/0/18281/coverbig.jpg?v=5e755e6c8bb3b8b72d68ed704ff96ae4&imageMogr2/format/webp)
Cian Verran era um bilionário que se vestia de luto. Apesar de ser belo, usava uma máscara sombria, cujo pavor era a única coisa que inspirava em todos à sua volta. Evelyne Mendes era só uma funcionária que esfregava o piso da ala oeste da mansão até o dia em que ouviu o choro angustiado de uma criança e ousou entrar no quarto da filha do patrão. "Quem te deu permissão para entrar aqui?" O senhor Verran perguntou rispidamente. "Senhor, a sua filha só estava sentindo falta da mãe." Comentou Evelyne. "Ela só precisava de um pouco de carinho e atenção." A ousadia da funcionária o perturbou; mas quando a luz atingiu o perfil de Evelyne, a raiva foi substituída por uma fixação febril no segundo em que notou a semelhança da funcionária com a sua falecida esposa. Ele olhou de Evelyne para a filha que, magicamente, parou de fazer birras e dormiu no colo daquela mulher. Estranhamente, o senhor Verran mudou de atitude e tomou a sua decisão: "A partir de hoje, a senhorita Mendes será a babá da minha filha." Obviamente, ele não a contratou por gostar de seu trabalho, mas porque enxergou uma maneira de aliviar a dor da perda e um modo de acalmar a pequena Maya, que ainda sentia falta da mãe. Em meio a todo aquele luxo que escondia uma grande tragédia, Evelyne ficou presa sob o olhar obsessivo do bilionário. A babá contratada estava disposta a pagar o preço da semelhança só para se vingar da família Verran. Essa é uma história de poder, obsessão e segredos em um romance proibido.
- Não, eu quero a minha mamãe! - Um berro infantil rompeu o silêncio da mansão Verran.
O som veio da ala privada, onde Evelyne Mendes não podia entrar. Ela continuou esfregando o piso da ala oeste, curvada sobre o esfregão e o balde.
- Me larga! - A voz chorosa ecoou, chamando sua atenção outra vez.
Fechando os olhos por alguns segundos, Evelyne disse para si mesma: "Calma, Evelyne, respira. Não se envolva nisso agora, temos um objetivo aqui". Ela forçou as mãos contra o cabo do esfregão e tentou focar na tarefa.
- Mamãe! - Desta vez, o grito desesperado da menina fez Evelyne engolir em seco.
Num impulso que unia a compaixão e a percepção de que aquela era sua brecha, Evelyne largou o esfregão ao lado do balde e correu. A porta do quarto de Maya estava somente encostada. O berro da menina era tão intenso que a governanta balançava a cabeça em frustração.
Maya era uma menina de cinco anos e estava jogada na cama, chutando os lençóis com fúria.
- Quero a mamãe! - A menina gritava a plenos pulmões.
Evelyne ignorou a governanta, que tentava acalmar a garotinha birrenta, passou por ela e entrou. A sua presença capturou a atenção da pequena Maya Verran no meio de um soluço.
- Querida, o que houve? - Evelyne se aproximou lentamente. Por dentro, seu coração martelava, mas ela suavizou a expressão, fitando o rosto vermelho e banhado pelas lágrimas da criança.
- Estava com saudades de você, mamãe... - Ao dizer, a menina a olhou por meio de uma cortina de lágrimas.
Maya passou as mãos pequenas no rosto. O choro não parou, mas diminuiu de intensidade quando a mulher se sentou na beirada da cama e deu um sorriso gentil - o tipo de sorriso que ela treinara exaustivamente no espelho para parecer dócil.
- Não sou sua mãe, querida - falando num tom manso, Evelyne pegou Maya no colo. - Sei que você está sentindo a falta dela, mas a sua mãe ficaria triste se visse você chorando assim, meu anjo.
Por um instante, o corpo da criança relaxou. Maya se inclinou para frente, encostando a cabeça em seu ombro. Os soluços diminuíram até virarem apenas ruídos respiratórios. Em minutos, a criança estava em silêncio, aninhada no colo de Evelyne. O sono veio como uma bênção.
Foi então que a porta se escancarou, revelando a silhueta de um homem alto. Cian Verran ainda usava o seu habitual terno preto feito sob medida e trazia o casaco pendurado no antebraço. Embora o rosto fosse belo, aquela cara fechada dava medo a todos que o encaravam.
Cian ficou ali no limiar enquanto os seus olhos cinzentos se fixaram no uniforme manchado que Evelyne usava. Sem se intimidar com o olhar condenatório do patrão, ela pôs a criança na cama antes de se afastar calmamente.
- Quem te deu permissão para entrar aqui? - A voz dele era baixa, porém ríspida.
O homem irritado agarrou o braço de Evelyne e a puxou para trás com força.
- Me solta! - Ela resistiu, tentando se desvencilhar.
Evelyne levantou a cabeça para o temido chefe. A luz do abajur, suave e amarelada, iluminou o rosto anguloso e as suas pupilas de um tom azul gelo.
Cian ficou imóvel diante da intensidade daquele olhar. Os seus lábios se separaram ligeiramente, e o semblante tenebroso rachou ao ver os traços de sua nova funcionária. Ele conhecia apenas uma pessoa dona daquele olhar enigmático. "Essa mulher se parece tanto com a..." - ele interrompeu o pensamento ao notar a governanta assistindo tudo.
- Senhor, a sua filha só estava sentindo falta da mãe - comentou Evelyne, sustentando o contato visual. - Ela precisava de um pouco de carinho e atenção.
A ousadia da funcionária o perturbou mais do que a insubordinação.
- Não preciso de conselhos de uma subalterna com esse uniforme todo sujo! - Soltando o pulso dela, Cian a empurrou ligeiramente. Foi então que a luz atingiu novamente o perfil de Evelyne.
O pavor nos olhos de Cian foi imediato. A raiva foi substituída por uma fixação febril quando ele admirou a curva da mandíbula dela. Aquela mulher era idêntica à sua falecida esposa.
- Diga seu nome - ordenou asperamente. - Agora.
- Evelyne Mendes - respondeu ela. Por dentro, ela gritava de satisfação ao ver o impacto que causava, mas por fora, manteve a face neutra.
Cian olhou da funcionária para a filha que, magicamente, dormia.
- Senhor, vou demitir essa folgada hoje mesmo... - A governanta se intrometeu.
- Não! - Cian mudou de atitude bruscamente. - A partir de hoje, a Srta. Mendes será a babá da minha filha.
- Mas a agência vai mandar outra babá amanhã! - insistiu a governanta.
- Pois ligue e avise que já contratei a babá da minha filha.
Os cílios de Evelyne batiam um contra o outro enquanto ela processava a decisão do chefe frio. Obviamente, ele não a contratou por competência, mas porque enxergou uma maneira de usar o rosto dela para aliviar a própria dor.
Pode vir, Cian. Você caiu direto na minha rede, ela pensou, sentindo um gosto amargo e vitorioso na boca.
- Vai dedicar todo o seu tempo à minha filha, senhorita Mendes. - Ele se inclinou, fazendo a exigência quente contra a orelha dela. - Se recusar a fazer o que mando, será demitida.
- Mas, senhor, a Evelyne trabalha na limpeza - disse a governanta.
Resignada apenas na aparência, Evelyne se virou para sair, mas o homem de quase um metro e noventa de altura bloqueou o caminho.
- A partir de amanhã, você vai trabalhar como a babá da Maya. - O patrão avisou num tom autoritário. - Aliás... você não vai sair daqui sem a minha autorização.
Após dar uma última olhada para o rosto dela, ele ajeitou o casaco e se virou para sair. Indignada com a prepotência, Evelyne sentiu a língua pressionar contra a bochecha. Ela manteve a cabeça erguida:
- Não!
O "Não!" de Evelyne foi como um estalo no silêncio, uma afronta direta à autoridade do poderoso Cian Verran.
- Como se atreve? - A expressão dele se transformou numa carranca sombria.
- O senhor não pode me manter presa nesta casa só porque me contratou como a babá da sua filha. - Ela projetou o queixo, desafiando o homem que todos temiam.
Capítulo 1 A babá da minha filha
22/12/2025
Capítulo 2 Atrevida
22/12/2025
Capítulo 3 A obstinação do CEO
22/12/2025
Capítulo 4 Uma boneca de luxo
22/12/2025
Capítulo 5 O CEO obcecado
22/12/2025
Capítulo 6 A semelhança é inegável
22/12/2025
Capítulo 7 Não aceito
22/12/2025
Capítulo 8 A serviçal
22/12/2025
Capítulo 9 Depreciando a babá
22/12/2025
Capítulo 10 Minha esposa
22/12/2025
Capítulo 11 Uma atração perigosa
22/12/2025
Capítulo 12 A Área Proibida
22/12/2025
Capítulo 13 A inexperiência da babá
Hoje às 02:45
Capítulo 14 A confissão
Hoje às 03:09
Capítulo 15 Perigosa
Hoje às 03:40
Outros livros de Yana _ Shadow
Ver Mais