Elizabeth Fabbri não esperava que sua vida fosse virar de cabeça para baixo na primeira vez em que botou os pés em uma balada após terminar um relacionamento sem perspectivas de futuro. Em meio a tantas pessoas, ela conseguiu atrair a atenção de Louis, um homem que jamais recebeu um não, ainda mais de uma garota bêbada. Louis não é apenas um homem atraente curtindo uma noitada, ele é um Don da máfia que não mede esforços para ter o que quer. De passagem pelo Brasil a fim de resolver alguns assuntos, ele se sente desafiado pela garota que lhe disse não, tanto que não resiste à tentação de colocá-la para jogar o seu jogo. Contudo, as coisas começam a tomar um rumo diferente e o perigo espreita por todos os lados. Será que Elizabeth está preparada para dançar com o próprio demônio? AVISO: Este é um romance Dark contemporâneo, nada tradicional. Ele contém assuntos polêmicos, incluindo temas de consentimento questionável, agressão física e verbal, linguagem imprópria e conteúdo sexual gráfico. Esta é uma obra de ficção destinada a maiores de 18 anos. A autora não apóia e nem tolera esse tipo de comportamento. Não leia se não se sente confortável com isso. Se você quer um príncipe encantado, essa leitura não é para você.
Meu celular começou a vibrar.
Contei seis pequenos tremores.
Senti o corpo de Natasha se remexer, ela iria acordar com a merda do
barulho que o aparelho fazia sobre o criado-mudo.
Eu me forcei a abrir os olhos, a cabeça pesada por conta da bebedeira
da noite passada me fez ser lento para atender o telefone.
- O que é tão urgente assim para que você me acorde, Felippo?
- Acabei de receber uns e-mails, seria bom você ler - a voz do meu
consigliere não era a mais amigável do mundo, ele parecia preocupado e, em
consequência disso, eu despertei.
- Louis? Venha para a cama - o sotaque da garota era sensual, e
quando suas unhas roçaram nas minhas costas, precisei me controlar para não
soltar nenhum som indecente ao telefone.
- Quem está aí? Não me diga que a filhote russa já está na sua cama?
- Felippo zombou.
- Está intacta onde interessa, se é o que você quer saber.
Virgindade dentro da máfia era uma merda. Noite passada, eu havia
precisado de todo o controle para não foder a garota como eu queria. Em
compensação, ela lembraria de mim nas portas detrás por algum tempo.
- Enfim, levante logo e veja o que mandei. Dessa vez, eu não
conseguirei resolver essa porra sozinho. Já mandei preparar tudo, acho que
você vai gostar de São Paulo.
- Até depois - eu me despedi sem esperar uma resposta e larguei o
celular no criado-mudo.
Deitei, esfregando os olhos e vendo que o sol já nascia, se fazendo
notar entre os prédios e iluminando meu quarto o bastante para que eu
enxergasse o azul muito claro dos olhos da garota ao meu lado.
Natasha era linda, eu não podia negar.
Se tudo desse certo, eu seria um homem de sorte por esse lado, mas
também sabia que ela era manipuladora e inteligente... Sendo sincero, nem
isso me abalava o pensamento quando eu enxergava o corpo dela nu ao meu
lado. Os cabelos eram de um castanho avermelhado forte, quase ruivo, e a
pele era tão branca, que parecia nunca ter tomado sol. Ela era magra, mas
tinha uma bunda boa, e os peitos não decepcionavam.
- Diga que vou poder continuar dormindo... - ela falou quando
pousou a cabeça no meu peito e acariciou minha barba por fazer. - Você
acabou comigo, preciso de um tempo para me recuperar.
- Durma o quanto for necessário, querida - peguei sua mão e beijei
seus dedos. - Mas eu preciso resolver algumas coisas importantes hoje...
- O que Felippo disse? - a garota foi criada dentro da máfia, o que
eu esperava? O tom de desprezo quando disse o nome do homem me fez
sorrir de canto, quase irritado. Ela era petulante às vezes.
- Nada que você precise se preocupar... Agora durma - disse, me
levantei em um pulo, assustando Natasha, e dei um belo tapa em sua bunda
branca antes de ir para o banheiro.
Esperava que, no Brasil, as bundas de São Paulo fossem tão boas
quanto as do Rio.
Eu estava dirigindo, puto demais para aguentar qualquer um dos
soldados com cara de merda por precisarem ir em uma viagem de última
hora. Já havia ameaçado dois de manhã, com direito a pegadas de colarinho e
um bom susto. Esses bostas achavam que eu queria sair de Nova Iorque bem
naquela hora? Eu tinha muitos assuntos para resolver naquela cidade, mas
grande parte do lucro estava indo embora graças a uma ação de higienização
do novo prefeito de São Paulo. Uma quantidade considerável das drogas da
família ia para aquele pedaço do mapa, e parecia que o povo daquele lugar
consumia cada vez mais... Bando de merdinhas viciados.
Ali também era um ponto inteligente para todas as mulas abastecerem
seus estoques e levarem mais do nosso material para o resto da América
Latina. O México estava de portas fechadas por algum tempo, a merda da
MS-13, máfia que controlava a entrada dos negócios por lá, não queria
negociar comigo até eu decidir me casar com uma das meninas deles... Não
era difícil imaginar grande parte delas na minha cama, mas eu não me
envolveria em casamento com uma máfia tão ridiculamente pequena e
violenta. Eles eram como uma matilha de cães raivosos e famintos, nós
éramos os leões daquela porra de selva.
- Achei que precisaria te ligar mais duzentas vezes antes de ver sua
cara hoje - Felippo provocou.
Nós não éramos melhores amigos, mas trabalhávamos muito bem
juntos. Ele era como uma grande babá. Além de cuidar das contas da família
comigo, também me aconselhava sobre assuntos que influenciavam dentro da
Mão Negra e me dedurava para os capi quando eu decidia algo que ele não
concordava. Na maioria das vezes, eu apenas fazia cara feia, era bom que eles
soubessem que, apesar de nós sermos uma célula, era eu quem mandava na
porra toda.
- O rabo da russa deu algum trabalho, mas não tanto quanto essa
merda de homem - eu me referi ao prefeito. - Mudando de assunto, quem
está assumindo pelas nossas costas? Nossos coiotes já reclamaram que tem
homens de mais daquela merda mexicana envolvidos com a polícia, eles
parecem sempre saber onde nossos caras vão estar... Tenho duas famílias
reclamando de dificuldade de receber e enviar seu produto. Fora os bordéis,
precisando de carne nova, já que Mateucci não sabe controlar a quantidade de
heroína consumida por suas putas.
- É um problema que vamos resolver na volta, você sabe que os
russos estão de olho nessas coisas, sobre como vamos controlar essa merda.
Outra que é bom que ninguém saiba onde a raposa passou a noite, ou você
terá problemas - alertou.
Raposa? O mesmo tom de desprezo que a menina tinha por ele, aquilo
me fez rir.
- Se conferirem o meio das pernas dela, vão ver que a virgindade
continua intacta, nós só temos que rezar para que ninguém resolva olhar o
rabo por pelo menos três dias - eu ri e me sentei em uma cadeira velha,
olhando as informações que Felippo tinha conseguido das merdas que
estavam acontecendo fora da minha bolha fodida em Nova Iorque. Eu havia
perdido tanto tempo negociando com as máfias de fora, que não enxerguei
quando a escória mexicana atentava contra meu povo. Miami também não
facilitava... Aquele território me interessava, eu precisava fazer algo. Meter
meu irmão mais novo para cuidar daquilo tinha me parecido uma boa ideia
antes.
Felippo me empurrou uma nova pilha de papéis enquanto eu bebia
meu café, me fazendo quase engasgar quando vi o quanto os números
estavam errados.
Soquei a mesa depois de ler o restante dos documentos e encarei
Felippo.
- Você entendeu que o ponto é pior do que pensávamos? Não
estamos apenas lidando com os de fora, existe alguém de dentro fazendo algo
errado - ele indagou.
- Vou explodir o desgraçado que tem feito isso - fiquei puto lendo
a quantidade de zeros no papel, sabendo que se aquele rombo nas contas
dobrasse, um banho de sangue aconteceria dentro da Família enquanto eu
estava no poder, e isso ficaria marcado. - Quero saber quanto dinheiro tem
entrado na conta de cada capo, de cada membro da família. Investigue tudo e,
então, quando eu voltar dessa viagem de merda, vou atrás do desgraçado e
mostro como nós lidamos com traição dentro da Mão Negra.
Felippo estava de braços cruzados me encarando e, pela sua
expressão, concordava com a minha atitude.
Capítulo 1 PRÓLOGO
09/08/2023
Capítulo 2 Para ter nome de gente velha
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Capítulo 3 Pena que era apenas no sonho.
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Capítulo 4 Eu precisava achar uma solução!
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Capítulo 5 O gato comeu sua língua
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Capítulo 6 O que era aquilo tudo
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Capítulo 7 O que estava acontecendo comigo
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Capítulo 8 O que você está...
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Capítulo 9 Por que ainda não está vestida
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Capítulo 10 Quão fodida eu estou
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Capítulo 11 Eu não era nenhuma santa.
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Capítulo 12 Ele estava bravo
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Capítulo 13 Está tudo bem
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Capítulo 14 Elizabeth
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Capítulo 15 Você disse seu sobrenome para o homem
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Capítulo 16 Mas quem disse que você vai embora
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Capítulo 17 Eu realmente não sei o que dizer
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Capítulo 18 Nós já precisamos ir embora
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Capítulo 19 Lá estávamos nós, totalmente expostos.
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Capítulo 20 Quem fez isso
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Capítulo 21 Não me esperou para o banho, bonitão
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Capítulo 22 Ei! O que foi
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Capítulo 23 Como não existe
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Capítulo 24 O que você está fazendo comigo, criança
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Capítulo 25 O quê
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Capítulo 26 Seria essa a nossa última noite juntos
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Capítulo 27 Sentiu falta da tua bella
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Capítulo 28 O que faz aqui, querida
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Capítulo 29 Mas como
11/09/2023
Capítulo 30 No que posso ser útil, senhor
11/09/2023
Capítulo 31 O que está planejando dessa vez
11/09/2023
Capítulo 32 EPÍLOGO
11/09/2023
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