A jovem inocente e o milionário

A jovem inocente e o milionário

renata medeirosM

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Capítulo

" Entre amá-la ou odiá-la. Ele escolheu vingar-se." Laiza Nayara é uma jovem menina doce e inocente que foi abandonada em um orfanato. Então, descobriu coisas horríveis sobre o local onde foi abrigada: o simples "orfanato" para meninas, na verdade, é um prostíbulo. Ao descobrir que foi comprada por um misterioso bilionário, ela se vê completamente perdida. Oliver Campbell quer apenas vingança. Ele é um homem frio e calculista que não mede esforços para conseguir tudo aquilo que deseja. Laiza será dele. Na verdade, sempre foi. Um grande mistério do passado liga a vida dos dois para sempre.

Capítulo 1 A jovem inocente e o milionário

EU FUI ABANDONADA pelos meus pais neste

internato quando ainda era bebê. Pelo menos foi isso que a

madame sempre me contou. Sei que todos têm uma

história e suas origens, e apesar da minha ser

desconhecida, isso não me impede de sonhar com algo

maravilhoso que ainda pode estar por vir. Fui crescendo

neste lugar, acostumando-me com a vida aqui, e conforme

me tornava uma garota mais madura, passei, finalmente, a

entender a verdade: vivo em um prostíbulo.

No começo, eu não entendia o porquê de tratarem a

gente como mercadoria, mas hoje sei que valemos muitos

dólares e que há algumas transações milionárias

envolvidas e gente grande, como multimilionários, políticos

corruptos e até mesmo chefes de máfias.

Nós somos preparadas desde cedo para ser esposas

perfeitas em tudo, como o próprio nome da academia diz.

Até a nossa alimentação é regrada para não engordarmos

muito. Além disso, somos divididas por idade e cor da pele.

Eu faço parte das loiras com 18 anos, olhos azuis e um

metro e meio de altura. Costumo dizer que meu

comprimento é bastante desproporcional à minha idade.

Enquanto isso, a Chelsea, de apenas 15 anos, tem quase o

dobro do meu tamanho. Bem... Exagero é uma das minhas

características principais.

Chelsea é a minha melhor amiga de todas, e é como

uma irmã para mim. Somos inseparáveis.

Eu sei que irei deixar este lugar um dia, e o motivo

mais óbvio é: serei vendida para algum milionário que

deseje ter uma mulher submissa para saciar todos os seus

desejos. Faço parte da categoria de garotas inocentes e

virgens que valem milhões de dólares para os desgraçados

fúteis que só gastam com sapatos caros e roupas de grifes.

É desumano a maneira como eles olham para nós, e a pior

parte de tudo isso são os leilões que organizam uma vez

por mês.

Sinceramente, a minha vida nunca foi fácil, mas,

mesmo assim, jamais perdi a esperança de que algo

diferente possa acontecer. Quem sabe um príncipe

encantado venha em seu cavalo branco me salvar?

Eu não conheço o mundo lá fora, as pessoas de lá ou o

amor; apenas a dor.

A dor da rejeição.

A dor do abandono.

A dor da discriminação

A dor da minha infelicidade.

Por que nunca fugi? Porque é praticamente impossível

fazer isso. O local é rodeado por seguranças armados que

não têm receio de atirar contra qualquer uma de nós que

tente escapar. Isso aconteceu com uma garota há dois

dias. Foi lamentável a maneira como ela foi brutalmente

assassinada.

Essa é a nossa realidade. E na minha realidade, a fase

de lamentações já passou, porque aprendi que não tenho

como fugir do meu destino, por mais que ele seja horrível e

completamente abominável.

Essa sou eu: Laiza Nayara; Iza para os mais íntimos.

Chelsea me deu esse apelido. Sou uma menina totalmente

diferente das demais da minha idade, pois fui criada para

obedecer fielmente àqueles que são superiores a mim. O

direito de escolha nunca fez parte da minha vida, e nunca

fará.

Como destinos são incertos, a única coisa que tenho

certeza é de que serei feliz algum dia, mesmo que leve

anos para que isso aconteça.

Capítulo Um

CAMINHO O MAIS rápido que minhas pernas podem ir,

sentindo minha respiração ofegante ecoar por todo o

corredor. O sinal está tocando, fazendo um barulho imenso,

e isso significa uma única coisa: reunião de última hora.

Meus livros quase caíram no chão quando eu estava

andando tranquilamente e o som começou a ecoar.

Passo pelos corredores vazios, imaginando que serei a

última a chegar no local. Com certeza levarei uma bronca

daquelas na frente de todo mundo.

Aqui, no "orfanato" sempre estamos estudando, pelo

fato de haver homens que gostam de mulheres inteligentes

aos seus lados. Ridículos! Nunca me acostumei com a

ideia de que, algum dia, serei vendida para um verme

maldito.

Aos meus 18 anos de vida, a única coisa que aprendi,

foi a me comportar diante de um homem e a obedecê-lo

fielmente. Quanto a isso, já estou conformada. Prefiro ser

de um só do que de vários diferentes a cada noite, como

acontece com algumas meninas daqui.

No meu caso, a senhora Cloe, a diretora-chefe,

afeiçoou-se por mim. Tenho a sorte de ter o seu apoio.

Segundo ela, eu terei um bom casamento e, um dia, serei

feliz. Eu confesso que a madame alimentou essa

esperança em mim ao longo dos anos, por estar sempre

me dizendo o quanto tem algo grande à minha espera.

Finalmente, chego no salão de reuniões com meu

uniforme um pouco amassado. Isso deve ter acontecido na

hora que eu quase caí no chão enquanto corria até aqui.

Um dos instrutores está falando o quanto não tolera

atrasos da nossa parte, e eu preciso ficar bem quietinha

atrás de Chelsea, que me olha preocupada. Logo desvia

sua atenção para a frente, para não levar bronca. Ela é a

pessoa mais importante para mim, pois é como uma irmã.

Lembro-me da sua chegada aqui, ainda bebê. A madame

não gostava quando eu ficava perto dela, mas logo desistiu

dessa ideia absurda. Ninguém nunca irá destruir o amor

que sentimos uma pela outra; um sentimento puro, ingênuo

e um dos mais verdadeiros que existe em todo o mundo.

Percebo que a diretora mantém um olhar sério sobre

mim, por não tolerar atrasos, mas a cobrança comigo

parece maior em comparação às outras garotas. O meu

cabelo deve estar sempre bem penteado, sem nenhum fio

fora do lugar, meu uniforme impecável e meus sapatos

brilhando o tempo todo. Posso ver a face dela. A madame

é rígida, não demonstra muitos sentimentos na maior parte

do tempo e se chateia até se uma de minhas meias não

estiver igual à outra. Sem contar que ela sempre me tratou

como uma bonequinha de porcelana, como se sentisse

medo de que eu quebrasse ou algo do tipo. Na sua opinião,

minha beleza me levará a um lugar muito alto na vida.

Tudo o que sei é que todos os seus cuidados só fazem

eu me sentir muito protegida contra qualquer homem que

vive aqui. Já ouvi relatos de garotas que são abusadas por

seguranças e até mesmo por Rodolfo. Se eu continuo

intocada, devo isso a ela.

Rodolfo é o vice-diretor, um homem cruel. O seu cargo

está bem abaixo do da madame, mas, ainda sim, ele se

sente o dono desse lugar, pois está sempre impondo suas

vontades quando ela não está. Ele é frio, perigoso, alto,

com cabelos negros e uma barriga grande de tanto beber

cerveja. Todos o temem, inclusive eu, porque os olhares

que ele me lança, deixa-me preocupada. O homem não

tem escrúpulos, muito menos respeito por nenhuma de

nós. Somos suas "vadias", como o próprio repete todos os

dias.

- Nesta semana iremos receber visitas de diversos

homens. Devo instruí-las a se comportarem bem, da

maneira como foram ensinadas. Não preciso dizer que se

algo der errado ou se alguém resolver bancar a heroína, as

consequências serão as mais severas possíveis. Nenhum

homem jamais irá acreditar na palavra de vadias como

vocês, pois nenhuma tem valor moral, muito menos caráter.

- Rodolfo, sempre que pode, lembra-nos do quanto não

somos valorizadas perante à sociedade. - Não pensem

que porque algumas têm rostinhos bonitos e são intocadas,

que merecem algum tipo de compaixão! Todas não passam

de vadias.

Fecho os olhos, com raiva. Esse cara me causa

repúdio e nojo.

Chelsea me olha de lado e resmunga baixinho:

- Odeio ele!

- Eu também. - Reviro os olhos.

Eles nos passam as instruções finais e nos entregam

algumas regras digitadas em uma folha de ofício. Regras

essas que já decoramos.

Depois, Chelsea e eu vamos para o nosso quarto, que

é um ambiente decorado em cores brancas e possui alguns

desenhos nossos pregados na parede, destacados. Minha

amiga ruiva de olhos azuis adora pintar desde sempre e

consegue enxergar um mundo mágico, mesmo em meio a

toda escuridão em que vivemos.

Nós conversamos sobre o quanto odiamos Rodolfo e

todo seu jeito sarcástico. Ele é o rei do sarcasmo, sem

dúvida alguma. Um ser desprezível como esse é capaz de

fazer mal até mesmo a um bebê.

- Odeio o Rodolfo! - ela disse, jogando uma

almofada contra a porta.

- Não mais do que eu odeio. - Bufo irritada.

- Sério! Aquele homem fala como se todas nós

estivéssemos aqui porque queremos. Na real, Iza, quem

garante que fomos realmente abandonadas pelos nossos

pais? E se eles tiverem matado toda a nossa família e nos

sequestrado?

Pensando bem, isso pode ser verdade. Chelsea tem

uma imaginação muito forte, mas não parece estar

viajando tanto como nas outras vezes e pode ter razão. O

pessoal daqui é barra pesada, então não duvido de nada

vindo deles. Se isso for mesmo verdade, estamos correndo

perigo em dobro.

- Chelsea, fale baixo! Se alguém ouvir a gente falando

mal do Rodolfo, estaremos perdidas.

- Sim. Tem razão. É melhor lermos isso. - Olha para

o papel e logo demonstra sua insatisfação. - Fala sério!

Nunca revelar que somos obrigadas a ficar aqui? Qualquer

um em sã consciência consegue ver que isso é um lixo de

vida. Até parece que estamos na Disney! - Revira os

olhos.

- Fique em silêncio, menina! - falei séria, mas

morrendo de rir por dentro.

Não gosto de ser dura, mas isso é necessário às

vezes, para sua formação. Eu, como sua irmã mais velha,

devo ser severa de vez em quando, já que ela fala demais.

Neste momento, Mag entra no quarto com um

semblante preocupado. Eu dou um salto da cama,

preocupada, imaginando que ela ouviu alguma coisa da

conversa. Se não é nossa amiga, o que faz aqui? Seu

maior problema é ser mau-caráter e estar sempre disposta

a fazer o mal. Prejudicar os outros é o seu hobby. Uma vez

armou para mim e me fez ficar de castigo, por colocar um

documento da sala da madame em minha gaveta do

armário. Ela acreditou em mim, mas o Rodolfo não me

perdoou por isso.

- Preciso da ajuda de vocês.

Chelsea e eu nos olhamos, sabendo que nada de bom

poderá vir dessa garota.

- Não queremos confusão, menina. Saia daqui! - a

ruiva, como sempre, foi "educada". Mag merece isso e

muito mais.

- Por favor, preciso de ajuda! - pediu aflita.

Se esse é mais um de seus truques, ela está atuando

muito bem. Tão bem, que parece ser uma grande atriz

interpretando seu papel dramatúrgico.

- Em que podemos ajudar? - perguntei.

- Iza, não faça isso...

- Tudo bem, Che. Eu sei me proteger dela.

- Preciso que faça xixi aqui, para mim.

Olho para o potinho em sua mão.

- Para que isso?

- Eu fui selecionada para o próximo leilão e não quero

ficar de fora, mas estou com infecção urinária. Quero que

me ajude.

- Por mim, você pode se ferrar. - Chelsea deixou

bem clara a sua opinião.

- Eu faço.

Ela me entrega o potinho, animada, e eu posso ver um

certo alívio em seu rosto. Acho que está escondendo algo

muito sério, só que por meio das dúvidas, resolvo ajudá-la.

Urino dentro do recipiente e a entrego. Afinal de contas,

todas merecemos uma segunda chance. E se esse leilão

for mesmo acontecer, só de pensar na possibilidade de ela

ser escolhida e me deixar em paz de uma vez por todas,

fico contente.

- Sobre o leilão...? - perguntei com receio.

- Como eu sou a mais bonita de todas, fui avisada

antes de vocês. Não se preocupem, vadias! Não serão

escolhidas. - falou com maldade e deboche, como

sempre. - Obrigada, trouxas! - Sai do quarto, batendo a

porta com força.

- Por que você ajudou essa ingrata? Eu falei para não

fazer isso.

- Todas merecemos ser felizes, inclusive ela.

- Por mim, ela vai para o inferno. - resmungou. - É

boa demais, irmã. Não deixe as pessoas pisarem em você

assim!

(...)

Estou com minha aptidão em mãos, pois fui

selecionada para uma grande avaliação que acontecerá

amanhã à noite. Estou triste e abalada por isso, não

conseguindo acreditar que fui escolhida. Não quero ir, mas

não tenho escolha alguma e precisarei dar o meu melhor.

Já ouvi falar que essas festas com leilões atraem um

enorme público da alta sociedade nova iorquina. Somos

expostas apenas de lingeries e, em alguns casos, ficamos

até sem roupas. É uma situação humilhante.

Não posso chamar isso de vida, porque, de fato, não é.

A única coisa que me faz relaxar é ler um bom livro quando

consigo roubar algum da biblioteca da madame Cloe. Se

não temos autorização nem para ir lá, imagina para pegar

um livro para ler. "Prostitutas" como nós, temos coisas mais

importantes a fazer, segundo eles. São ridículos. Um dia,

ainda verei todos presos.

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tamborilava o tampo de vidro da mesa do escritório com uma caneta de cem dólares sem importar-me em danif ci á-la. Aquele caso estava me tirando do sério. O cliente insistia em uma ação que não tinha mérito e que não nos levaria a lugar algum - apenas a f alência do escritório. Não estava nada interessada em perder o único emprego decente que tinha conseguido desde o f im do tratamento. Já tinha pesquisado todos os precedentes possí veis e ainda não tinha encontrado uma brecha que pudesse signif icar sucesso na demanda. Meus olhos estavam cansados de tanto olhar para a tela do computador, mesmo estando de óculos o dia inteiro. Respirando f undo, levantei-me e caminhei até a cozinha. Precisava de um caf é bem forte e provavelmente os pensamentos iriam clarear. Enquanto esperava a ruidosa caf eteira preparar-me um expresso, lembrei-me da primeira vez em que pisei no Metcalf e & Matthews Advogados Associados. Tinha acabado de sair de uma clí nica de reabilitação. Nunca tinha usado drogas nem nunca tinha bebido além do admissí velem sociedade. Eu tinha dois problemas que me levaram a f icar internada para tratamento por um ano - era maní aco-depressiva e tinha tentado o suicí dioduas vezes. Na segunda vez a f amí liaachou que deveria importar-se comigo e conseguiu uma ordem judicial para me trancar em uma clí nicae f orçaruma medicação que eu não desejava. Foi um ano excelente. No iní cio, detestei o lugar e as pessoas com quem tinha que conviver. As regras eram insuportáveis. Com o passar do tempo, a compreensão do problema e o vislumbre de que sairia curada f ez com que aceitasse o tratamento. Meus antecedentes, no entanto, não auxiliaram na busca por trabalho. A f amí lianão iria me sustentar; eu já tinha vinte e nove anos, então. O namorado não iria mais me aturar depois de ter tido que lidar com meu comportamento por quase três anos. Meu único bem, um apartamento, f oi vendido para pagar o tratamento. Eu precisava de um emprego que me garantisse uma renda razoável para alugar um novo apartamento e sobreviver. - Terra chamando Layla. - A voz de Melanie me tirou do transe de vários minutos. O caf éjá estava pronto há bastante tempo, mas eu continuava divagando sobre o passado recente. - Está tudo bem com você? Melanie era a melhor amiga desde minha contratação pelo Metcalf e& Matthews. A vida tinha mudado completamente - eu era mais f eliz e tinha relacionamentos mais saudáveis. Melanie era parte f undamental naquele processo. - Sim, é o caso Gandini que está me tirando do sério. Não sei por que aceitaram esse cliente nem por que me passaram esse pepino. - Jura que não sabe? - Melanie baixou o tom de voz e também serviu-se de um caf é. - Olson não gosta de você. Ele vai f azer de tudo para te sacanear e mostrar que você não é capaz de dar conta do cargo que assumiu. - Ele tinha pretensões para a minha vaga, não é? - Recordei- me que Jeremy Olson, um advogado que estava há mais tempo no escritório, ansiava pela vaga de advogado júnior que eu consegui apenas alguns meses depois de contratada.

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- Está morto? - Ouço uma voz perguntar, mas ela parece vir de muito longe. - Quase, mas ainda respira. O que quer que eu faça com ele? Posso acabar com a agonia do garoto com uma única bala. - Não. Valorizo a lealdade. Ele foi contra o próprio pai para proteger a Organização. Esse aí entendeu que a Irmandade[4] está acima da família. - Dizem que ele é meio maluco. - Quem de nós não é? De qualquer modo, o rapaz é corajoso. Não é qualquer um que enfrentaria um avtoritet[5] para cumprir com seu dever de lealdade ao Pakhan[6]. - Não costuma ser tão generoso, Papa[7]. Alguns diriam que um fruto nunca cai longe da árvore. E se for como o pai? - Nesse caso, por que não permitiu que o maldito seguisse com o plano para me matar? Não, o menino é água de outra pipa. E o que estou fazendo não tem a ver com generosidade, mas com pensar no futuro. Conto nos dedos de uma mão quantas pessoas morreriam realmente por mim e por minha família. É mais novo do que os meus netos. Um dia, Yerik e Grigori[8] vão estar no comando e precisarão de homens de verdade ao lado deles. Eu acho que eles continuam conversando, mas não tenho certeza. Acordo e perco a consciência várias vezes. Entretanto, entendo que o Pakhan acha que eu fiz o que fiz por ele, mas não foi. Minha decisão não teve nada a ver com alguém, mas com algo. Regras. É por elas que eu vivo. Eu nunca as quebro. Elas são o meu verdadeiro deus, muito acima do que as pessoas chamam de sentimentos ou emoções. Não tenho amor e nem raiva dentro de mim. Não consigo entender esses conceitos, já as regras, são simples: siga-as ou quebre-as. Há sempre somente duas escolhas. Preto ou branco. O cinza é uma impossibilidade e também uma desculpa para quem não consegue se manter fiel à sua palavra. Não me ofendo com xingamentos ou me dobro à tortura. Não temo a morte e nem sinto medo de nada, a não ser ter minha vida fora de padrões que estabeleci. Eu preciso dos padrões e os procuro em qualquer lugar. Quando descobriu essa minha habilidade de pensar em cem por cento do tempo de forma lógica, meu pai usou-a por muito tempo em seu trabalho na Organização. O que ele não entendeu, é que essa não era apenas uma característica minha, mas quem sou. Em tudo, todas as áreas da minha vida, busco padrões. É assim que consigo compreender o mundo ao meu redor. Foi assim que descobri a traição dele. Ele não estava somente roubando, planejava entregar o Pakhan nas mãos dos inimigo e isso desordenaria meu plano de continuar servindo à Organização. Atrapalharia as entregas de carregamentos de armas, cujas rotas calculei com precisão matemática. Traria um novo chefe para a Irmandade, que talvez quisesse modificar a planilha de lucro. Iniciar guerras desnecessárias. Eu odeio mudanças. Qualquer alteração me desestabiliza. Até mesmo uma solução alternativa para mim, tem que ser analisada de antemão. Tusso e me sinto sufocar. O ar está impregnado com uma mistura esquisita. Um dos odores é sangue, eu sei. Estou acostumado a esse cheiro desde pequeno. Aos treze anos, matei pela primeira vez. Uma ideia destorcida do meu pai para que eu fosse iniciado dentro da Organização. O outro odor, acredito que seja álcool, então acho que devo estar em um hospital. Eu não me importo, só quero ficar curado. Preciso que me costurem para que eu possa seguir com o meu trabalho. Se demorar muito, vai atrapalhar meu cronograma e eu não tolero imprevistos.

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