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Grávida de um lobisomem

Grávida de um lobisomem

J. Landim

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Capítulo

Em um vilarejo simples, algo chama a atenção dos moradores, eles acreditam que o reino está amaldiçoado, as mulheres não conseguem mais engravidar e acham que a humanidade irá perecer... O mundo ficou infestado por monstros e todos temem por um grande mal...  nesse meio, apenas duas famílias poderão procriar, em um momento de clímax, uma jovem engravida, e quando ela descobre de quem, sua vida vira do avesso... Para a vida da jovem não correr perigo ela terá que aceitar um contrato de casamento com o homem que ela teve um caso apenas uma vez... A partir daí, tudo irá começar.

Capítulo 1 1

Sinopse

Em um vilarejo simples, algo chama a atenção dos moradores, eles acreditam que o reino está amaldiçoado, as mulheres não conseguem mais engravidar e acham que a humanidade irá perecer... O mundo ficou infestado por monstros e todos temem por um grande mal... nesse meio, apenas duas famílias poderão procriar, em um momento de clímax, uma jovem engravida, e quando ela descobre de quem, sua vida vira do avesso...

Para a vida da jovem não correr perigo ela terá que aceitar um contrato de casamento com o homem que ela teve um caso apenas uma vez...

A partir daí, tudo irá começar.

Prólogo

Cateline vive em uma fazenda afastada do vilarejo junto de sua mãe Milenna e seus dois irmãos, seu pai Frederico Estevan Forth havia falecido na guerra a muito tempo deixando apenas a terra para sua esposa, lá eles trabalham de forma braçal na maior parte do tempo, era o único meio de trabalhar no interior da floresta, eles plantam e vendem alimentos, carvões, peixes, carnes, peles e tudo que conseguiam adquirir vindo do local .

Cateline sempre foi uma garota séria, evitava sair muito das terras de seus pais, porém agora depois de crescida, sua mãe a pressionava para que ela fosse mais parecida com sua irmã, mais vaidosa e delicada. ela não tem tantas ambições como sua irmã Lucinda, nem deseja se casar com alguém rico como ela, tal coisa nem mesmo passa pela sua cabeça.

Os filhos do Lorde responsável pelas terras onde a família de Cateline mora, estão retornando da guerra, eles haviam lutado contra os monstros do Norte, não existiam tais bestas no reino de Aftermoon, então tudo que se ouvia eram boatos sobre como essas feras se pareciam, diziam que eram enormes seres, lembravam lobos, porém andavam como humanos, era assustador só de ouvir as histórias, eles guerreavam a anos, muitos países e reinos vizinhos lutavam ao seu lado, pressionando os lordes e reis do reino Aftermoon, a guerra era cada vez mais agressiva, já eram poucos os homens que sobraram tudo que restava eram velhos, moribundos e alguns soldados que já haviam retornado para suas famílias quebrados e desamparados.

A medida que os anos passavam, a natalidade foi abaixando, fazendo com que no tempo atual fossem raros os nascimentos dos bebês, menos nasciam e mais raros ficavam tais acontecimentos, muitas mulheres não engravidavam, ou quando um milagre desses acontecia perdiam suas crianças pouco antes delas nascerem, isso fez com que todos acreditassem que fosse um castigo divino por tantas matanças e guerras, punindo os humanos com um mundo sem futuro.

Muitos ricos faziam contratos com moças mais novas, sendo elas pobres ou não, na tentativa de terem um herdeiro e não perderem suas fortunas para a coroa, mas mesmo assim, eram raros os casos de bebês e piorava cada vez mais.

Com a volta dos filhos do Lorde , todo o vilarejo havia planejado fazer uma festa para comemorar a breve vitória, os filhos do Senhor dali eram tratados apenas como peões nesta guerra manchada de sangue de inocentes, os homens eram obrigados a participar das loucuras de seu pai, o velho queria conquistar sempre mais territórios, e para isso, ele matava e acabava com sua pouca população que estava cada dia menor.

Muitas pessoas foram perdendo as esperanças e deixando de lado os planos de família, mas outras ficaram fanáticamente e doentes com a ideia de não terem mais pelo o que lutar, o mundo estava em guerra, mas ninguém sabia realmente o porquê, tudo que podiam fazer era sobreviver e rezar para que um dia aquilo tudo passasse.

01

Dias atuais...

— Não vejo a hora do dia da festa chegar… Preciso costurar um vestido novo!

Dizia Lucinda, saltitando alegremente, enquanto rodopiava segurando a barra de sua saia, imaginando o vestido que faria.

— Deixe de tagarelice e volte a mexer essa colher, não queremos queimar os doces!

Respondeu Cateline, focada em mexer na lenha para aumentar as chamas da fogueira.

Seu rosto estava repleto de manchas de carvão, cada vez que ela tentava limpar com as mãos sujava mais ainda, dava para ver o quanto a jovem estava focada, ela franzia as sobrancelhas verificando de perto se havia colocado madeira o suficiente.

— Você nunca vai achar um marido, não com esse seu jeito!

Diz Lucinda, pegando a colher que havia deixado de lado voltando a mexer no tacho vagarosamente, ela olhava para a irmã com um sorriso ousado nos lábios e continuava.

— Sabe! Você já está na idade de se casar… Tenho certeza que vamos achar lindos pretendentes ricos na festa, quem sabe não nos casamos com algum mercador, ou melhor, alguém do exército… Céus, seria esplêndido irmã!

Lucinda sorria bobamente, seus olhos brilhavam enquanto falava, sua irmã a encarava de forma séria, Cateline não entendia os sentimentos ambiciosos de sua irmã, para ela conseguir se casar com algum homem já era o suficiente, estava cada vez mais difícil encontrar um que não estivesse mutilado da guerra ou ficado louco com as batalhas.

Cateline dá um suspiro pegando outra colher que estava próxima e vai até o tacho para ajudar sua irmã que estava perdida em seus sonhos quase parando de mexer o doce.

— Você sabe que não iremos na festa, não é ?! Iremos ficar na entrada, vendendo doces, ou você se esqueceu irmã?

Fala Cateline meio desapontada por sua irmã, ela sabe o quanto Lucinda queria ir.

— Eu sei! Mas e se vendermos tudo? Quem sabe? Nem que seja no final da festa… O que acha?

Lucinda responde com uma expressão triste no rosto que logo se vai, ela começa a focar no doce pensativa.

— É isso! Vamos vender todos os doces antes da festa!

Ela volta a sorrir, trazendo ânimo novamente ao local.

Cateline dá um sorriso olhando para sua irmã, ela sabia como a jovem era animada e não desistia fácil.

— Olha, eu não me importo de ficar só vendendo os doces, você pode ir a festa..

Quando Cateline diz, Lucinda se vira a ela a respondendo.

— De jeito nenhum que vou te deixar sozinha! Nem pensar… Vamos vender tudo juntas, e se vier algum ladrão ou sei lá o que, um tarado, não vou te deixar sozinha vendendo os doces, nunca irmã.

Lucinda sempre foi responsável, assim como todos da família, ela prezava pela segurança e saúde de todos sempre em primeiro lugar, com toda aquelas guerras e desastres acontecendo a família precisava se manter cada vez mais unida.

— Certo… Então vamos vender todos esses doces…

Diz Cateline, confiante no que acabara de dizer, ela sorria para sua irmã de forma sincera.

Após terminar de preparar os doces, as duas os embrulham em pequenos pedaços de folhas de bananeira e de milho, o cheiro estava delicioso, faltavam apenas algumas compotas e conservas para serem feitas, era muito trabalho mas logo as jovens teriam retorno.

Toda renda da propriedade dependia de suas receitas e itens produzidos por elas, a festa no vilarejo seria uma ótima oportunidade para ganhar um dinheiro extra, por isso as garotas estavam trabalhando dobrado para produzir o máximo possível para o tal evento.

******

Se passaram dois dias e a hora da tão esperada festa havia chegado, Lucinda estava animada arrumando a pequena carroça, colocando tudo que precisavam levar para vender, ela cantarolava baixinho sorridentemente.

Ela usava o vestido que dizia ter feito especialmente para aquele dia, era um vestido na cor verde, feito com tecidos que ela comprava com suas economias quando ia até o povoado.

Lucinda sempre foi muito linda, seus cabelos claros e olhos esverdeados eram chamativos, assim como seu corpo, ela era bem baixa, isso sempre atraía os homens, a jovem sempre foi cautelosa, ela queria alguém rico, ou com bastante dinheiro pelo menos por isso nunca dava bola para ninguém.

Já Cateline, tinha cabelos escuros iguais aos de seu pai, olhos esverdeados que puxaram os de sua mãe, igual aos seus irmãos.

Cateline era bem mais alta que sua irmã, com um belo corpo também, porém por falta de delicadeza e sensibilidade os homens nunca davam atenção a ela, ela usava sempre roupas velhas, e não se cuidava bem, porém isso nunca foi problema para ela, já que não se importava com a opinião dos outros, Cateline guardava suas economias para comprar sua tão esperada casa, com um espaço bem grande para plantações.

— Você está linda!

Diz Milenna, mãe de Lucinda, Cateline e Martin.

Ela havia acabado de chegar da horta, onde colhia alguns legumes para o jantar, com ela estava seu filho mais novo Martin, que ficou boquiaberto vendo sua irmã.

— Mamãe, Lucinda virou uma princesa?

Perguntou Martin enquanto puxava uma parte do vestido de sua mãe que logo após ouvir a pergunta caia em gargalhadas com Lucinda.

— Não querido… Mas quem sabe um dia, né?

Ela fala colocando o cesto com os alimentos no chão.

Cateline levava alguns cestos a carroça, ela estava carregando alguns pães que havia acabado de assar para vender, suas roupas estavam completamente sujas de farinha.

— Não me diga que você vai sair desse jeito ?

Perguntou Lucinda enquanto se aproximava dando tapinhas na roupa de Cateline tentando tirar a sujeira.

Cateline usava um vestido já gasto, na cor azul escura, parecia ter sido usado por anos, já estava desfiando e se podia ver alguns furos de traças.

— Vamos apenas vender as coisas como de costume, não é nada demais…

Falava Cateline levantando o cesto pesado de pães para por na carroça, Lucinda segurava um tipo de pacote, era algo enrolado em um tecido velho.

— O que é isso?

Cateline perguntava a sua irmã, Lucinda estendia a mão entregando o item.

— É uma festa! E eu te conheço, não iria deixar você estragar minha caça ao noivo, iria assustar até os clientes assim…

Dizia Lucinda sorrindo para a irmã balançando o embrulho para que Cateline pegasse.

— Um vestido…?

Dizia ela depois de desenrolar o tecido.

— Vá logo experimentar, como não tirei suas medidas não sei se ficará bom..

Lucinda falava meio preocupada, porém de forma animada

— Muito obrigada, você sabe que não precisava irmã.

Cateline dava um grande abraço em sua irmã que continuava apressada insistindo para que ela fosse logo provar o vestido.

— Vá logo! Nós vamos nos atrasar, depois você me agradece!

Falava Lucinda empurrando a irmã para dentro de casa.

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