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The First Case : Punisher.

The First Case : Punisher.

G.Amorim

5.0
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5
Capítulo

Um serial Killer ou um Justiceiro? Os pequenos detalhes são sempre os mais importantes. Lawliet Daemon, sofreu durante sua infância nas mãos de uma mãe perturbada e um pai cego por sua sede de sangue, se tornando uma criança, jovem e adulta traumatizada. Agora como Lawliet Bennet, seguiu sua vida e está construindo uma carreira como Psicóloga Criminal, indo contra a taxa da sociedade, ao invés de ceder aos seus traumas, os utiliza juntamente aos seus estranhos toques para prever um novo e já famoso Serial Killer de Nova Iorque. Em meio a confusões e suspeitos, o que ela sabe é que ninguém é realmente inocente, seguindo um rastro de traições, sangue e mentiras, Lawliet Bennet descobrirá que há muito mais do que imagina por trás de Punisher, o assassino que Nova Iorque tanto anda temendo, mas será mesmo ele quem deve temer? " Não consigo me relacionar com pessoas boas, elas me trazem uma sensação de angústia e lembranças ruins, pois o que chamam de gentileza e simpatia, para mim, não passa de fraqueza. Nunca se deve perdoar algum mal, independente dos fins que levaram o agressor a cometê-lo. " Uma detetive? Não, algo muito melhor do que isso. Não esqueça seu pedaço de bolo e sua xícara de café. O primeiro caso de L. Bennet foi iniciado, e Punisher, ainda não foi desmascarado.

Capítulo 1 The Beginning.

Case 1º

The beginning.

Nova Iorque. - 10 de Dezembro de 2002. - Casa Bennet.

A assistente social agradeceu pelo tempo ensolarado da tarde, lembrando-se como o pequeno anjo ao seu lado não gosta de chuva ou de nada muito barulhento, deixá-la agitada não é uma boa opção, ela melhor do que ninguém sabe, que a menina apesar de ter apenas quatro anos de idade, merece um descanso depois de tudo que já sofreu na vida. A pequena Van parou em frente a bela casa dos Bennet, não são ricos ou coisa parecida, mas possuem uma boa renda familiar e sustentabilidade que a jovem precisa, não possuindo dúvidas de que essa família lhe dará o que precisa para reconstruir sua vida e superar seus traumas.

A mulher virou o rosto na direção da menina loira com cabelos amarrados em chiquinha, segurando fortemente um pequeno urso sujo que a mesma nunca deixa de lado, em seu rosto ainda há hematomas visíveis no qual nem sequer parecem afetar a criança de alguma maneira, sempre que olha para a criança, seu coração se aperta. Mas hoje é um dia feliz e de superação, onde a pequena, até então, Lawliet Daemon, se tornará oficialmente, Lawliet Bennet, a assistente não poderia estar mais animada para apresentar a jovem a sua mais nova e bela família que a espera de braços abertos. " Chegamos. " A mulher sussurrou de forma calma, o que fez a menina virar a cabeça rapidamente na direção dela, seus olhos azuis escuros demonstram certo receio, algo comum que em breve passaria, assim ela espera." Lá vai ter comida? " A menina perguntou de forma inocente, fazendo a assistente sorrir de forma triste ao ligar a pergunta com o que a menina vinha passando com os pais. " Aposto que tem um delicioso bolo te esperando. " Ela respondeu para a menina, podendo ver seus olhos brilharem com a ideia de poder sentar e degustar de um delicioso bolo caseiro recém saído do forno.

- Eu...quero bolo. - A menina afirmou ao morder levemente sua bochecha em forma de nervosismo, parecendo receosa ao revelar algo completamente comum para uma criança de quatro anos. " Então vamos comer. " A mulher afirmou acariciando de forma suave o rosto machucado da menina antes de abrir a porta da Van e se retirar da mesma, se deparando com uma vizinhança calma e muito bem conhecida por ser pacífica e não muito barulhenta, algo que agradará bastante a menina. A mão da jovem se juntou com a da assistente no momento em que seus pequenos pés vestidos com um sapato branco, pisaram no chão, a mesma não gostava do fato de ter tido que vestir um vestido para conhecer os tão falados Bennet's, mas para a menina, o bolo valia a pena qualquer sacrifício. As duas caminharam calmamente até a porta da casa, deixando a menina ainda mais nervosa para conhecer sua nova família. A mulher educadamente tocou a campainha, sabendo que a Senhora Bennet já as aguarda a algum tempo, por isso não demorou para uma mulher loira de aproximadamente 40 anos abrir a porta com um sorriso animadamente gentil em seu rosto ao se deparar com a presença delas.

- Bem vindas. - A mulher desejou se dirigindo primeiramente a assistente social, mas logo tratou de levar seus olhos azuis repletos de alegria para a pequena menina que se escondeu entre as pernas da mulher ao seu lado. - Você é muito fofa Lawliet, é um prazer conhecê-la, sabia? - Betty Bennet comentou, tentando fazer a menina se sentir pelo menos mais à vontade com sua presença, tendo em mente que o primeiro contato sempre é o mais difícil, no entanto, se surpreendeu ao ouvir a voz inocente em seguida. " Você fez bolo? " A menina perguntou de forma curiosa, cerrando os olhos para a mulher de forma acusativa. - Oh, Bolo? Eu sou uma boleira de mão cheia! - Betty comentou, sentindo seu coração acelerar com o pequeno diálogo criado que está sendo analisado pela assistente que sorri com tudo. - Então venham. - Betty convidou, permitindo que as duas entrassem antes de fechar a porta.

- A casa dos Bennet é muito bonita, não acha Lawliet? - A assistente perguntou na intenção de fazer a menina se enturmar um pouco mais, o que fez a menina apenas acenar positivamente com a cabeça, olhando ao seu redor de forma curiosa. " Alicent, filha, traga o bolo por favor. " Betty falou um pouco mais alto na intenção de pedir um favor a sua única filha, mas isso fez a pequena Lawliet tapar os ouvidos e se esconder atrás da assistente novamente. - Como informei antes, Lawliet não gosta de sons altos, principalmente gritos. - A assistente comentou ao perceber a feição preocupada de Betty. " Me perdoe anjinho, não farei novamente, tudo bem? " Betty prometeu com um tom calmo, chamando a atenção da menina que apenas a encarou em silêncio. " Eu não sou empregada. " Outra menina surgiu na sala, segurando um bolo coberto por chocolate, o colocando na mesa central da sala antes de se sentar.

- Todos somos escravos de algo. - A voz de Lawliet sai curta e fria, o que causou certo espanto em todas no cômodo, Alicent encarou Lawliet com certa surpresa, e a menina encarou a ruiva de forma desconfiada. " Um pedaço de bolo Lawliet? " Betty perguntou, tentando quebrar o clima que foi formado, e a menina rapidamente se alegrou, observando enquanto Betty cortava um gordo pedaço de bolo e a entregou com prazer. " É disso que eu to falando. " Lawliet falou se acabando no bolo, o que fez Alicent encarar a mais jovem com certo desgosto. " Bom, como você já sabe de tudo, eu só preciso informar que virei visitar Lawliet a cada dois dias por conta de seu histórico mais delicado, a experiência dirá se ela está pronta para morar com vocês, ou não. " A assistente começou a dizer de forma calma, enquanto Betty apenas a escutou com atenção, mal podia acreditar que finalmente teria a chance de passar um tempo com a menina.

- Tudo bem por você, Lawliet? - Betty perguntou de forma educada, querendo saber a resposta da menina antes de tudo. Lawliet ergueu a cabeça em direção a Betty, com a boca e vestido completamente sujos de chocolate, fazendo Alicent soltar uma risada enquanto come seu próprio bolo. " Eu fico pelo bolo. " Lawliet respondeu com a boca cheia, e isso fez Betty soltar uma leve risada, sendo acompanhada pela assistente social. " Então é melhor Betty se tornar dona de uma fábrica de bolos assim. " A assistente social falou em forma de piada, ambas as adultas riram, menos as meninas que se encararam por um breve instante antes de voltarem a focar sua atenção no bolo em sua frente.

Todos temos traumas, medo, ou alguma ferida emocional, mas o que realmente nos diferencia nesta questão? Simples, a forma como lidamos com isso. Transformar tais coisas em algo benéfico é difícil e raro de se acontecer em algumas ocasiões, em algumas deles, algo benéfico para algumas pessoas, pode ser maléfico para outras.

Deve sempre se questionar, seus sentimentos são uma raiz, ou uma âncora?

Nova Iorque. - 03 de Fevereiro de 2022.

Point of View. - Lawliet.

Rotina.

Algo entediante e monótono, é como um veneno que mata sua alma lentamente, pois você olha ao seu redor, e tudo que antes você admirava, se tornou comum e entediante. Infelizmente é como a maioria dos universitários vive ultimamente, bom, viver não, apenas tentamos sobreviver da melhor forma que conseguimos. Minha vida sempre foi baseada em coisas novas, descobrindo e se interessando por coisas distintas a cada momento, e Betty sempre foi boa o suficiente para me deixar experimentar tudo aquilo que eu queria, no entanto, tudo era sempre fácil demais, se tornava entediante em pouco tempo para mim, até eu entrar na faculdade, por sorte, psicologia criminal é algo cativante que sempre acha uma forma de me surpreender, não é atoa que me tornei a melhor da turma em pouco tempo.

- Está ansiosa? - Meu professor perguntou quando adentrei sua sala com um sorriso animado, como não estar ansiosa para meu primeiro caso? Isso é fantástico. - Trabalhará diretamente com a polícia...- Ele comentou abrindo um sorriso nervoso que me fez tirar o sorriso do rosto no mesmo momento. Alicent. " Bom, imaginei que ela faria parte da equipe de qualquer maneira. " Comentei ao dar de ombros, é claro que minha irmã mais velha iria dar um jeito de ficar por perto em meu primeiro trabalho real. - Bom, aqui está tudo o que eles têm para começar. " Ele informou ao colocar uma pasta cor bege na mesa e encarar o relógio. " Eu me viro daqui pra frente, você irá se atrasar. " Comentei ao raciocinar rapidamente após analisar sua postura, é nítido que ele está ansioso para algo. - Certo, me ligue se precisar de ajuda. - Ele falou antes de se retirar da sala rapidamente.

- Punisher...- Sussurrei o nome escrito a frente da pasta, me informando antes mesmo de abri-lo, quem eu terei que analisar e ler para que a polícia possa prendê-lo. Qualquer pessoa normal não aceitaria este trabalho, é raro até mesmo para um psicólogo criminal trabalhar dessa forma, mas eu garanto que é mais eficaz, além de me trazer uma animação sem igual, talvez eu não seja uma pessoa comum de fato, e isso me agrada. Não tardei para abrir a pasta, eu obviamente deveria ler em casa ou em local melhor, mas não posso evitar, estou tão curiosa para saber mais sobre este assassino que vem ficando cada vez mais famoso pelas ruas de Nova Iorque, trazendo certo medo nos cidadãos que já estão temendo sair durante a noite, o que não falam?

As taxas de acidentes de carro causados por alcoolismo diminuíria, assim como a de abuso sexual e sequestro. É como eu sempre falo, as coisas ruins sempre trazem coisas boas, no entanto, a maioria das pessoas não vê esse lado. A hipocrisia está tão fincada na sociedade que não vêem um palmo à sua frente. O que diferencia o Punisher que mata pessoas com uma grande ficha criminal, dos políticos que roubam dos pobres sem pensar duas vezes? A justiça é falha, o governo é podre e a humanidade sempre esteve perdida. Esta é a mais pura verdade. Eu sei, às vezes me surpreendo por ser Psicóloga, mas quem não precisa de uma boa terapia em 2022? Meus pensamentos foram cortados com o som de meu celular, novamente de volta para a realidade, peguei meu celular e encarei a tela, encontrando o nome de Alicent no visor, infelizmente, falar com ela não está em meus planos antes de ter conseguido ler tudo que preciso sobre Punisher.

- Sinto muito Lexie. - Sussurrei antes de guardar meu celular de volta no bolso de minha calça social, ignorando sua ligação. Fechei a pasta, a pegando e me retirando do escritório vazio novamente, me encontrando no corredor da grande universidade onde eu me formei recentemente, não possuo tantas lembranças boas desse lugar, sempre fui uma pessoa reservada a ponto de só comparecer em festas universitárias caso alguém ou algo no local me interessasse, tudo que vivi neste lugar se baseou em um único e ostensivo objetivo.

Me tornar a mulher que sou hoje.

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