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A falsa namorada do CEO

A falsa namorada do CEO

Laura Mahrins

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Leituras
96
Capítulo

Kath é uma jovem garçonete que não tempo para o amor, e sequer pensa em relacionamentos. Todo seu tempo é dedicado ao trabalho e em conseguir dinheiro para custear o tratamento da mãe doente e cuidar do irmã pequena Jeff Sparting é CEO de uma das maiores empresas de arquitetura do país, workcalic assumido, dedicou todo o seu tempo e energia para fazer o nome da empresa da família decolar. Mas tudo isso custou o seu casamento com a mulher que ama. Ela precisa de dinheiro. Ele precisa reconquistar a mulher que ama.

Capítulo 1 Prólogo

Kath

Eu permanecia distraída enquanto nenhum cliente entrava na cafeteria, não estava ansiosa pela noite de hoje. Diferente de todas as outras garotas da minha sala, o baile de formatura era um grande evento, mas eu não conseguia me empolgar, sabia que depois dessa noite tudo seria diferente, muitos iriam embora daquele fim de mundo para fazer faculdade enquanto outros iriam viajar em um ano sabático.

Eu? Eu continuaria ali sendo a boa e gentil garçonete da única cafeteria da cidade. O sonho de cursar literatura e me tornar escritora ficaria para outra vida.

Eddie havia me enviado uma mensagem dizendo que me faria uma surpresa e eu já imaginava o que seria, no mínimo ele tinha reservado um quarto no único hotel da cidade para passarmos a noite juntos.

Eu e Eddie namorávamos desde quando eu tinha 16 anos e já havia alguns meses que ele tentava me levar para a cama. Sempre trocamos amassos quando saímos juntos, mas nunca me senti à vontade para irmos além daquilo. Tudo que eu sabia sobre sexo aprendi nos livros de romances e em algumas visitas em sites de conteúdo adulto.

Havia prometido para Eddie que iríamos transar na noite do baile de formatura.

Eddie não é nenhum jogador de futebol ou qualquer outro esporte clichê, ele tem uma banda de rock, que para falar a verdade manda muito mal, mas não sou eu que vai dizer isso para ele, acredito que ele logo vai desistir de tocar e ir para a tão sonhada faculdade de medicina que os pais deles fazem questão de esfregar na minha cara toda vez que os encontro, eles acham que sou uma distração para o filho deles.

O sino da porta toca me despertando dos meus devaneios e vejo Judith vindo em direção ao balcão com os cabelos enrolados em pequenos pedaços de plástico, provavelmente é algo que ela comprou em algum site da China, ela era linda com os cabelos loiros naturais e olhos azuis faiscantes, tem um corpo de parar o trânsito, era a típica patricinha de filme americano, nunca entendi como nos tornamos melhores amigas sendo que não temos quase nada em comum.

— Kath, você não vai acreditar! Acabei de encontrar a Giorgia saindo do salão e ela está horrível, se eu fosse ela, processava o Valentim — disse, jogando uma enorme sacola de papel em cima do balcão — Esse vestido vai ficar perfeito em você.

— Judith, eu disse que não precisava — disse, tirando a sacola do balcão antes que Tara visse e me desse mais um sermão.

— Você disse que não tinha nada para usar, então eu resolvi. Vai arrasar, Eddie vai ficar louco quando ver você.

— Com certeza — falo com o máximo de animação possível.

— Amiga, você vai para o baile de formatura, não em um enterro. Vai ser hoje? — perguntou, esfregando as mãos e mostrando toda sua empolgação com a minha primeira transa, empolgação que eu deveria ter.

— Oh Mortícia! Deixa de papo e vá repor os cookies! — A voz de áspera de fumante de Tara vem de dentro da cozinha.

— Não sei porque ela faz tantos cookies, ninguém compra e são horríveis — Judith disse, fazendo uma careta tão engraçada que tive que me segurar para não cair na gargalhada.

— Nos vemos mais tarde — assoprou um beijo enquanto ia em direção a saída.

Eu já não me lembrava a quanto tempo eu trabalhava na Café da Tara mais conhecido como o café da Tara. O que ganhava com os bicos de babá não estavam sendo mais o suficiente para os remédios de Maddie e de mamãe, andei por cada canto dessa cidade a procura de um emprego que pagasse um salário fixo que pudesse me dar um pouco mais de segurança, depois de várias negativas, Tara decidiu me dar uma oportunidade, mesmo eu sendo um desastre ambulante.

Na primeira semana quebrei no mínimo uma dúzia de copos, não ganhava muito, mas podia levar algumas sobras de Donuts e tortas para casa, o que deixava Maddie muito feliz, a pequena é uma formiguinha. Minha mãe tem Esclerose lateral amiotrófica, o que a impede de trabalhar, o seguro saúde que ela recebe mal dá para os seus remédios. Mesmo com a doença, ela cuida muito bem de Maddie, minha irmãzinha de apenas sete anos havia sido diagnosticada com leucemia.

Moramos em uma cidade minúscula no interior do Texas e que não tem recurso algum para o tratamento das duas, tenho guardado algum dinheiro para poder levá-las para longe daqui e poder cuidar de sua saúde, guardo cada gorjeta e há muito tempo não sei o quê é comprar algo para mim, mas isso não é importante, acredito que logo terei o suficiente para o tratamento de Maddie em Nova Iorque.

— Mamãe, cheguei — grito, deixando o meu casaco sobre o sofá.

— Filha, você precisa se arrumar — diz mamãe ao sair da cozinha escondendo a mão para que eu não veja que ela se cortou mais uma vez enquanto preparava algo.

— Você se cortou de novo? — pego sua mão e vejo o machucado coberto por um curativo improvisado.

— Não foi nada, estava preparando o jantar e acabei confundido a cenoura com meu dedo, aí já viu né — deu uma gargalhada. Mesmo com tantos problemas, minha mãe buscava manter sempre o bom humor.

— Mamãe, na minha folga vou deixar todos os legumes picados, não quero saber da senhora usando nada afiado — repreendi.

— Está tudo bem, Kath. Agora vá se arrumar, já está tarde, anda — disse, me dando uma leve palmada na bunda.

— Maddie está no quarto?

— Sim, ela está um pouco chateada, viu pela janela da sala algumas crianças voltando da escola e você sabe como ela se sente. Logo vou subir e falar com ela, vá se arrumar.

Subi as escadas e fui em direção ao quarto de Maddie, abri a porta lentamente a vi que ela estava sentada no tapete segurando o porta retrato com a foto de nosso pai, ele morreu quando ela tinha três anos em um acidente de carro enquanto voltava do trabalho. Sinto um bolo em meu estômago ao recordar do momento em que o policial bateu em nossa porta dizendo que ele tinha nos deixado para sempre.

— Kath?

— Oi ursinha, vim te dar um beijo antes de me arrumar — dou um beijo em sua testa.

— É hoje o seu baile?

— Sim. ursinha. Aliás, estou atrasada — digo caminhando em direção a porta.

— Kath?

— O que foi?

— Quando eu for grande, vou poder ir em um baile? — pergunta se levantando e sentando na cama ainda segurando o porta-retrato.

Aquela pergunta é como um soco no meu estômago, tudo que eu mais desejo é dar a ela uma vida normal, uma escola, amigos e tudo o que ela sonha.

— Sim, ursinha. Você vai ser a garota mais linda do baile, eu prometo — falo fechando a porta atrás de mim e sentindo as lágrimas escorrerem pelo meu rosto enquanto respiro profundamente, prometendo a mim mesma que irei cumprir cada promessa feita para ela.

Me olhei mais uma vez no espelho e não me senti nem um pouco confortável, o vestido que Judith me emprestou era o oposto de como eu costumava me vestir, o decote generoso deixava metade dos meus seios à mostra e o rosa bebê não era a cor que eu mais gostava, não que esteja reclamando, estou feliz em poder ir ao baile com Eddie, e se ela não tivesse me emprestado o vestido, eu não teria nada para usar.

A maquiagem discreta tirou um pouco da minha palidez mórbida, pode-se dizer que não estou parecendo um cadáver, daria tudo ver a cara de dona Tara me vendo vestida assim.

— Maldita sandália — Me abaixo arrancado as únicas sandálias de salto que tenho dos pés, tenho certeza que não nasci para usar salto, nos poucos passos que dei dentro do quarto quase cai duas vezes — Que se dane — agarro meu surrado All Star e o coloco nós pés, o vestido é longo e ninguém vai notar, e se eu for de salto é bem provável que eu destrua tudo por onde passar. Coordenação motora nunca foi o meu forte, acho que se dona Tara descontar cada coisa que já quebrei na cafeteria, eu ficaria um ano sem salário.

— Querida, Eddie chegou — ouço minha mãe gritar. Não sinto o frio na barriga que minha diz que sentiu quando meu pai foi buscá-la na noite do baile de formatura.

Tento ser o mais discreta possível ao chegar à sala para que minha mãe não perceba que estou usando tênis, ela me daria um belo sermão.

— Uau — Eddie diz após assoviar.

— Kath, você está linda — Maddie bate palmas empolgada ao me ver.

— Você está muito gata — Me deu um selinho.

— Obrigado, Eddie. Você não está nada mal — Ele era um cara bonito, uma mistura de Ian Somerhalder magrelo com Harry Potter por causa dos óculos de leitura, ele chamava muita atenção no colégio e com certeza namorou meia dúzia de garotas antes de mim, nunca fui do tipo ciumenta, porém, sempre busquei marcar território. Para falar a verdade, não sei o que ele viu em mim, temos um namoro normal e acho que somos um casal feliz, pelo menos eu consigo fazê-lo rir.

— Queria poder ter feito seu vestido, filha, mas esse está lindo — Antes de ficar doente, mamãe era uma ótima costureira, trabalhava na pequena confecção de uniformes que havia na cidade — Queria que seu pai estivesse aqui — veio em minha direção secando algumas lágrimas e me dando um abraço apertado, tudo que eu queria era que papai estivesse aqui hoje.

— Tudo bem, mamãe. Vamos? — tentei ignorar a onda de tristeza que pairava sobre a sala.

Eddie assentiu e saímos em direção ao SUV de seus pais. Durante o percurso ele falava animado sobre a faculdade, eu não tive coragem de contar que não havia me escrito em nenhuma, achei melhor poupar a nossa noite de qualquer desconforto.

Judith nos esperava na entrada da festa usando um vestido preto brilhante que marcava cada uma de suas curvas, no rosto usava uma maquiagem impecável, como era de se esperar.

— Vocês demoraram — Me deu um abraço apertado — Uau, parece que esse vestido foi feito para você — pegou a minha mão e me fez dar uma volta.

— Vou pegar uma bebida e ver se encontro Thomas.

— Tudo bem — assenti enquanto Eddie se afastava sem ao menos esperar minha resposta

— Você está animada? Vai ser hoje amiga, você se depilou?

— JUDITH! — tento repreendê-la para ela seja mais discreta — Você quer que todo mundo saiba que vou transar hoje?

— Claro, você é a última virgem da terra, Katherine — Havia me acostumado tanto com todos me chamarem de Kath que as vezes me assustava quando era chamada de Katherine, meu pai havia escolhido meu nome em homenagem a rainha da Inglaterra e confesso que achava um pouco grande, Kath era simples e prático.

— Não exagera, só não tinha achado o momento certo — Talvez esse nem seja o momento, pensei.

— Baby, desde quando se tem momento certo para romper o lacre? Você sabe que eu perdi minha virgindade na garagem da casa do Steve — disse em alto e bom som.

Às vezes eu achava que não era muito normal, então passava alguns minutos na presença de Judith e descobria que minha sanidade estava intacta. Mesmo parecendo uma patricinha intocável, Judith tinha um grande senso de humor e talvez um parafuso a menos, acho que por esse motivo nos tornamos melhores amigas.

— Vem, vamos dançar — Me puxou para a pista. Enquanto eu tentava dançar em meio a pista cheia, procurei Eddie com os olhos e vi que ele estava com seus amigos da banda bebendo algo em um cantil, imaginei que fosse whisky ou qualquer outra bebida alcoólica que eles levaram escondido do diretor, mesmo sendo maior de idade eu nunca havia experimentado álcool e não tinha vontade alguma.

Eu estava com o corpo suado após tentar fazer inúmeras coreografias na pista de dança, quando começou a tocar Perfect de Ed Sheeran, a pista começou a ficar vazia e logo o astro do time de futebol que havia levado Judith veio buscá-la para dançarem juntos, eu fiquei parada por um ou dois minutos na pista enquanto os casais dançavam ao meu redor, foi quando vi Eddie vindo na minha direção com um sorriso no rosto.

— Me concede a honra, senhorita? — Se inclinou como se estivéssemos em um baile de época, são esses pequenos detalhes que fizeram com que eu ficasse com ele a primeira vez.

— É claro, cavalheiro — sorri, lhe estendendo a mão e permitindo que ele depositasse um beijo sobre ela.

— Lembra que te falei que tinha uma surpresa? — Eddie falou em meu ouvido enquanto dançávamos no ritmo da música

— Sim, o que é? — perguntei já sabendo a resposta.

— Reservei a suíte presidencial no Argos para nós dois — Me deu um selinho — Não vejo a hora de ficarmos a sós — Ao ouvir aquela frase, a única reação que tive foi recostar minha cabeça sobre o seu ombro e imaginar que estava em filme de romance dos anos 90.

Eddie ficou inquieto durante o trajeto até o hotel, era o melhor que tinha na cidade, até porque não tinha muitos outros para que ele pudesse competir, haviam apenas três hotéis em Fredricksburg.

— Chegamos — falou afoito ao abrir a porta do carro.

Eddie abriu a porta do quarto e me puxou para dentro, depositando beijos rápidos em meu rosto e pescoço enquanto tentava se livrar do blazer, eu sabia qual era o nosso objetivo ali, mas eu esperava que fosse diferente.

— Que carinha é essa, gatinha? — perguntou, parando de abrir a camisa.

— Eu estou um pouco nervosa — tentei sorrir, talvez tenha parecido mais uma careta.

— Fica tranquila, meu amor. Nós dois queremos isso, não é? — assenti positivamente com a cabeça.

Ela se aproximou e depositou vários beijinhos no meu rosto e pescoço. Eu deveria sentir algo além de receio?

— Você pode tirar o seu vestido? Estou louco para ver esses peitos — senti meu rosto arder ao ouvir suas palavras.

Busquei o zíper do meu vestido e o abri, tirando a peça lentamente, deixando os meus seios expostos e ficando a apenas com a minha calcinha branca de algodão.

Diferente do que eu imaginava, lia e via nos filmes, não ouve aquele rompante em que o casal se agarra e arrancam a roupa um do outro, Eddie me olhou de uma maneira devassa enquanto abria a sua calça, quando vi o seu membro em evidência embaixo da cueca senti um leve receio, mas não dava mais para desistir, eu o escolhi, havia me preparado para aquele dia.

Assim que ele abaixou a cueca, seu membro ereto saltou para fora e eu tive um vislumbre do seu tamanho, não era grande como os que tinha visto nos vídeos, mas não era pequeno tão pequeno.

— Você é muito gostosa, Kath — Se aproximou apertando o meu seio direito com força me fazendo sentir dor, tomou minha boca em um beijo agressivo e me deitou sobre a cama — Eu preciso entrar em você — rosnou enquanto pegava o pacote de camisinha.

Eu fiquei encarando o lustre no teto enquanto ele se preparava e me lembrei das coisas que Judith me dizia sobre sexo e o quanto era bom, em como as pessoas dos vídeos pareciam felizes fazendo isso, mas eu não conseguia sentir nada daquilo nesse momento.

— Gatinha, abra as pernas — pediu ficando em cima de mim — Vai doer só no começo, tá bom? — provavelmente não era a primeira vez que ele tirava a virgindade de alguém.

Assenti com a cabeça e em seguida senti meu corpo sendo invadido, eu tentava sentir algo relativamente bom, entretanto, tudo que estava sentindo era desconforto a cada movimento que Eddie fazia, numa fração de segundos eu senti meu corpo ser rasgado, uma ardência muito grande invadiu o interior da minha vagina e não consegui conter o grito.

— Está tudo bem, dói só no começo — Ele estava ofegando.

A cada movimento que ele fazia, mais dor eu sentia, estava tão forte que eu sentia vontade de vomitar.

— Eddie, está doendo — falo na tentativa de pará-lo, mas ao invés disso, ele intensificou os movimentos, e após dar um gemido ensurdecedor, caiu com corpo sobre o meu.

Aqueles minutos debaixo do corpo de Eddie pareceram horas intermináveis, tudo que eu conseguia pensar naquele momento era no quanto eu havia sido idiota por criar expectativas por um momento como aquele.

Enquanto fechava o zíper do vestido, meu telefone tocou. Passei por Eddie que estava se vestindo e fui em direção a minha bolsa para pegá-lo, assim que vi o nome da minha mãe na tela, um arrepio subiu pela minha espinha.

— Mamãe!

— Filha, me perdoe por estragar sua noite, mas Maddie... — Ela não conseguiu terminar a frase tomada completamente pelo choro.

— Mamãe, o que houve com Maddie? Mamãe! — gritei em meio ao desespero.

— Kath — reconheci a voz de nossa vizinha, era Susan.

— Susan, o que aconteceu com a Maddie? Onde está a minha mãe? — perguntei enquanto colocava o tênis rapidamente.

— Maddie desmaiou e nós a trouxemos para o hospital. Ela está sedada e sua mãe está bem, só está nervosa. Tem como você vir?

— Claro, Susan. Já estou a caminho — olhei para Eddie, que permanecia sentado na cama me observando.

— O que houve? — perguntou enquanto abotoava a camisa.

— Maddie passou mal. Podemos ir para o hospital? Eu preciso vê-la.

— Sinto muito, gatinha. Prometi que devolveria o carro para os meus pais a meia-noite e estou atrasado.

— Eddie, não custa nada você me deixar no hospital — falei alto sem acreditar do que acabei de ouvir.

— O hospital fica do outro lado da cidade. Não vai rolar.

Aquilo era demais para digerir naquele momento, tudo que consegui fazer foi pegar a minha bolsa e sair correndo daquele quarto. Aquela droga de cidade não tinha sequer um serviço de Uber e o vestido longo me impedia de caminhar mais rápido, pensei em ligar para Judith, mas não era justo estragar a noite dela.

As lágrimas escorriam pelo meu rosto, a decepção, a angústia e o medo controlavam minha mente. Cheguei no hospital e avistei minha mãe, senti uma partícula de alívio surgir em meu peito, ela parecia mais tranquila enquanto caminhava rapidamente em minha direção.

— Filha! — Me deu um abraço forte.

— Não foi nada, mamãe. Eu estou bem, e Maddie? Onde ela está? — saio dos braços de minha mãe indo em direção ao corredor e tudo escurece logo em seguida.

Acordei sentindo uma mão acariciando o meu rosto, abri os olhos e vi minha mãe ao lado da cama com o semblante preocupado, tudo que ela não precisava naquele momento era de outra filha doente.

— Estou bem — Me sento — Onde está Maddie?

— Filha, não faça esforço. Você teve uma queda de pressão. Por que veio a pé da escola até aqui? Onde está Eddie? Por que ele não te trouxe? — Eu não iria dizer para minha mãe onde estava, ela não merecia saber que Eddie havia indiretamente me dispensado depois de termos transado.

— Ele teve que ir para casa. Maddie está bem?

— Ela está bem — reconheci a voz de Sarah, a médica que sempre atendia Maddie — Mas não tenho boas notícias — Aquela frase me deixou sem reação.

— Fale doutora — Mamãe falou com a voz embargada.

— O estado de Maddie está se agravando e não temos meios de tratar o problema dela aqui. Como eu havia dito antes, em Nova Iorque existe um centro especializado para o tratamento de crianças no estado de Maddie, não podemos permitir que o câncer avance, sinto muito em ter que dizer isso.

A cada palavra dita por Sarah, eu sentia um bolo gigantesco se formar em meu estômago, tudo que queria agora era gritar para ver se toda essa dor que me sufocava ia embora. Mamãe soluçava enquanto era consolada por Susan e eu sabia exatamente o que fazer, não iria perder minha irmãzinha.

— Mamãe, nós iremos para Nova York — forcei o meu melhor sorriso, esquecendo o quanto o meu coração estava dilacerado, elas eram tudo que eu tinha e eu era tudo que elas tinham.

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