era a pessoa por trás da máscara. Fui eu quem costurou sua artéria femoral e salvou sua vida, arriscando minha própria licença médica.

Ele estava destruindo nosso relacionamento de vinte anos para pagar uma dívida a uma mentirosa.

Eu não gritei. Eu não lutei.

Eu simplesmente peguei uma caneta vermelha e caminhei até o calendário.

No dia do nosso casamento, enquanto Dante esperava no altar por sua Rainha obediente, eu já estava embarcando em um voo só de ida para o outro lado do mundo.

Não deixei nada para ele, exceto duas palavras rabiscadas sobre a data:

"Acabou, Dante."

Capítulo 1

Eu estava vestida com vinte e cinco mil reais de renda costurada à mão quando descobri que meu noivo já havia prometido seu legado ao ventre de outra mulher.

O dossiê não veio com uma fita. Veio em um envelope pardo simples, deslizado por baixo da porta do meu apartamento como uma ameaça de morte. Mas o que havia dentro não era uma ameaça; era um laudo médico.

Isabel de Luca. Grávida de cinco semanas.

O pai listado era Dante de Rossi.

Eu não gritei. Não arranquei o vestido. Apenas encarei a data da concepção. Tinha sido há seis semanas – na mesma semana em que Dante me disse que estava resolvendo uma disputa de carga em Santos.

Ele não estava lidando com carga. Estava se deitando com a filha do inimigo.

Dante de Rossi não era apenas um homem. Ele era o Capo dei Capi em ascensão, o futuro Rei do crime organizado de São Paulo. Ele era um homem que podia silenciar uma sala simplesmente checando o relógio. Ele era a violência em pessoa, vestida num terno de três peças sob medida, um homem que eu amava desde que tinha idade suficiente para entender o que significava o volume de uma arma sob o paletó.

Eu era a filha do Consigliere. A combinação perfeita, silenciosa e obediente. Eu era a pacificadora.

Mas, olhando para aquela foto do ultrassom, percebi que não era sua parceira. Eu era apenas um móvel – um ativo decorativo a ser movido pelo tabuleiro.

Tirei o vestido. Dobrei-o cuidadosamente. Então, caminhei até o calendário na parede. Nosso casamento era em um mês.

Peguei meu celular e liguei para o buffet.

"Cancele", eu disse.

O gerente gaguejou do outro lado, apavorado com a ideia de ofender a família Rossi.

"Faça isso", eu disse, minha voz sem emoção. "Ou eu mesma coloco fogo no lugar."

Desliguei.

Minhas mãos tremiam, não de medo, mas de uma raiva fria, cortante, que se instalou no fundo da minha alma. Juntei todos os presentes que ele me deu nos últimos cinco anos. O colar de diamantes. O relógio de edição limitada. O anel de noivado de família que pertencera à sua avó.

Coloquei tudo em uma lixeira de metal no centro da sala. Encharquei com fluido de isqueiro.

Risquei um fósforo.

O alarme de incêndio apitou acima da minha cabeça, um aviso estridente que ignorei. Observei as caixas de veludo se transformarem em cinzas.

A porta se abriu três horas depois.

Dante entrou. Ele cheirava a uísque caro e pólvora. Ele viu a fumaça. Ele viu o dossiê sobre a mesa.

Ele não pediu desculpas. Não caiu de joelhos para implorar. Ele apenas afrouxou a gravata e me olhou com olhos que pareciam duas pedras de gelo.

"É uma necessidade estratégica, Nina", ele disse. Sua voz era um rosnado baixo que geralmente fazia meu estômago revirar. Agora, só me dava náuseas.

"Estratégica", repeti, a palavra com gosto de cinzas na boca.

"Isabel está morrendo", ele disse. "Mieloma Múltiplo. Ela tem um ano, talvez menos. Ela queria um filho antes de partir. É o preço do Tratado de Paz. O pai dela exigiu um herdeiro de sangue para unir os clãs."

"Você dormiu com ela", afirmei.

"Foi clínico", ele mentiu.

Eu sabia que ele estava mentindo. A data da concepção não correspondia a um cronograma de fertilização in vitro. Correspondia a uma estadia em hotel.

Ele se aproximou, sua figura imponente sobre mim. Ele tinha um metro e noventa de pura intimidação.

"Ela salvou minha vida, Nina. Cinco anos atrás. Naquele beco atrás do armazém. Ela me arrastou para o esconderijo. Ela estancou o sangramento. Eu devo a ela uma Dívida de Vida."

Meu coração parou.

Cinco anos atrás. A emboscada.

Ele achava que tinha sido a Isabel.

Eu olhei para ele – olhei de verdade. Vi a arrogância. A cegueira. Ele achava que Isabel de Luca, uma mulher que desmaiava ao ver um corte de papel, tinha costurado um ferimento de bala em sua artéria femoral?

Eu tinha feito aquilo.

Eu era a pessoa por trás da máscara. Fui eu quem arriscou minha licença médica e minha vida para salvá-lo, e depois desapareci antes que ele acordasse, porque meu pai teria me matado por estar em campo.

Ele me devia a dívida. E estava pagando a ela.

"Você está me pedindo para criar o filho da sua amante", eu disse.

"Eu estou te ordenando a aceitar o herdeiro", ele corrigiu, seu tom gélido. "Isso acaba com a guerra. São negócios. Você é a esposa de um mafioso, Nina. Comporte-se como uma."

Ele checou o celular. Seu rosto mudou. As linhas duras ao redor de seus olhos se suavizaram. Um sorriso pequeno e genuíno tocou seus lábios.

Era um olhar que ele nunca tinha me dado. Nenhuma vez em vinte anos.

"Preciso atender", ele disse. "É a Isabel. Ela está com enjoo matinal."

Ele saiu para a varanda para confortar a mulher que carregava seu filho.

Olhei para as costas dele. Olhei para o anel derretendo na lixeira.

Eu não chorei. Fui para o meu notebook e abri uma nova aba.

Passagem só de ida. Lalan. Data de partida: o dia do meu casamento.

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