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PROIBIDO TE AMAR

PROIBIDO TE AMAR

RENATA PANTOZO

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Capítulo

Me chamo Luísa, estou casada com Fabrício há quase quatro anos, sou arquiteta e trabalho com a minha melhor amiga Marcele. Sou completamente apaixonada, louca e desejo um homem que não posso ter, que nunca será meu. Não por ele ser o melhor amigo do meu marido, mas por ser marido da minha melhor amiga. Estou proibida de amar o Danilo.

Capítulo 1 PRÓLOGO

NARRAÇÃO LUÍSA

Termino o projeto da casa de Marcele e Danilo. Basta salvar o arquivo e a porta se abre com uma sorridente e elétrica cunhada, melhor amiga e esposa do homem que amo em segredo. Marcele entra na minha sala sem esperar minha permissão e bate a porta, fechando-a. Anda em direção ao sofá e se joga nele, colocando suas botas sujas no couro limpinho.

- Qual a razão de tamanha felicidade?

- Danilo...

Fala em um suspiro e meu coração acelera suas batidas, fazendo meu peito doer. Durante esses dois anos que Marcele está com Danilo, venho ouvindo o quanto é perfeito e a faz feliz. Deveria ficar contente, certo? Mas o maior sentimento que tenho é culpa. Culpa por desejar seu lugar. Por desejar ser eu amada do jeito que ela é.

- Reservou o terraço de um dos restaurantes mais incríveis do Rio de Janeiro para comemorarmos nossos dois anos juntos.

- Dois anos já?

Pergunto escondendo o fato de que sei muito bem há quanto tempo estão juntos.

- Sim! Dois anos de casados e felizes.

Olha para mim e suspira batendo seus cílios.

- Ainda me lembro do sermão que me deu quando disse que me casaria com ele.

Quase surtei quando ela disse para sua família e para mim, que se casaria com um namorado de apenas dois meses. Ainda não conhecíamos Danilo. Ela o encontrou em uma viagem que fazia pela Itália e voltou noiva.

- Não sabíamos que ele era bom para você. Ainda não conhecíamos.

Já estava casada com Fabrício quando Marcele conheceu Danilo. Mês que vem completamos quatro anos de casados. Não estamos no auge do nosso amor. A verdade é que há dois anos tudo mudou. Há dois anos meu coração foi roubado e não pertence mais a Fabrício.

- Preciso ir pra casa tomar um belo banho e ficar linda, cheirosa para o meu marido. Só passei aqui para avisar que a obra na casa dos Almeida foi finalmente finalizada. Já pode ir fazer sua mágica e dar vida ao meu trabalho.

Marcele é engenheira e sou arquiteta. Fizemos faculdade juntas e foi assim que conheci Fabrício, seu irmão. Nos formamos, montamos nossa empresa e me casei com seu irmão.

- Agora vou embora! Vê se aproveita e sai mais cedo para namorar meu irmão.

Dou um sorriso sem graça e ela sai do sofá em um salto, vindo correndo até mim e me abraça.

- Está na hora de me dar um sobrinho.

Me aperta forte e não há qualquer possibilidade de dar um sobrinho a ela, tendo um casamento de amigos. Faz tempo que meu casamento não tem a parte da consumação. Tanto Fabrício quanto eu, nos tornamos mais amigos que amantes. Talvez ainda esteja casada com ele por saber que não terei quem eu quero. Comodismo seria uma resposta.

- Vou indo!

Marcele beija minha cabeça e sai correndo da minha sala, me deixando sozinha com meu trabalho e meus pensamentos. Não quero pensar nele a tocando, amando e tudo que eu desejo que faça comigo. Me enfio no trabalho para afastar minha cabeça de Danilo e Marcele.

**************

Já são 20h e está na hora de ir pra casa. Pego meu celular e vejo uma mensagem de Fabrício.

De: Fabrício

Para: Luísa

Estou saindo com alguns amigos do trabalho para beber. Tentei te ligar, mas não atendeu. Me ligue assim que ler está mensagem. Beijos! Te amo!

Saio da mensagem e percebo que tem duas chamadas não atendidas. Uma de Fabrício e outra de Danilo. Sinto um arrepio pelo meu corpo ao pensar em ouvir sua voz. O que será que deseja falar comigo. Antes de ligar para Fabrício, ligo para Danilo. Meus dedos batem na mesa e espero ansiosa para ouvir sua voz.

- Luísa!

Fecho meus olhos e tento controlar minha respiração.

- Me ligou?

- Sim!

Ri e amo o som rouco de sua risada.

- Te liguei há mais ou menos três horas atrás.

- Desculpa! Estava enfiada em um projeto.

- Espero que seja o da minha casa. Marcele me disse que só faltava a sua parte agora, que a construção havia terminado.

- Terminei o projeto de vocês hoje, mas não era ele que me roubava à atenção.

- Quando podemos olhar o projeto?

- Pensei em irmos até a obra para ver se está tudo certo mesmo e mostrar o projeto lá. Falo com Marcele para ver um dia.

Escuto a risada da minha amiga e cunhada de fundo e tento não sentir o que estou sentindo agora. Engulo o incomodo.

- Por que me ligou?

- Era para me ajudar a escolher o presente da Marcele. Estava em dúvida e ninguém melhor que você para me ajudar.

- Eu amei meu presente. Nem precisava de você. Danilo acertou tudo.

Marcele grita de fundo.

- O que deu a ela?

- Uma corrente de ouro com nossas iniciais.

- Um lindo presente.

Meus olhos se enchem de lágrimas. Por que fui me apaixonar por você?

- Vou deixar vocês comemorarem em paz.

- Boa noite, Luísa!

- Boa noite, Danilo!

Desligo o telefone e tendo não chorar. Ligo para Fabrício e cai na caixa postal. Decido deixá-lo beber em paz.

************

Já são 03h da manhã e nada do Fabrício chegar. Estou preocupada com ele sem me dar notícias. Em compensação já recebi mais de dez fotos de Marcele apaixonada com Danilo. Não tive coragem de abrir nenhuma foto. Não tenho estomago para isso. A porta do apartamento se abre e Fabrício entra cambaleando. Está bêbado e não se aguenta em pé. Sorri ao me ver e fecha a porta.

- Minha doce, Luísa!

Força os olhos para me focar e vem em zig zag até mim. Me assusto quando segura meu rosto e avança em minha boca. Seu beijo é desesperado e choca várias vezes nossos dentes.

- Fabrício!

O empurro um pouco para afastar sua boca da minha.

- Está bêbado!

Tento não parecer incomodada com o beijo.

- Estou feliz!

Abre um enorme sorriso que há muito tempo não o vejo. Levo outro susto ao vê-lo cair de joelhos e agarrar minha cintura, enfiando o rosto em minha barriga.

- Eu te amo!

Sua voz é de choro.

- Não quero que me deixe, que esse casamento acabe.

Ergue o rosto e o vejo chorar.

- Nós podemos arrumar o que está errado e você pode voltar a me amar.

Passo a mão em seu rosto e sinto minhas lágrimas caírem.

- Sei que deixou de me amar. Sinto isso.

Não sei o que responder. Sim... já não o amo mais. Mas seria impossível voltar a amá-lo quando meu coração pertence a outro.

- Um filho! Vamos ter um filho! Me de um filho, Luísa!

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