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Dono Do Seu Prazer

Dono Do Seu Prazer

JP HOOKE

5.0
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Leituras
181
Capítulo

Eric Carter Eu estava prestes a morrer. Graças à minha doença, eu não tinha muito tempo de vida sem fazer uma cirurgia que impediria minha morte, mas decidi que ter um filho resolveria os meus problemas. Eu só precisava de alguém. E Sophie Simmons era a escolha perfeita. - Nunca foi tocada por um homem antes, srta. Simmons? Eu sou incomum? - Perguntou ele. Os olhos dela procuraram os dele. Sem jeito, Sophie respondeu: - Não - ela disse, mas não aguentou sustentar o olhar de Eric. Havia algo ali. Algo que a fazia ficar vermelha. Ele a enxergava, percebia -, senhor. - Eric. Meu nome é Eric. Me chame assim. Sophie Simmons Depois que minha família faliu, eu tinha que recomeçar a minha vida. Eu não tinha muitas opções e precisava de um emprego. A Carter's Enterprises era a minha salvação, mas eu não fazia ideia de que encontraria um verdadeiro diabo e aceitaria ser dele por um pouco de conforto e dinheiro. - Você decidiu fazer isso. Não pode me culpar. Eu só quero sexo. Você decidiu me dar o que eu queria. É um acordo justo. - Seria um acordo justo se você não fosse um arrogante desprezível - ela disse, a voz cheia de raiva e revolta. - Você não passa de um babaca convencido! - Ele pegou seu cabelo com um braço poderoso e a encarou. - Me solte! - Eu devia? Eu sou um monstro. Monstros não são justos, minha flor de lótus.

Capítulo 1 A entrevista de emprego

Aviso: O livro contém cenas de sexo explícitas, agressão, palavras de baixo calão, ménage, práticas sexuais, podendo não ser recomendado para um público sensível. Esteja ciente antes de começar!

A sala de espera parecia apertada. Não fosse sua necessidade urgente para arrumar um emprego, Sophie daria meia volta e sairia daquele lugar, mas não era só isso; também tinha o fato de que não sabia muito bem onde estava se metendo, e como chegara até ali. Sua amiga conhecia uma pessoa, e essa pessoa trabalhava para Eric Carter, o dono daquela empresa. Apesar de saber que não tinha muitas chances, Sophie se dedicou e resolveu acordar cedo e ir para a entrevista. Não iria perder nada, apesar do que ouvira sobre seu possível futuro chefe não ser nada agradável. Eric Carter parecia ser o tipo de homem frígido e sério demais para ser real, mas Sophie não quis acreditar. Não valia a pena depositar mais descrenças à sua lista mental dos motivos que potencialmente fariam com que não fosse aceita:

Primeiro: Era jovem e não tinha experiência;

Segundo: Seu possível futuro chefe parecia exigente demais;

Terceiro: Estava cansada de espalhar currículos e receber vários nãos seguidos;

Quarto: Não tinha mais dinheiro e vontade para tentar.

Sophie estava ali há meia hora e havia candidatas melhores, sem dúvida. Mesmo assim, quando a mulher apareceu e anunciou seu nome, ela suspirou audivelmente e ajeitou a postura. Sophie Simmons se dirigiu para a sala do sr. Carter sem muita crença de que conseguiria algo, esperando ver um homem de meia idade de barba por fazer e com olheiras gigantes sob os olhos cansados demais. Porém, quando bateu à porta, ouviu uma voz jovem e masculina demais, aveludada demais para ser de um homem de meia idade. Sophie abriu a porta, obedecendo a ordem " pode entrar".

Ela certificou-se de que seu coque de cabelos dourados estava no lugar e que a saia lápis preta e a blusa branca não estavam vulgares demais e andou e sentou na cadeira acolchoada de visitantes. O homem que ergueu o olhar certamente não era de meia idade:

Ele tinha óculos de armação preta e fina, apoiado num nariz perfeito, masculino; tinha olhos azuis intensos e queixo quadrado e salpicado por uma barba por fazer sexy. Tinha cabelos escuros e uma boca de lábios finos.

- Srta. Simmons, presumo? - Perguntou ele. Sophie acordou de seu choque interior, fazendo que sim. Ela segurou a bolsa vermelha no colo com força. O sr. Carter, Eric, a avaliou, Sophie notou. Não era o tipo de avaliação que um homem num cargo dele faria. Ele parecia gostar do que via. Parecia querer, na verdade. - Está interessada na vaga? - Sophie respirou fundo e olhou ao redor. A sala era opulenta, mas ainda assim era um escritório. Apesar de antipessoal, tinha um charme peculiar. Tinha uma mesa de mogno, vidros nas janelas e persianas e estantes. Tinha objetos metálicos e decoração refinada que destoava do ar moderno.

- Sim.

- Por quê? - Quis saber ele.

Era uma pergunta simples, mas Sophie não conseguiu responder. Isso fez com que um sorriso erguesse os cantos dos lábios do homem. Ele a olhou com presunção.

Sophie foi bombardeada com uma enxurrada de perguntas: alguns pessoais, outras profissionais. Eric parecia interessado em cada palavra que saía de sua boca, o que a fez ficar confiante o suficiente para prosseguir com a entrevista.

Eric se inclinou na cadeira acolchoada e preta, e ele pegou uma caneta nas mãos e encarou Sophie, como se procurasse algo.

- Me diga, srta. Simmons - ele disparou, pegando Sophie de surpresa. Ela notou que a gravata escura e a camisa branca pareciam muito caras -, alguma vez já recebeu uma proposta de emprego?

- Sim.

- E você se interessou?

- Sim - respondeu ela.

- Está interessada em trabalhar comigo?

Sophie assentiu. Não havia nada mais o que fazer. O olhar de Eric avaliou-a novamente, e então, ele disse, surpreendendo-na:

- Está contratada, mas... - a palpitação de Sophie acelerou, mas esperar o resto da frase foi o mais complicado - eu tenho algo a lhe oferecer. É uma proposta, como todas que já recebeu. - Ele se inclinou e apoiou os cotovelos na mesa. - Você só precisa pensar e dizer se aceita. Isso não afetará minha decisão. Eu estudei o currículo de todas as candidatas e avaliei qual seria melhor. Você foi uma das escolhidas para a triagem. Minha equipe pediu para que eu avaliasse e eu sinceramente acho que é qualificada.

Sophie se sentiu agradecida. Certamente não esperava aquilo, mas estava ansiosa para a proposta. Ela esperou atentamente as próximas palavras dele:

- Sexo. Quando eu quiser. O que eu quiser. Quem eu quiser. Eu vou triplicar o que ganharia normalmente e lhe dar uma boa vaga quando possível, se for uma boa profissional, claro. Além disso, lhe darei o que precisar - disse ele. Sophie franziu o cenho e encarou Eric. O tom da voz de Eric não mudou e ele não parecia mais feliz ou menos feliz. Seus olhos exibiam o mesmo olhar frio e sua expressão ainda estava sério. - O que me diz?

Sophie sentiu revolta. Algo muito parecido com nojo e asco. Ela o encarou. Todo aquele tempo que passou na frente dele... ele estava provavelmente pensando em coisas sujas. Eric Carter era obsceno e frio. Sophie não conseguia achar uma palavra adequada para cuspir na cara dele.

- Está propondo que eu seja sua acompanhante? - Perguntou ela, não acreditando no que dizia. - Que eu seja sua prostituta?

Eric inspirou e observou Sophie silenciosamente por algum tempo. Ele voltou a se reclinar no encosto da cadeira e disse:

- Não preciso de seus protestos, srta. Simmons. É uma proposta, e como qualquer outra, está livre para decidir se a aceitará ou não. Como eu disse, a senhorita já está contratada. Sua resposta não irá interferir na escolha - ele disse, como um discurso ensaiado, a voz entediada.

Ela levantou.

Sophie queria acertar um tapa na cara dele. Era o que ele merecia, certo? Mas bater nele não lhe daria nada, e não faria com que sua revolta diminuísse. Por isso, ela deu meia volta, sem falar nada e andou até a porta, sentindo o coração palpitando.

Se saísse, poderia perder a chance de ter um emprego. Se ficasse, teria que decidir se aceitaria se deitar com Eric ou não. Ela nem o conhecia, mas sabia que um homem com bom senso não faria isso. Não lhe ofereceria uma proposta dessas. Não a olharia com olhos cheios de luxúria.

Sophie não soube quanto tempo ficou na frente da porta, mas Eric voltou a seus afazeres como se ela não estivesse lá. Sophie olhou por cima do ombro para Eric e buscou força de vontade para responder à sua pergunta:

- Eu aceito.

O que poderia perder?

O homem ergueu os olhos novamente, e um sorriso malicioso desenhou seus lábios.

- Uma boa decisão, srta. Simmons.

Sophie não acreditava no que acabou de concordar. Ela iria mesmo fazer aquilo? O que todos à sua volta pensariam quando descobrissem? Sophie se aproximou da mesa de Eric, as bochechas ardendo. Na verdade, todo seu corpo começara a arder. Ela o encarou bem.

- O que vou precisar fazer?

- Não se preocupe, srta. Simmons. Eu não mordo. Não se não quiser, pelo menos - ele disse. - No momento certo eu vou informá-la. Não irá se machucar ou correr perigo. Eu sou atencioso e sempre sei o momento certo de parar.

Ele era louco.

Foi isso o que Sophie pensou. Um homem não faria uma proposta daquelas e agiria assim, como se aquilo não fosse importante. Ele notou o olhar de Sophie, porque parou de anotar em seu bloco de notas e a encarou, tirando os óculos cuidadosamente.

- Mais alguma pergunta?

Não havia pergunta alguma que ela pudesse fazer, mas encontrada no fundo da confusão de sua mente, ela ousou:

- Por que eu?

- Você é bonita, srta. Simmons, e aposto que deve ser graciosa. De fato, sei que isso parece loucura, mas como disse, não precisa se preocupar. Agora, se não se importa, eu tenho trabalho a fazer. Está dispensada.

Sophie não conseguia entender. Não conseguia achar nenhuma resposta que fosse boa o bastante para responder aquela pergunta. Não sabia o que ele queria de fato. Não sabia se conseguiria lhe dar e não sabia se seria capaz. Ela era apenas sua futura secretária.

- Vou lhe mandar um email confirmando sua admissão e quando deverá começar - disse ele. - Tenha um bom dia, srta. Simmons.

Sophie saiu do escritório do sr. Carter com as pernas trêmulas. A ideia de ter que se entregar a um homem que nem conhecia e o fato de ele ser seu chefe a fazia notar que aquilo era uma loucura. O que a fizera ter a brilhante ideia de aceitar tudo aquilo?

Não ter nada a perder não era o suficiente.

Talvez atração? Eric era um homem atraente, mas isso não a faria assinar um contrato invisível com um estranho. Um acordo selado com o diabo.

Sophie torceu para que não se arrependesse.

Mas não havia volta.

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