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Meu vizinho mafioso - máfia escolar

Meu vizinho mafioso - máfia escolar

J. Landim

4.9
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36
Capítulo

Nicole Lopez, uma garota de 19 anos, se muda para Madrid, para recomeçar, ela perdeu a pessoa mais importante de sua vida, seu avô. Ao se mudar para um Kit-net sua vida toda muda. Ela sentirá raiva e ódio de um homem que mora no andar de cima: Edgar. Para sua má sorte ele é um mafioso espanhol, que trabalha para o chefe da máfia mais perigoso da cidade. Mesmo a cada dia que se passa o ódio só cresce mais e mais por seu vizinho mafioso, porém algo a mais cresce dentro de si, o amor o e o ódio. Juntos eles enfrentarão obstáculos. E o mafioso sexy, playboy e sedutor deixara Nicole: uma garota esquentadinha louca de paixão. Um romance de máfia escolar te aguarda. Vem embarcar nesse romance erótico.

Capítulo 1 1

SINOPSE

Nicole Lopez, uma garota de 19 anos, se muda para Madrid, para recomeçar, ela perdeu a pessoa mais importante de sua vida, seu avô.

Ao se mudar para um Kit-net sua vida toda muda.

Ela sentirá raiva e ódio de um homem que mora no andar de cima: Edgar.

Para sua má sorte ele é um mafioso espanhol, que trabalha para o chefe da máfia mais perigoso da cidade.

Mesmo a cada dia que se passa o ódio só cresce mais e mais por seu vizinho mafioso, porém algo a mais cresce dentro de si, o amor o e o ódio.

Juntos eles enfrentarão obstáculos. E o mafioso sexy, playboy e sedutor deixara Nicole: uma garota esquentadinha louca de paixão.

Um romance de máfia escolar te aguarda.

Vem embarcar nesse romance erótico.

Personagens:

Nomes dos personagens:

Nicole Lopez, 19 anos, cabelos loiros escuros pra baixo dos ombros, olhos castanhos

esverdeados, branca e magra, bem baixinha com um metro e cinquenta e cinco,

esquentadinha e não tolera que mexam com você.

Edgar Torres, 22 anos, cabelo ruivo escuro, um metro e oitenta. Musculoso e tatuado, faz

parte da maior máfia espanhola. Começou a se envolver aos 19 anos. Tem uma moto e

adora usar óculos escuros.

Timóteo Lopez, avô de Nicole que faleceu há um ano.

Felipe: melhor amigo de Edgar, 23 anos, cabelos negros, tatuado e musculoso.

Geovana: Ficante de Edgar, 19 anos, loira, esbelta e barraqueira.

Colega da faculdade: Fernando: 20 anos, cabelos negros, cabelo em topete e musculoso.

Lúcio e Elizabeth, vizinhos de Nicole.

Todos os direitos reservados a J. LANDIM E BELL J. RODRIGUES

Capítulo 1

Meu nome é Nicole Lopez, tenho 19 anos, eu morava com o meu avô, seu nome era Timóteo, morávamos numa casa no interior do estado de Madrid, era um lugar muito bom, éramos só eu e ele na maior parte do tempo, perdi os meus pais quando ainda era pequena, então fui criada por ele, nunca tive muito contato com o resto da família, assim como ele, ele havia Optado por viver distante deles depois que perdeu a sua amada, a vovó Felicia.

Mas, bem... vovô vinha a cuidar de uma forte doença no pulmão, fazia acompanhamento

médico, e tomava medicamentos, porém ele piorava a cada dia que passava.

Até que no fim do ano passado, quando completei os meus 18 anos, ele faleceu.

Foi muito triste para todos, mas pra mim, foi como se perdesse tudo, ele era tudo que eu tinha, foi devastador perder ele assim.

Depois do funeral, voltei para nossa casa no interior, mas não era a mesma coisa, eu estava sozinha, e isso entristecia-me muito.

Decidi então mudar-me para um lugar diferente, e começar uma vida nova, fazer amizades, e tentar viver de uma forma diferente. Como a casa era do meu avô e no seu testamento ele colocou todos os seus bens para mim, eu consegui vender a casa por um bom preço, e seus outros pertences carrego comigo, os itens que era precioso para ele, estão comigo e os guardarei com todo o amor e carinho.

Eu não tinha muitos amigos nem nada, então talvez fosse bom pra mim, morar sozinha, eu sei que não viverei solitária, eu sei que talvez possa fazer alguma amizade futuramente.

Eu então escolhi uma faculdade, matriculei-me, e procurei uma casa pela internet em uma cidade grande do estado de Madrid.

Agora, eu estou no ônibus, indo para lá, não sei o que me aguarda, mas estou animada de de certa forma.

O ônibus para na rodoviária, assim que desço vejo o quão movimentada é aquela cidade, pessoas andando sem parar a esbarrar uma na outra, era um lugar totalmente diferente de onde eu vim.

— Espero que eu me acostume logo...

Digo pra mim mesma enquanto vou pegar minhas malas, vou até um balcão que fica perto do ponto na rodoviária, e lá, vejo uma moça, a atendente.

Assim que chego para falar com ela, sou recebida com um olhar de deboche, ela me olha de baixo pra cima, e sou ignorada...

Sabe, eu não sou uma pessoa "bonita", pelo menos eu não acho tanto assim... Tenho cabelos médios um pouco pra baixo do ombro da cor loiro escuro, meus olhos são castanhos esverdeados, não sou de passar muita maquiagem, nem nada do tipo, tenho a altura mediana de um metro e cinquenta e cinco, e gosto de roupas mais discretas. Mas, o que me faz pensar e porque as pessoas são assim? Pra que tratar ou outros tão inferior assim? Eu odeio pessoas desses tipos, que se acham mais do os os outros, eu tento mais uma vez a chamar.

— Moça?

Eu pergunto a chamando, enquanto ela continua a me ignorar, aparece então outro atendente, dessa vez uma rapaz, parecia ter quase a minha idade, acredito que cerca de uns vinte e dois anos, por aí.

Ele olha para a outra atendente, e faz uma cara de confuso, e logo me atende.

— Em que posso te ajudar?

Diz ele com aquele sorriso padrão que todos atendentes tem, sem nem mesmo olhar para mim, enquanto mexe em alguns papéis no balcão.

— Eu preciso pegar minhas malas, sabe?

Digo a ele, colocando o papel para pegar a bagagem na frente dele.

Ele então olha pra mim, e seus olhos saltam.

— Oi!

Ele diz novamente, mas dessa vez me olhando fixamente..

— Eeh .... oi..

Respondo confusa, não entendo o porquê dele ter me olhado assim e até ter esquecido o disse a ele a pouco tempo.

É um mais doido que o outro, só pode, penso segurando um sorriso.

Ele me olha por uns segundos e logo parece acordar.

— Ah, suas malas, venha comigo, vou pegar pra você!

Ele diz com um sorriso, dessa vez parece mais verdadeiro que o anterior, assim que ele levanta, a outra atendente, vem até o balcão, e o interrompe.

— Você não precisa pegar nada para ela, apenas carimbe o papel e devolva... ela que Pegue as malas dela!

Diz a moça com um tom rude, ela estava com o rosto coberto de maquiagem, ficava com um espelho, onde se olhava o tempo todo, usava um decote enorme com saltos altos, parecia ter quase a mesma idade que ele.

— Olha Lili, pare de se intrometer..

Diz o rapaz que logo é interrompido novamente pela moça.

— Esses caipiras, deixe que eles resolvam os seus problemas..

Diz a moça, agora sei que ela se chama Lilian ou algo assim, já que Lili parece um apelido... Ela pode ser linda por fora, mas por dentro parece ser horrorosa, eu perguntei-a séria e com raiva.

— Caipiras?

Eu me estresso na hora em que ela fala isso, eu não sou de brigar, mas não vou ficar calada enquanto falam coisas de mim na minha frente.

— Olha, eu só quero minhas malas, por favor, só carimbe e me dê logo o papel.

Digo estendendo minha mão para o rapaz, que logo carimba o papel e o entrega pra mim.

A moça então continua a resmungar,

— Vocês do interior, são todos sem educação, você acha que só porque tem um rostinho bonitinho pode tratar as pessoas assim?

Diz ela enquanto balançava sua cabeça e olhava para suas enormes unhas pintadas.

— O'Que? Se tem alguém sem educação aqui é você!

Meu rosto já estava rubro de raiva, quase indo lá dar uns tapas nela… que garota ousada, quem ela pensa que e… enquanto vou falar algo, o garoto diz.

— Chega Lili, deixe a garota..

Diz o rapaz, desapontado com a atitude da outra atendente.

Eu saí de lá assim que peguei o papel, quero distância desse lugar.

Vou até o local para pegar as malas, eram apenas duas, eu não tinha muitas roupas, consigo carregá-las sozinha, porém com um pouco de dificuldade.

Fui até o lado de fora para pegar um Táxi/Uber, só no caminho até de fora, uns quatro rapazes me ofereceram ajuda para as carregar, tinha até uns bonitinhos, mas estava tão estressada, que tudo que queria era sair daquele lugar. Nem dei muita moral para eles.

Pego o Uber, e então chego até o endereço da minha nova casa, que havia alugado pela internet.

Era TOTALMENTE diferente das fotos...

Eu fiquei super assustada com o local, repleto de becos e pessoas estranhas na esquina, estava morrendo de medo de ser assaltada.

Logo após descer do Uber/taxi correndo desajeitadamente com as malas até a porta, a dona do lugar estaria me esperando para entregar as chaves.

Era um kitnet em um pequeno prédio, tinha o térreo e mais dois andares, cada andar tinha um quarto, sala, banheiro e uma pequena cozinha com uma varanda .

Eu aluguei o kitnet do segundo andar.

Assim que entro, me deparo com um casal, eles estavam saindo pela porta do apartamento do térreo.

Eu paro imediatamente, e arrumo meu cabelo, como entrei correndo, meu cabelo bagunçou tudo por conta do vento, não quero causar uma má primeira impressão. Quero me dar bem com os vizinhos daqui. Assim será um bom recomeço, sorrio confiante que vai dar tudo certo.

Me aproximo e falo.

— Olá...

Digo para eles, que sorriem para mim, pareciam boas pessoas, eles usavam alianças, então penso que estão casados, eles aparentam ter mais de trinta anos, por aí.

— Ola.. você é a nova moradora do segundo andar?

Pergunta a Senhora, enquanto tenta trancar a porta pela qual acabou de sair, parecia estar com problemas com a fechadura.

— Sim.. acabei de chegar...

Digo sorrindo, espero que me de bem com os vizinhos, dizem que eles são nossa segunda família, não é mesmo?

— Maldita fechadura!

Diz a mulher enquanto balança a maçaneta sem parar.

— Me desculpe, mas sabe... é bom você saber que aqui tudo é do pior tipo... coisas quebradas, bagunça pelas ruas, espero que você se adapte bem, a dona do local quase não aparece, então dá pra você imaginar a bagunça...

Ela então continua, parece que ela havia conseguido fechar a porta… fico até com receio de morar aqui, mas não saberei se é ruim até eu não descobrir, não é? E já estou aqui, acho que vou gostar daqui. A senhora me tira dos meus pensamentos e diz.

— Qual seu nome ?

Ela perguntou vindo em minha direção, guardando suas chaves em sua bolsa, ao seu lado seu marido a acompanhava.

— Nicole Lopez, é um prazer conhecer vocês..

Eu coloco minha mochila no chão e estendo minha mão para comprimentá-la.

— Me chamo Elizabeth, e esse é meu esposo Lúcio.

Ela então aperta minha mão, me dando um sorriso, e seu esposo logo em seguida.

— Você não é daquelas garotas delinquentes que ficam na rua, é?

Diz o marido de Elizabeth, com um tom de questionamento.

— Lucio! Não se fala esse tipo de coisa quando se conhece alguém...

Elizabeth logo o corta, e se desculpa.

— Desculpa por isso, mas sabe, ultimamente estamos tendo muitos problemas com esses jovens que ficam nas ruas, sons altos, brigas, bebedeiras, ó céus…

Nossa, aqui parece ser bem perigoso, mas vou tentar não pensar muito nisso, e espero que tudo possa ocorrer bem por aqui. Eu os tranquilizei.

— Eu entendo, podem ficar tranquilos, eu não sou esse tipo de pessoa.

Eu respondo seriamente, eu não gosto mesmo dessas coisas, e quero distância de problemas, tudo que quero é estudar e poder me formar logo.

— Graças a Deus!

Diz Lúcio com um tom de alívio e brincadeira, todos rimos depois disso.

— Você vai morar aqui sozinha?

Pergunta Elisabeth, pude ver em seu rosto que ela parecia meio preocupada...

— Irei sim...

Digo sorrindo alegremente, estava tão animada, precisava muito espairecer a cabeça e meus pensamentos, após o luto, havia ficado sem vontade de fazer as coisas, mas não posso ficar assim, tenho que ser forte, meu avô não iria querer-me ver daquela forma.

Vejo na face dos dois que eles estavam preocupados, então resolvo perguntar..

— Porque vocês ficaram tão sérios de repente?

— Nicole, é bom você tomar cuidado com o inquilino de cima, sabe, ele é um tremendo de um pervertido, metido a mafioso...

Diz Lúcio baixinho, olhando para os lados, como se tivesse medo que alguém escutasse..

Elizabeth se aproxima, e fala comigo de uma forma séria.

— Não vá nas ideias dele, direto ele vem com garotas aqui... é um sem vergonha!

Elizabeth também fala baixinho quase que sussurrando pra mim. Não sei o que esse inquilino faz, mas parece que ele causa muitos problemas, Elizabeth e Lúcio não parece gostar nada dele, nem quero imaginar porque.... bom! De qualquer forma, se ele se meter comigo vai ver, eu não sou igual essas garotas que ele convive.

— Não precisam se preocupar, não irei causar problemas, e também não sou manipulável como a maioria dessas garotas que devem vir aqui..

Não quero que eles fiquem preocupados comigo, então tento passar o máximo de segurança enquanto falo.

— Certo!

Diz Lúcio olhando para mim, sorrindo um pouco.

— Se precisar de algo, estamos aqui.

Ele fala enquanto sorri, realmente, eles são pessoas maravilhosas, passam uma ótima sensação de acolhimento, quero muito poder conversar com eles novamente e nos conhecermos melhor.

— Temos que ir agora... Ah! A Dona do lugar pediu para que entregassem as chaves para

você.

Lúcio então tira as chaves do bolso de sua calça, ele usa algo bem social, deve estar indo para alguma festa ou algo do tipo.

— Obrigada, eu irei subir agora também, tenham um ótimo dia!

Eu agradeço, enquanto eles saem do prédio, pego então as minhas malas que haviam posto no chão, e vou até a escada.

Começo a subir, e a cada degrau parece que as malas ficam mais e mais pesadas...

— Eu devia ter subido com uma de cada vez...

Digo a mim mesma, enquanto escoro na parede sentando em um dos degraus..

Respiro fundo então, pegando fôlego, e me levanto.

Tenho que arrumar muitas coisas ainda hoje, é melhor eu não ficar perdendo tempo.

Após algum tempo arrastando as malas pela escada, eu finalmente chego à porta do meu kitnet.

— Amém!

Falo assim que vejo que havia chegado.

Pego a chave e por minha surpresa, a fechadura realmente era uma droga para abrir, quase me estresso fazendo força.

Mas logo após algumas balançadas na porta, consigo abri-la.

Abro a porta, vagarosamente, mal podia acreditar que aquele lugar seria minha nova casa.

Da porta podia ver a pequena varanda que estava na cozinha, na sala havia dois sofás e uma pequena mesa de centro.

Uma prateleira de madeira aparentemente antiga estava logo ao meu lado da porta.

Entro eu fecho a porta logo após.

Coloco minhas mochilas no chão e corro para a varanda para olhar a vista.

Não era das melhores, mas era incrível poder ver tudo dali, havia uma praça bem perto do prédio, então era bom para observar a movimentação.. olhando para baixo, conseguia ver a varanda de baixo, do Sr Lúcio e da dona Elizabeth.

Eles não estavam em casa, mas me senti meio exposta...

Já que eu podia ver a varanda deles, então o cara do andar superior também podia ver a

minha...

Olho rapidamente para cima assim que dou conta disso, mas não consigo ver nada além da

parte de baixo do chão da varanda dele..

— Credo! Seria perfeito... se não fosse isso.

Falo comigo mesma, tenho essa mania desde pequena..

Na minha varanda, tinha uma mesa de madeira, com duas cadeiras, achei um ótimo lugar para tomar meu café ao amanhecer...

Sorrio enquanto imagino a cena, ainda não acredito que estou em um local diferente, começando do zero, irei criar ótimas lembranças aqui..

Entro e vou ver a cozinha.

O lugar era pequeno, mas muito aconchegante, claro que não parecia nada com as fotos que a dona do lugar mandou, mas não era ruim...

Na cozinha tinha uma geladeira, fogão, e um armário acoplado na parede. Lá tinha algumas panelas e talheres.

O gás é encanado, então eu não precisava-me preocupar com a comida, já que o gás é bem caro por aqui, pelo menos posso cozinhar o quanto quiser, eu adorava fazer diversos pratos e doces na casa de meu avô, sinto saudades dele, era como um pai pra mim..

Após olhar a sala, cozinha e varanda, vou para o quarto que fica logo à esquerda da sala.

Lá tinha um guarda roupas, uma cama de casal ... acredito que geralmente as pessoas morem com um par, não sozinhas, mas de qualquer forma vou adorar ter todo aquele espaço só para mim...

Do lado da cama, tinha uma pequena mesa, com um abajur, achei bem fofo.

A janela do quarto ficava de frente a um prédio, então não dava para ver quase nada, mas ventilando bem , já estava ótimo.

Era tudo muito simples, mas também , pelo preço, acredito que é o melhor que poderia encontrar..

Preciso arranjar um emprego logo, e também organizar as coisas para a faculdade, não vejo a hora de conhecê- la.

Pego minhas coisas e levo para o quarto para começar arrumar o guarda roupas, troco os lençóis da cama por novos que comprei, limpo tudo da melhor forma que posso, preciso comprar produtos de limpeza amanha, e alguns utensílios..

Fico tão animada em imaginar a casa mobiliada, com quadros, decorações, começo a sorrir sozinha.

O banheiro era pequeno, mas bonito.

Havia uma pequena banheira daquelas retangulares , sempre quis tomar banho em uma dessas, mas claro que tenho que limpar bem antes... vai saber quem estava aqui antes de mim, por enquanto irei tomar banho normalmente como de costume.

Após limpar tudo que consegui com o que tinha, decidi tomar um banho e jantar.

Eu havia comprado algumas Croquetas pois podia petiscar enquanto arrumava tudo.

— Amanhã faço uma compra, e começo a cozinhar em casa.

Digo a mim mesma com animação.

Após terminar de beliscar os petiscos, corro para a cama, me deixou e fico deitada de barriga para cima, enquanto relembro tudo que aconteceu no dia, fico aliviada por ter acontecido tudo da melhor forma.

Espero que amanhã seja um bom dia, não vejo a hora de começar a estudar e trabalhar...

Acabo dormindo, enquanto lembro de tudo.

****

Acordo no meio da noite, com um barulho vindo do andar de cima...

— Parece que o tão famoso vizinho chegou..

Falo baixo comigo mesma.

Ouço vocês, parece ser duas pessoas, eles andam como cavalos, cruzes, ouço som de alguma coisa de vidro caindo e quebrando.

— Estão bêbados?

Parece que derrubam tudo por onde passam, até chegar no quarto que por meu azar e bem em cima do meu...

Algo faz um barulho como se alguém tivesse se jogado em algum colchão...

Ouço sons que parecem sussurros e risadas, e no meio disso, o barulho de cama se mexendo.

— O que? ... é ... isso?

Eu arregalo os olhos, e meu sono some na hora, eu não acredito que estão fazendo tanto barulho assim, parece proposital pra mim....

Após algum tempo com o barulho da cama, posso ouvir tapas agora, e alguém gemendo,

EXTREMAMENTE ALTO...

Meu rosto fica vermelho, eu me perco no som, não sei nem o que pensar, aquela barulheira, não parecia que ia passar tão cedo..

Olho para o relógio que deixei na mesa do lado da cama, e já são 2:30AM .

Eu preciso dormir... o que esse povo pensa que está fazendo? Eles devem saber que tem gente no andar de baixo, afinal de contas a dona disse que informaria a todos os inquilinos para que não houvesse problemas...

Isso só pode significar uma coisa...

Esse tal de inquilino sem vergonha que o Sr. Lúcio falou, deve estar de gracinha com minha cara...

Eu não vou deixar que ele pense que irei aguentar essas idiotices calada..

Eu então dou um grito, mais alto que os gemidos, para que possam ouvir que estou ali, e bem acordada.

— TEM GENTE TENTANDO DORMIR SABIA!

Fico com vergonha quando grito, mas não vou deixar que ele faça o que quer, ainda mais sendo obrigada a ouvir tudo..

Por um momento os sons pararam... e então ouço risadas, e logo uma resposta e gritada de volta.

— SE QUISER EU DEIXO VOCÊ SE JUNTAR A NÓS...

Ele diz gritando, e rindo logo em seguida, sua voz é grossa e bem grogue, posso ver pela sua voz que ele está muito bêbado, como eu havia imaginado..

Os barulhos começam novamente, porém agora eles fazem mais alto para implicar... Ele começa a dar tapas na garota, consigo escutar as palmadas, meu Deus, ele acha que está em um motel? Ele continua batendo nela e dizendo que ela é "gostosa" e ela gemendo para ele dizendo... " Mete mais seu gostoso." E gritando mais alto...

Maldito! Agora entendi o porquê dos inquilinos de baixo ficarem tão desconfortáveis com a presença desse cara e das suas companhias noturnas, que droga!

Acho que é inútil discutir com alguém bêbado, mas amanhã, eu irei dar um jeito de resolver isso..

Tampo meus ouvidos com o travesseiro, envergonhada, tento não pensar no que está acontecendo, mas os sons são sugestivos demais. Não tem como não saber o que estão fazendo, esses sem vergonha estão transando no andar em cima do meu, que primeiro dia terrível, meu Deus.

Não sei se fico com raiva ou com vergonha, só espero que isso acabe logo, tento dormir mas o sono se foi. Quando eles gritam mais fazendo suas orgias, meu sono se acaba a cada instante e a minha raiva só aumenta por esse… idiota.

Maldito vizinho safado! Ele me paga, ele não sabe com quem está se metendo. Vai ter troco.

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