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Capítulo

O problema é que o estranho não é tão anônimo e, pior, é o novo CEO da empresa onde ela trabalha. Ian não é o mais simpático dos homens e todos odeiam sua arrogância, mesmo sendo novo no trabalho. Depois que esbarra em uma mulher na rua, ele não imagina que sua vida ficará de pernas para o ar. Ao receber de volta o celular que achava ter perdido, começa a receber mensagens de uma anônima que não tem papas na língua.

Capítulo 1 O CEO

Já pensou no que faria se alguém esbarasse em você e,

simplesmente, fosse embora como se você não existisse?

Emma sempre foi uma garota tímida, que sabe de tudo, mas

que não tem amigos. Quando se formou na faculdade, só pensava

em fazer o que amava e trabalhar tranquilamente na frente de um

computador. Mas, em um dia fatídico, ela é praticamente atropelada

por um anônimo que vai embora sem ao menos lhe pedir desculpa,

deixando para trás um único objeto: o seu celular.

Desejando se vingar dele usando o seu conhecimento, Emma

invade o telefone do desconhecido e tenta, a todo custo, descobrir

quem é o homem alto, de ombros largos e arrogante que a deixou no

chão como se não existisse.

O problema é que o estranho não é tão anônimo e, pior, é o

novo CEO da empresa onde ela trabalha.

Ian não é o mais simpático dos homens e todos odeiam sua

arrogância, mesmo sendo novo no trabalho. Depois que esbarra em

uma mulher na rua, ele não imagina que sua vida ficará de pernas

para o ar. Ao receber de volta o celular que achava ter perdido,

começa a receber mensagens de uma anônima que não tem papas

na língua.

Porém, o problema nisso tudo é que ela não quer ser

descoberta e Ian não descansará até encontrar a única mulher que o

desafia e não tem medo dele; pelo menos na internet.

Um jogo de gato e rato começa entre os dois. E, no fim, quem

vencerá?

Emma

O dia começou bem difícil. Dormi tarde porque estava

empolgada criando um software, portanto me me atrasei nesta

manhã, não tomei café e perdi o metrô. Fiquei vinte minutos

esperando o próximo e, quando ele chegou, não tinha lugar para me

sentar.

Apesar de ter acordado quase agora, meu corpo ainda está

cansado. E, depois do trabalho, ainda tenho que correr com Bia, que

está me forçando a fazer essa atividade todos os dias depois do

trabalho.

Agora estou quase correndo para chegar a tempo para o meu

turno no emprego. Meu chefe não é tão ruim, mas odeia atrasos. E,

mesmo sabendo que Victor não dirá nada a ele sobre isso, não

posso me arriscar.

Estou quase na porta giratória que dá acesso ao prédio,

quando uma parede bate em mim e eu caio de quatro no chão. Olho

para cima e vejo que o filho da puta, que nem olha para trás, corre

para entrar no prédio.

Não dá para ver direito quem é. O que me deixa ainda mais

furiosa. Ainda no chão, vejo um aparelho celular caído. Ele deve ter

deixado cair.

Levanto-me, pensando que se o dia começou assim, nem

posso imaginar o que mais pode acontecer. Pego o celular e volto a

andar. O homem deve ser um daqueles idiotas que trabalham no

topo da empresa e se acham os donos do mundo. Não é porque fico

em uma sala fria e sem graça, que mereço ser tratada dessa forma.

Passo pela porta e, como de rotina, mostro meu crachá à

Molly, que já me conhece e sabe do meu ódio por esse ritual

desnecessário. Ela sorri e libera a minha entrada, mas antes de eu

seguir para o meu setor, resolvo perguntá-la sobre o brutamonte que

passou na minha frente.

- Molly, você sabe quem é o cara que entrou como um

furacão antes de mim?

- Nunca o vi aqui antes, mas parece que um executivo

chegou e todos estão pisando em ovos.

- Claro. Eles se acham os donos do pedaço. - falei irritada.

- Obrigada, Molly! Agora, tenho que ir, ou me atrasarei ainda mais.

Ando até o meu setor, o de engenharia, e dou de cara com o

responsável por ele, meu chefe querido. Passo ao lado dele com

uma cara de culpada, entretanto ele não fala nada, e dou graças a

Deus por isso.

Ocupo minha cadeira em frente aos computadores e olho para

Victor, que está concentrado em algo. No entanto, sei que notou a

minha presença.

- Você tem sorte de ser a melhor no que faz, Emma. Se não

fosse assim, o senhor Milton te colocaria na rua. - Dá um sorrisinho

de lado.

- Nem me atrasei tanto. - tentei me defender.

- Mas ele é paranóico com isso e eu já te cobri duas vezes.

- Estica-se para me olhar.

Dou um sorriso e começo o meu trabalho.

Minha atenção hoje está no celular que peguei. Irei devolvê-lo,

mas é claro que tenho que descobrir primeiro quem é aquele homem

que mais parecia um prédio quando passou por mim. Foi um grosso

por ter me derrubado e não me pedido desculpa. Entregarei seu

telefone de volta, porém também vou irritá-lo e ele nem saberá quem

foi.

Deixo minha investigação sobre o senhor arrogante para o

meu horário de almoço, pois já cheguei atrasada e não quero o

senhor Milton me dando uma bronca por mexer no celular.

***

Pego o aparelho e vou almoçar. Sento-me na cantina do

prédio, peço o meu prato, recosto minhas costas na cadeira e

começo a vasculhá-lo. Sempre fui boa com equipamentos de

softwares. Já me coloquei em situações horriveis, todavia hoje sou

boa no que faço. É por isso que trabalho nesta empresa e sou

pioneira em proteção de dados aqui, nos Estados Unidos.

Minha curiosidade fala mais alto do que a moral de não mexer

no que não é meu.

É facil invadir o celular e, logo de cara, vejo um papel de

parede fofo: um cachorrinho branco bem pequeno que está olhando

diretamente para a câmera. Fico pensando em como um cara tão

bruto como aquele pode ter um animal de estimação. Deveria ser

proibido. Esse cachorro deve estar precisando de ajuda.

Meu pedido chega e eu almoço enquanto olho a galeria dele.

Espero não ter nada tão comprometedor aqui. Deus me livre ver um

nude de um desconhecido! Abro as fotos e vou passando uma por

uma, vendo pessoas em festas, duas senhoras que podem ser sua

mãe é avó, e um senhor que acho que já vi em algum lugar. Nada de

muito importante. Até que chego em uma selfie.

Puta merda! É ele!

Até me engasgo com a bebida. O cara é lindo. Não! Lindo é

pouco. A foto é dele depois da academia. Nossa! Suado fica um

pecado. Seus cabelos pretos estão caídos sobre o seu rosto quase

pálido e seus olhos azuis parecem penetrar a minha alma.

Arrasto o dedo para o lado, a fim de ver se há outras fotos

dele. Constato que, Graças a Deus, têm muitas. O senhor arrogante

tem músculos incríveis e fica perfeito de terno.

Vejo o horário e noto que meu tempo de refeição está

acabando. Vou deixar para vasculhar mais coisas depois que eu sair

do trabalho. Talvez enquanto eu estiver no banho.

Por Deus, Emma! Não seja tão pervertida!

Guardo o celular no bolso e volto para o meu setor.

Minha mente não sai do homem que vi nas fotos. Sei que ele

foi um idiota, contudo não posso deixar de apreciar sua beleza. Será

que é tão arrogante e imbecil relmente? Podia estar tão atrasado e

distraído, que nem tenha me visto em sua frente.

Não! Não posso arranjar desculpas para ele. Não sou tão

pequena e insignificante assim. E apesar de ser um pouco estranha

e me vestir como uma adolescente problemática, tenho o meu valor.

Não vai ser um menino riquinho com um corpo de deus grego que

vai me derrubar.

Deixarei isso para lá, descobrirei quem ele é e lhe devolverei o

telefone, porém não como o deixou quando derrubou.

***

Chego em casa e coloco minha roupa de corrida. Não sou de

fazer muitos exercícios, mas Bia pretende ficar com o corpo definido

e não quer fazer isso sozinha. Só corro para relaxar, já que não

tenho ninguém para ver o resultado de tanto esforço. Mesmo

sabendo que não deveria penssar dessa forma, penso.

Não demora muito para que ela chegue batendo na porta do

apartamento.

- Vamos logo! Temos que correr o dobro hoje. Não resisti e

comi duas fatias de torta. - avisou desanimada.

- O quê? - Ela só pode estar alucinando. - Você quer me

matar?

- Deixe de ser sedentária! - Puxa o meu braço até me fazer

passar pela porta.

Mesmo não querendo correr tanto, saio de casa. Como estou

com muita coisa na cabeça, usarei esse tempo para pensar em uma

forma de fazer o gato arrogante pagar por ter me deixado no chão.

Logo começamos a andar e, depois, a correr. Passamos por

muitos lugares durante a corrida.

- Então... O que fez hoje além de se sentar na frente de um

computador para olhar números e coisas bizarras que não entendo?

- Bia perguntou ofegante.

- Você não vai acreditar. - Mostro-me bem empolgada com

a novidade. - Eu me atrasei de novo, mas o pior é que quando eu

estava entrando no prédio, um cara esbarrou em mim e foi embora

como se nada tivesse acontecido.

- Não estou entendendo. A notícia é ruim e você está com

um sorriso no rosto. É meio masoquista. - Mantém o cenho

franzido.

- O cara deixou o celular cair. - ignorei sua ironia. - E

agora ele está sob o meu poder. - Tento não ficar empolgada

demais.

- Sabe, Emma? Quando digo a você para arranjar um

namorado, é exatamente por isso. - Lá veio mais uma ironia. -

Alguém esbarra em você e, como uma maluca, rouba essa pessoa e

sorri como uma psicopata? Estou ficando preocupada.

- Não encha, Bia! Vou devolver o celular dele. Mas também

vou me vingar do idiota. - Reviro os olhos.

- Podemos ver um filme se acha que sua noite está tão ruim.

- Será que dá para me apoiar nisso? - reclamei. - É a

primeira vez que faço algo assim, e nem sei quem é o homem.

Posso ser demitida, já que ele é, provavlmente, um dos executivos.

- Eu curto sexo selvagem e você é fora da lei. Facinante!

Ainda não sei por que somos amigas. - brincou.

Bato de leve em seu ombro e continuamos a corrida.

Bia, como uma tagarela, prossegue brincando com a história,

deixando-me um pouco irritada. Quando começa a falar algo sobre o

seu trabalho, agradeço.

***

Estou na banheira, quando pego novamente o celular para o

vasculhar e descobrir mais sobre o homem. Quero achar seu nome,

porém não consigo ser tão fora da lei e ir direto à sua caixa de

mensagens ou e-mail.

Bia sempre fala que sofro da "síndrome" de ser certinha

demais. E é verdade. Apesar de poder e conseguir entrar em muitos

computadores e redes de dados, nunca faria isso. Já me ferrei uma

vez ao ser culpada por algo que não fiz, e hoje tenho esse trauma.

Decido ligar para alguém e rezo para que essa pessoa fale

pelo menos o nome dele. A quantidade de contatos femininos é

enorme. E não é para menos, já que ele é lindo. É lógico que pega

todas que quer. Aposto que com uma ou duas chamadas, alguma

delas atenderá, desesperada para sair com ele novamente.

Resolvendo colocar minha teoria em prática, clico em um

número com o nome de "Ariana". A ligação começa a chamar uma,

duas vezes...

- Ian! - falou a voz feminina muito empolgada, no outro lado

da linha.

Um sorriso de satisfação toma o meu rosto.

- Desculpe! Não é o Ian. - tentei disfaçar a minha voz para

o caso de, futuramente, isso ser usado contra mim.

- Quem é e por que está me ligando do celular do Ian? -

perguntou furiosa.

Eu penso um pouco na resposta e minha mente diabólica

organiza um roteiro fora do comum para a Emma sem graça.

- É que eu queria ouvir a voz da vadia que está atrás do meu

namorado. Quero lhe avisar para ficar longe dele se não quiser

perder seus peitos falsos e todas as plásticas mal feitas do seu rosto.

- falei em um tom de irritalção e bem mais alto do que normalmente

falo.

Não sei de onde isso está vindo, mas se demorar muito,

acabarei rindo e pondo tudo a perder.

- Olhe aqui, querida! Se o seu namorado fica atrás de mim, a

culpa não é minha. - rebateu alterada.

- Meu Ian não fica atrás de mulheres; são as vadias que

ficam atrás dele. Espero que esse recado sirva de lição para que não

chegue perto do meu homem! E pode dizer a todas as suas amigas

que farei o mesmo com elas caso as veja a cem metros dele. -

Desligo a chamada.

Deus! O que deu em mim e por que fiz isso? Meu coração

bate a mil por hora, como se estivesse prestes a sair pela boca.

Agora sei como se chama o dito cujo. Mas, Ian do quê? Fuço

ainda mais o telefone e não acho nada que ligue esse nome ao seu

sobrenome. Talvez amanhã eu lhe investigue na empresa.

Por enquanto, botarei meu plano em ação. Entro novamente

na galeria e começo a editar as fotos. É claro que algumas só edito

as cópias, já que não sou tão cruel. Depois volto aos contatos e

mudo os nomes das piranhas por coisas engraçadas. Acho que ele

ficará puto com a bagunça que estou fazendo.

Não ouso ir às suas conversas particulares, porque isso é

muito pessoal e não quero invadir sua privacidade. Já basta o quanto

estou invadindo. Sei que para alguém que pode fazer o que faço,

invadir é o objetivo, entretanto tenho os meus limites.

***

Acordo cedo e nem tomo café. Depois do banho, coloco

roupas que não são muito chamativas, pois nunca gostei de chamar

a atenção para o meu corpo. Saio na rua e ando até o metrô com

uma pequena caixa na mão. Dentro dela, está o celular. Descobrirei

quem é o Ian antes do almoço e lhe entregarei o aparelho depois.

A única pessoa naquela empresa que sabe até os segredos

mais sujos dos chefões, é Ágatha. Ela é uma das secretárias dos

executivos que ficam no topo do prédio. Se há alguém que sabe

quem é o bonitão arrogante, é ela.

Após sair do metrô, ando algumas quadras até o trabalho.

Hoje ele não veio me derrubar. Que pena! Eu poderia xingá-lo

pessoalmente. Terei apenas que imaginar sua reação ao ver o que

fiz no seu celular. Além da capa de glitter rosa com enfeites que

coloquei nele, baguncei os contatos e editei as fotos.

Poxa! Será uma boa cena.

Passo pela recepção, vou para o meu armário e coloco a

caixa no fundo do espaço, com medo de que alguém me veja e me

denuncie quando o telefone estiver nas mãos dele. Em seguida, sigo

para a cantina e peço um café expresso.

Logo avisto Ágatha, que está sentada com outras duas

secretárias, tendo uma conversa bem animada. Não sou amiga

delas. Na verdade, a quantidade de amigos que tenho, posso contar

nos dedos. Para todas essas pessoas, sou a garota estranha, igual

era no ensino médio.

Embora esteja em boa forma, não tenho roupas chamativas

ou sexies e opto por não usar brincos ou colares. Contudo, faço

algumas tatuagens quando sinto vontade.

Ágatha, por outro lado, é uma mulher linda, de trinta e dois

anos, que veste roupas chiques e está sempre de saltos. Ela mexe

no seu cabelo liso de cor escura como se estivesse em um comercial

e eu fico só adimirando sua beleza enquanto ando até elas.

- Emma, como vai? - perguntou de forma simpática.

Ainda por cima, a mulher tem simpatia.

- Estou muito bem, Ágatha. Obrigada! - Dou um sorriso

tímido. - Como vocês estão? - falei com as outras só para não

parecer rude ou fofoqueira.

Elas sorriem e falam, juntas, que estão ótimas.

- Meninas, eu queria perguntar se vocês já viram um homem

por aí. Sei que seu primeiro nome é Ian, que ele tem pelo menos

1,90 de altura, cabelos negros, olhos azuis...

- Tem pinta de arrogante? - Ágatha acrescentou.

- Sim. - confirmei feliz. - Você já o viu por aí?

- Se eu já vi? Menina, quem não viu esse homem? E, que

homem lindo! É um deus grego, mas muito estressado e mal-

humorado. Está sempre dando ordens e sendo arrogante.

Eu já sabia que ele não era uma boa pessoa, no entanto

queria que alguém, pelo menos, dissesse algo de bom dele, para

que eu não me sentisse tão mal por desejá-lo.

- Quem é ele, Ágatha? - questionei, bastante curiosa,

sentando-me no meio delas.

- É o mais novo chefe, querida. Ian Novack. É o filho de

Robert Novack e assumiu a empresa depois que o pai sofreu o

acidente e ficou em coma.

Estou paralisada. Ele é o chefe? O dono de tudo aqui? Porra!

- Você está bem? - perguntou ao ver minha pele mais

pálida do que o normal. - Ele te fez algo?

- Não. Eu só o vi por aí. Parecia que tinha comido algo

estragado. - Ainda estou tentando me recuperar.

- Ele está assim desde que assumiu os negócios. - Revira

os olhos. - O que tem de lindo, tem que mal-educado.

- Ok, meninas. Tenho que trabalhar agora. Obrigada pela

informação! - Levanto-me e saio de perto delas.

Meu Deus! Ian é o CEO da TEC Corporation?! A minha

ansiedade está fazendo com que minhas mãos soem e meu coração

acelere. Acho que não posso entregar o celular do meu chefe, pois

não quero irritá-lo. Mas, ao mesmo tempo, ele é um grosso com todo

mundo. Seu pai está em coma, porém isso não justifica seu modo de

tratar as pessoas.

O conflito em meu peito pode até me causar um infarto se eu

continuar pensando nisso.

Não posso desistir agora. Afinal, ele não saberá quem sou e

não sabe nem que existo.

Vou trabalhar e, após o almoço, levarei o pacote para a

recepção. Depois, ele que se vire! O que irá deixá-lo ainda mais

irritado.

Não sei se isso me deixa feliz ou com mais medo.

Volto do restaurante com o pacote, levando-o na bolsa para

que ninguém perceba nada, entro no prédio com ele na mão e vou

até a recepção, onde vejo Molly.

Minha língua parece presa, mas não posso desistir agora.

Seria errado ficar com o aparelho.

- Molly, uma moça me entregou este pacote agora a pouco e

disse que é para o entregar ao Ian Novack. Ela parecia muito irritada

e nem quis entrar. - Entrego-lhe.

Odeio mentir, e não faço isso com frequência; só quando

preciso muito.

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tamborilava o tampo de vidro da mesa do escritório com uma caneta de cem dólares sem importar-me em danif ci á-la. Aquele caso estava me tirando do sério. O cliente insistia em uma ação que não tinha mérito e que não nos levaria a lugar algum - apenas a f alência do escritório. Não estava nada interessada em perder o único emprego decente que tinha conseguido desde o f im do tratamento. Já tinha pesquisado todos os precedentes possí veis e ainda não tinha encontrado uma brecha que pudesse signif icar sucesso na demanda. Meus olhos estavam cansados de tanto olhar para a tela do computador, mesmo estando de óculos o dia inteiro. Respirando f undo, levantei-me e caminhei até a cozinha. Precisava de um caf é bem forte e provavelmente os pensamentos iriam clarear. Enquanto esperava a ruidosa caf eteira preparar-me um expresso, lembrei-me da primeira vez em que pisei no Metcalf e & Matthews Advogados Associados. Tinha acabado de sair de uma clí nica de reabilitação. Nunca tinha usado drogas nem nunca tinha bebido além do admissí velem sociedade. Eu tinha dois problemas que me levaram a f icar internada para tratamento por um ano - era maní aco-depressiva e tinha tentado o suicí dioduas vezes. Na segunda vez a f amí liaachou que deveria importar-se comigo e conseguiu uma ordem judicial para me trancar em uma clí nicae f orçaruma medicação que eu não desejava. Foi um ano excelente. No iní cio, detestei o lugar e as pessoas com quem tinha que conviver. As regras eram insuportáveis. Com o passar do tempo, a compreensão do problema e o vislumbre de que sairia curada f ez com que aceitasse o tratamento. Meus antecedentes, no entanto, não auxiliaram na busca por trabalho. A f amí lianão iria me sustentar; eu já tinha vinte e nove anos, então. O namorado não iria mais me aturar depois de ter tido que lidar com meu comportamento por quase três anos. Meu único bem, um apartamento, f oi vendido para pagar o tratamento. Eu precisava de um emprego que me garantisse uma renda razoável para alugar um novo apartamento e sobreviver. - Terra chamando Layla. - A voz de Melanie me tirou do transe de vários minutos. O caf éjá estava pronto há bastante tempo, mas eu continuava divagando sobre o passado recente. - Está tudo bem com você? Melanie era a melhor amiga desde minha contratação pelo Metcalf e& Matthews. A vida tinha mudado completamente - eu era mais f eliz e tinha relacionamentos mais saudáveis. Melanie era parte f undamental naquele processo. - Sim, é o caso Gandini que está me tirando do sério. Não sei por que aceitaram esse cliente nem por que me passaram esse pepino. - Jura que não sabe? - Melanie baixou o tom de voz e também serviu-se de um caf é. - Olson não gosta de você. Ele vai f azer de tudo para te sacanear e mostrar que você não é capaz de dar conta do cargo que assumiu. - Ele tinha pretensões para a minha vaga, não é? - Recordei- me que Jeremy Olson, um advogado que estava há mais tempo no escritório, ansiava pela vaga de advogado júnior que eu consegui apenas alguns meses depois de contratada.

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