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Inocência com sedução

Inocência com sedução

renata medeirosM

5.0
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25.5K
Leituras
41
Capítulo

O que Taylor Magnus está fazendo aqui? Me encostei na parede com a saia subindo pela minha bunda enquanto me ajeitava na áspera parede de estuque. Eu não a ajeitei. O belo anfitrião, vestido incrivelmente bem, definitivamente percebeu. Enquanto lambia os lábios e andava na minha direção, eu sabia que ele se perguntava se eu estava usando calcinha. - É o bar mitzvah do melhor amigo da filha dele. O que você está fazendo aqui? Senhorita... Ele inclinou a cabeça para baixo e leu o nome no meu crachá de imprensa. Fitzpatrick? Aprendi com o tempo a não ficar nervosa; as pessoas farejam aproveitadoras de longe. Respirei fundo para afastar o medo. - Essa é uma festa e tanto. Trabalho na coluna de sociedade, sabe? Noticiando todo mundo que é alguém. Dei meu sorriso característico, uma expressão bem ensaiada de inocência com uma pitada de sedução. - Muito ousada, você não devia estar aqui. Essa é uma festa particular! Estava claro que ele não ia me dedurar. - Não se eu for convidada. Me abaixei um pouco na parede, fazendo minha saia subir ainda mais. - Clara Fitzpatrick, disse ele, lendo meu crachá. - Um nome muito judeu... - Vem da minha mãe. Então, você acha que Taylor vai passar o projeto da educação? Aquele dá àqueles garotos uma chance real de se educar... com faculdade, alimentação e moradia gratuitos? Eu sabia que estava pressionando, mas o cara sabia muito mais do que estava dizendo. Acho que ele esperava algo do tipo. - Ele deve assinar essa noite. Tem algo a dizer? Endireitei a gravata dele, que estava realmente torta. - Quero dizer, você é o anfitrião do pós Bar Mitzvah, recebendo na própria casa uma lista de convidados muito exclusiva".

Capítulo 1 Inocência com sedução

Capítulo 1 OFÉLIA - O que Taylor Magnus está fazendo aqui? Me encostei na parede com a saia subindo pela minha bunda enquanto me ajeitava na áspera parede de estuque. Eu não a ajeitei. O belo anfitrião, vestido incrivelmente bem, definitivamente percebeu. Enquanto lambia os lábios e andava na minha direção, eu sabia que ele se perguntava se eu estava usando calcinha. - É o bar mitzvah do melhor amigo da filha dele. O que você está fazendo aqui? Senhorita... Ele inclinou a cabeça para baixo e leu o nome no meu crachá de imprensa.

Fitzpatrick? Aprendi com o tempo a não ficar nervosa; as pessoas farejam aproveitadoras de longe. Respirei fundo para afastar o medo. - Essa é uma festa e tanto. Trabalho na coluna de sociedade, sabe? Noticiando todo mundo que é alguém. Dei meu sorriso característico, uma expressão bem ensaiada de inocência com uma pitada de sedução. - Muito ousada, você não devia estar aqui. Essa é uma festa particular! Estava claro que ele não ia me dedurar. - Não se eu for convidada. Me abaixei um pouco na parede, fazendo minha saia subir ainda mais. - Clara Fitzpatrick, disse ele, lendo meu crachá. - Um nome muito judeu... - Vem da minha mãe. Então, você acha que Taylor vai passar o projeto da educação? Aquele dá àqueles garotos uma chance real de se educar... com faculdade, alimentação e moradia gratuitos? Eu sabia que estava pressionando, mas o cara sabia muito mais do que estava dizendo. Acho que ele esperava algo do tipo. - Ele deve assinar essa noite. Tem algo a dizer? Endireitei a gravata dele, que estava realmente torta. - Quero dizer, você é o anfitrião do pós Bar Mitzvah, recebendo na própria casa uma lista de convidados muito exclusiva". - O que acha que ele vai fazer? Agora ele está envolvido... quase nas minhas mãos. - Mais importante do que isso, o que está disposta a fazer por algo a publicar? - Suas mãos desceram até a minha cintura​Na sua coluna de sociedade. Sua voz era um sussurro cheio de maldade. - Bastante! Lambi os lábios e toquei as mãos dele. - Ele não assinou. Ele me agarrou e puxou para mais perto. - Agora, senhorita... Antes de vazar isso para o público, você me deve uma." Ele me puxou para perto, mas me desvencilhei. - Minha gratidão. Muito obrigada. Você... uau, você é incrível. É uma festa e tanto, você deve estar orgulhoso. Divirta-se! Assim, corri para o mar de adolescentes suados, dançantes e sorridentes que curtiam ao som da música. Vá embora, vá embora rápido! Esse mantra se repetia na minha cabeça enquanto eu corria para a noite fria, descendo um quarteirão antes de chamar um táxi. Assim que entrei no carro, saquei o celular e fiz um rascunho editorial sobre o senador que não assinou seu projeto de lei mais humanitário até o momento, um dia antes das eleições. Mandei para meu amigo Scott, do Times, que me ligou de volta quando o táxi se aproximava da minha casa. - Olá, Leah. Tem alguma prova? Perguntou Scott, editor do DC Times. - Escuta só. Toquei para ele a gravação que fiz com o celular. - Quero um artigo pronto em uma hora. Ele parecia empolgado, o que era um bom sinal. Talvez ele falasse bem de mim no Times um dia desses. - Sim, conte com isso. Desliguei o celular e olhei o motorista de relance. - Preciso chegar em casa o mais rápido possível. Dei a ele o meu olhar de "faça isso para mim, por favorzinho" e ele pisou fundo, disparando pelas curas da cidade... Foi impressionante. - Pode ficar com o troco. Eu só tinha cinco dólares sobrando e estava quebrada, tanto física quanto financeiramente. Corri para meu apartamento só para encontrá-lo escuro e deserto, o que significava que meus colegas de quarto já tinham ido dormir. Liguei o laptop e comecei a trabalhar imediatamente. Esse seria um furo de reportagem. Ninguém esperava que aquele traste assinasse o projeto de lei, mas eu seria a primeira a denunciar isso. Terminei a matéria de quinhentas palavras em um piscar de olhos e enviei. Quando recebi a confirmação de que haviam recebido, meu Venmo apitou, mostrando que havia 500 dólares na minha conta. Eu sabia que Scott assinaria meu artigo e ficaria com a fama, mas grana é grana. Eu consegui o furo de reportagem e fui paga por isso. Enquanto meu nome não era conhecido, pelo menos estava criando relacionamentos sólidos na área. Exausta, me arrastei até o quarto que eu dividia com Harper. Assim que me aproximei da porta, ouvi vozes baixas e uma voz masculina rindo profundamente. Droga. Joaquin, o barista da cafeteria do outro lado da rua, veio passar a noite outra vez. Essa deve ter sido a terceira vez na semana. Olhei para o sofá desconfortável, que encontramos atrás de um ponto do Exército da Salvação. Como ele só estava a céu aberto por 12 horas e tinha sido rejeitado apenas por sua cor verde esquisita, achamos que ele havia sido um presente dos céus. A única coisa realmente errada com ele é que era como se sentar em uma pilha de travesseiros irregulares. Alisei o cobertor que usávamos para deixá-lo um pouco mais confortável, tirei as roupas e joguei no chão, ficando só de camisola e calcinha enquanto fazia meu melhor para ter uma noite de sono decente. Pouco depois que me deitei e meus olhos começaram a se fechar... tudo começou.

Meu Deus, isso... vai, assim, isso! Ah... ISSOOOO" Harper gritou super alto e as paredes começaram a tremer porque a cama deles estava batendo contra a parede. Minha colega de quarto continuou cantando essa "canção" por pelo menos uma hora. Meu Deus, se essa mulher não gozasse logo eu ia entrar lá, pegar o vibrador que eu sei que ela tem escondido e faria ela chegar na lua só para conseguir dormir um pouco. O sofá era duro e áspero, e as paredes eram finas e inúteis. Eu mal consegui adormecer depois de um momento de calmaria quando tudo começou outra vez. Joaquin, o barista, não estava muito melhor com seus grunhidos animalescos de "oh meu deus". Será que nenhum deles sabe como levar alguém a um orgasmo? Eu já tinha ouvido os dois antes. Geralmente demorava um pouco, mas aquela noite foi dolorosa. Eles devem ter se pegado sem camisinha nem nada, e mesmo assim... Acho que estava na hora de dizer à Harper que ela já não gostava mais dele. Me perguntava como Eliza estava conseguindo dormir. Ter transformado o sótão do apartamento em um verdadeiro bunker com fones de ouvido enormes tinha suas vantagens. Tenho sonhado em ir parar no quarto dela em vez do de Harper, embora a conheça há poucos meses. Após me formar em jornalismo na Universidade de Maryland, não tinha para onde ir, exceto pela fazenda de lagosta da minha família no Maine. Minha mãe estava mais do que pronta para me receber de braços abertos. Além de ser o local de nascimento do Stephen King, Maine tinha muito a oferecer, mas não para uma jornalista ambiciosa como eu. É sério, nada acontece na nossa pacata cidade. Eu não era só uma caçadora de histórias nojenta e inconveniente. Me especializei em antropologia por um motivo. Queria escrever sobre pessoas e torná-las melhores, o que também significa expor as falhas da nossa sociedade. Para mim, DC seria o lugar ideal, já que tem uma quantidade mais do que suficiente de pessoas com raiva da humanidade por um motivo ou outro. Pelo menos era nisso que eu estava pensando quando apareci na porta de Harper Greenly seis meses atrás. Harper foi minha melhor amiga do acampamento de verão quando eu tinha 12 anos. Ambos éramos filhos únicos, tivemos pais amorosos e estávamos loucos para deixar o ninho. Costumávamos dormir no meu quintal e sonhar com a figa do Maine e de nossa vida pacata. Embora todo mundo amasse aquele lugar, não podíamos esperar para nos ver livres das lagostas. Meu pai e minha mãe adotiva tinham uma pequena criação e vendiam lagosta no atacado. Minha infância inteira foi ao lado das pobres criaturas, então, quando Harper disse que havia conseguido um apartamento em DC, aproveitei a chance para deixar o Maine e as lagostas. Ela me deixou dormir em seu sofá e, quando não estava trepando com Joaquin, o barista sexy da cafeteria The House que fica do outro lado da rua, ela tentava fazer algo com seu diploma de ciências políticas.

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