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Um professor Irresistível

Um professor Irresistível

MANDY PINHEIRO

4.9
Comentário(s)
118.1K
Leituras
98
Capítulo

ATENÇÃO! ESTE LIVRO É UM SPIN OFF DE SENTENCIADO - TRILOGIA DESTINOS LIVRO 2 ( disponível aqui na plataforma) *O livro contém alguns gatilhos como; abandono parental e abuso psicológico! Quando Lilian Ribeiro saiu de Curitiba um dia antes de se casar deixando tudo para trás, jamais poderia imaginar que sua vida mudaria tanto ou talvez não. Seu jeito certinho, metódico e analítico com tudo, era algo do qual não conseguiria mudar, assim como o fato de não se achar capaz e de ter uma visão deturpada dela mesma. Apesar de não ter mais um noivo, ganhou em São Paulo, a nova cidade onde resolveu se estabelecer, um emprego e um melhor amigo que se tornou o irmão que ela sempre quis ter. Estava tudo indo bem, até um professor vir com algumas ideias malucas que poderiam lhe ajudar, mas no meio disso tudo eles acabaram metidos em uma grande mentira. Heitor Bianchi é professor de direito penal. Um homem do bem que gosta de viver de maneira intensa, seja aproveitando ao lado de poucos amigos que tem ou apenas curtindo com sua moto por aí. Depois que recebeu uma segunda chance dos céus, ele descobriu que cada segundo vale a pena ser vivido. Um italiano de sangue quente, dono de uma grande vinícola na Toscana, que apesar de amar o lugar onde nasceu, se recusa a voltar a morar lá por conta de uma grande decepção, mesmo este sendo sonho de sua querida avó. Estava tudo indo bem até ele resolver ajudar à ruiva, secretária do seu melhor amigo, e por conta dessa maluquice sua vida vai virar de cabeça para baixo.

Capítulo 1 Prólogo - LILIAN

4 ANOS ANTES

— Você está linda, irmãzinha. — Minha irmã mira seus olhos em um tom caramelo para meu reflexo no espelho. Estou na última prova do meu vestido de casamento. O ateliê, por sinal, muito bem recomendado por ela, ficou responsável por fazer o meu vestido e das minhas madrinhas de casamento. Sorrio. Admira-me ela não me julgar de imediato pela escolha do meu vestido ou minha mãe me taxar que tudo que ela faz ou escolhe é melhor que as escolhas que eu faça. Ela sempre me julga. Jogando na minha cara a perfeição da minha irmã caçula.

“Você tem que ser igual à sua irmã, Lilian!

Olha como a Leona se veste bem!

Olha como a Leona é influente!

Olha como a Leona é linda e chama atenção!”

Nunca quis ser o foco das atenções. Sempre fui focada no que eu gostava de fazer. Tinha meus próprios planos; estudar e ser o mais correta possível e ter excelência na profissão. Achava que quanto mais fizesse, mas chances eu teria de ser para ser notada por meus pais e que eles veriam algo positivo em mim, veriam que eu não precisava ser como a minha irmã, que eu poderia ser eu mesma com o talento que tinha.

— É.. até que enfim você teve bom gosto, filha. Hoje você está linda — comenta minha mãe. Tento não absorver seu comentário velado sobre o meu mau gosto para me vestir. Não é o primeiro e nem será o último comentário dela referente a isso. Quanto à minha aparência não reclamo mais, para minha mãe a única beleza que se destaca é de Leona.

— Henrique, já fez a prova do terno? — minha irmã questiona, jogando seus cabelos um tom mais ruivos que os meus para um lado do ombro.

Leona é dois anos mais nova que eu, e apesar de termos nossas diferenças, sinto que nessas últimas semanas próximas ao meu casamento nós nos aproximamos. Talvez seja pelo fato de que vamos morar em casas separadas a partir de agora. Ela tem me ajudado em tudo, seja escolhendo as flores ou até mesmo as toalhas de mesa do buffet, receber presentes, contratar garçons...

— Sim! Ainda não o vi, mas tenho certeza de que deve ter ficado perfeito.

— Com certeza, irmã, o pessoal desse ateliê é um dos melhores da capital.

— Obrigada, irmã — falo agradecida, mirando em seu rosto através no espelho e abrindo um sorriso tímido.

— Mamãe, a senhora já verificou com a moça do salão e com a cerimonialista se já receberam as flores? — inquiro, pegando minha agenda dentro da minha bolsa que está pendurada em um suporte em pé ao meu lado e conferindo o que falta. — E as pessoas que farão os drinks está tudo certo??

— Lilian, não seja ridícula! É claro que já está tudo acertado. Seu noivo é um homem influente, já pediu que contratasse a melhor equipe de organização para que não nos preocupássemos com nada. Pare de surtar feito louca! — Bufa sem paciência.

— Mãe, é o meu casamento. Quero que tudo saia perfeito! — Estou ansiosa com a cerimônia. O que deixa meus pais sem paciência. Na verdade, eles nunca a tiveram comigo.

— Mamãe, tudo bem, eu entendo que Lilian é meio maníaca por controle. Mas acho que dessa vez ela tem razão em querer tudo perfeito. É o casamento dela! É natural ela torcer para que tudo dê certo — minha irmã me defende com um olhar de cumplicidade, e eu sibilo um obrigada vendo-a sorrir.

— Tudo bem, mas é que às vezes você consegue ser insuportável, Lilian — reclama, este é o seu jeito de pedir desculpas. Tento não me deixar ofender por suas ofensas e fito meu vestido no espelho, admirando-o por mais alguns segundos. — Vá logo trocar esta roupa, pois você tem que voltar ao escritório, seu pai precisa de você. — Saio do meu estado. Estático com um revirar de olhos.

— Mãe, eu tenho milhões de coisas para resolver, meu casamento é amanhã! Não posso trabalhar hoje, Leona não pode ir em meu lugar? —peço cansada.

— Não dá, irmã, eu e mamãe temos um café importante com a filha do prefeito, você entende que a parte de boas relações e interesses da família fica comigo. — Pisca de forma arrogante, deixando claro o quanto sou péssima em fazer amizades. As únicas amigas que tenho são primas do meu noivo. Não sou muito de sair, o que limita a minha possibilidade de fazer amizades, além de que, sou extremamente reservada.

— Você sabe que sua irmã não entende nada daquela papelada da advocacia, Lilian.

Não entendo, minha irmã cursa advocacia e está no último ano, porém, nunca pode trabalhar na empresa. Eu ao contrário dela trabalho desde o penúltimo ano de faculdade, meu pai sequer me dá folga, férias então, nunca tive. Achei que quando me formasse as coisas ficariam mais leves, mas pelo contrário a responsabilidade dobrou sobre minhas tarefas. E a desculpa para Leona não trabalhar é que ela precisa estar constantemente saindo para eventos da alta sociedade, participando de festas, estar sempre se conectando com pessoas de influência.

— Ok, mamãe. Avise ao papai que vou sair daqui direto para o escritório — respondo de forma rasa, não adianta discutir, nem espernear, eles sempre conseguem o que querem, minha mãe sempre faz chantagem emocional fazendo com que me sinta mal e eu sempre acabo cedendo.

Termino a prova do meu vestido sob os olhos atentos de minha mãe e irmã. Visto-me novamente com a minha habitual roupa social e me despeço da costureira assim como das duas que irão ao café.  Pego o carro e sigo para a advocacia. Revoltada por ter que trabalhar às vésperas do meu casamento.

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