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Capítulo

Sophia Linares é uma simples jovem, mãe e brasileira, que descobre que não há nada de simples em sua vida. Quando seu verdadeiro pai aparece tudo muda, como sair de seu país e se casar com um mafioso para proteger sua filha.

Capítulo 1 Só queria entender.

Era quase quatro horas da tarde e Sophia dirigia em alta velocidade para pegar sua filha Mel de 2 anos na escolinha que passava as manhãs e tardes, enquanto Sophia estava na faculdade.

Quando um carro apareceu do nada e a fechou, ficando cruzado em sua frente, ela freio rápido, suspirando aliviada por não ter batido, começou a buzinar.

- Vamos logo, não tenho o dia todo amigo. - Ela gritou pela janela com a mão pra fora.

Dois homens saíram do carro que estava parado, um sacou a arma e ficou do lado da porta traseira que estava aberta e o outro caminhou em direção a ela e abriu a porta do carro dela.

- O que você está fazendo ? - Ela gritou.

O homem a puxou pelo braço, apertando forte e a tirou do carro sem muito esforço, ela começou a bater nele para tentar se soltar, então ele a virou de costa e colocou uma arma na cabeça dela.

-Fica quietinha, você vai vir com a gente. - O homem disse.

Sophia notou que ele tinha um sotaque estranho mas estava nervosa demais para pensar nisso.

- O que ? Vocês não querem o carro ? Podem levar! Me deixa. - Ela não imaginava que poderia ser um sequestro.

Quando se aproximaram do carro preto, ela ouviu um tiro e o homem que a segurava caiu no chão, ela começou a correr abaixada para sair da frente dos carros, se escondeu atrás de uma árvore na calçada e ficou ali com as mãos no ouvido pois começou uma troca de tiros.

Orando a Deus para que nenhuma bala a atingisse, sentiu um tipo de nostalgia e estava ficando tonta.

Nem se deu conta quando os tiros pararam, foi então que uma mão se aproximou de seu ombro e ela olhou para cima, um homem moreno, alto, com os olhos esverdeados se agachou junto dela.

- Você se feriu ? Está sentido alguma dor ? - Ele perguntou em um tom de preocupação.

Ela percebeu que ele também tinha sotaque mas não conseguiu identificar e não conseguia responder pois estava em estado de choque.

- Nos precisamos sair daqui, venha. - Ele viu que ela não estava ferida e se levantou puxando ela e apoiando-a em seu braço.

- O o que vocês sa são ? - Ela perguntou gaguejando e se deixando ser levada, parecia que ela iria desmaiar a qualquer momento.

Eles foram em direção ao carro dela e ele a colocou no banco traseiro entrando junto com ela.

- Meu nome é Nicolas aquele ali é o Tadeo. - Ele apontou para o homem que estava se sentando no banco do motorista e ela observou que havia mais dois homens do lado de fora. - Eles estão com a gente, não se preocupe.

Tadeo deu partida no carro e desviou do carro dos seqüestradores passando por cima da calçada.

- Você precisa pegar sua filha na escola né ? - Nicolas falou calmamente, e Sophia se deu conta de que ja estavam entrando na rua da escola. - Sei que deve estar confusa, mas nós só queremos te ajudar, eu vou entrar com você e vamos pegar a pequena, depois vamos deixar vocês em casa, fica calma.

Sophia concordou com a cabeça e o seguiu saindo do carro e subindo a escadaria do colégio. Chegando na sala da Mel, a menina saiu correndo assim que viu a mãe e a abraçou, a professora entregou a mochila e Nicolas pegou.

Mel tinha a pele bem alva e os cabelos cumpridos como os de Sophia mas a cor era um tom bem claro de castanho quase loiro, e seus olhos arredondados na cor azul piscina. Sophia nunca entendeu por que só ela tinha os olhos daquela cor.

Mel olhou estranho para o homem enquanto caminhavam de volta para o carro, Nicolas percebeu.

- Oi moça, tudo bem ? - Ele falou com uma voz engraçada e a menina que estava no colo da mãe deu uma risadinha de lado.

- Ele é um amigo e vai nos ajudar a ir pra casa hoje. - Sophia disse e olhou para Nicolas se perguntando se fez o certo em confiar nele.

Abrindo a porta traseira para elas entrarem, Nicolas foi para o banco do passageiro, dessa vez.

- Minha casa é indo pela direita. - Sophia disse enquanto colocava Mel na cadeirinha.

- Nos sabemos. - Nicolas falou dando uma olhadinha para traz com um sorriso simpático no canto da boca.

- Como assim vocês sabem ? Como sabiam que eu estava indo buscar minha filha ? Quem são vocês ? - O carro ficou em silencio mas continuou indo na direção da casa dela.

Após 15 minutos chegaram no destino e todos saíram do carro, Tadeo acionou o alarme e deu as chaves para Sophia.

- Obrigada. - Sophia disse pegando a chaves.

- Não precisa agradecer, é o nosso trabalho. - Tadeo deu um aceno com a cabeça e se dirigiu ao carro que estava esperando eles.

Nicolas estava na porta da casa dela já esperando por ela.

- Sei que deve estar muito confusa mas nós só estamos aqui para te ajudar, não tenho permissão para te contar nada, mas te garanto que logo você terá todas suas respostas. - Ele passou a mão com cuidado na cabeça de Mel - Fiquem com Deus.

Deu um meio sorriso para Sophia que por sua vez apenas acenou com a cabeça. Ela não sabia o que dizer e de qualquer forma não teria nenhuma resposta naquele momento, então preferiu ficar quieta e entrou pra casa.

Helena sua mãe, que estava na cozinha pode ver os homens pela janela e assim que a filha entrou ela perguntou:

- Sophia ? Quem eram esse homens filha ? -Caminhando até o roll de entrada onde Sophia estava guardando a mochila de Mel.

- Oi vovó ! - A menina abraçou a mulher mais velha com alegria.

- Na verdade, eu não sei mãe. - Sophia contou tudo o que aconteceu enquanto abria a geladeira para pegar água e se encostou no balcão da cozinha para terminar de falar.

- Filha, você deveria ir na delegacia fazer uma ocorrência. - Helena aconselhou. - Vou ligar para seu pai.

Sophia fez um lanche para Mel e pegou uma maçã para comer.

- Não sei, eles me ajudaram e como não me levaram para delegacia acho que não querem envolvimento da polícia nisso.

- Bom Sophia temos que tomar mais cuidado não é a primeira vez que isso te acontece. - Helena disse enquanto ajudava Mel a sentar na cadeira.

- Só queria entender por que esse tipo de coisa acontece comigo. - Sophia disse triste.

- Vou falar com seu pai e conversamos mais tarde com você.

Sophia ficou surpresa, ela sempre sentiu que seus pais escondiam algo, será que finalmente vão contar tudo ?

- Eu vou tomar um banho e pensar melhor. - Sophia subiu com Mel para seu quarto.

Helena no mesmo instante ligou para seu marido Otávio e contou o que aconteceu.

- O pai biológico dela entrou em contato comigo agora mesmo, disse que recebeu uma ameaça e veio para conversar conosco, mas disse que quer levar ela embora. - Otávio disse preocupado. - Vamos conversar com ele, liga pra Diana. Já estou indo para casa.

Helena ligou para sua cunhada e contou tudo.

- Você havia dito que ele tinha alguns negócios perigosos. - Helena disse sentindo um nó na garganta. - Acho que pessoas com má intensão descobriram sobre Sophia antes dele.

- É melhor contarmos tudo pra ela antes que ele apareça. - Diana falou com a voz nervosa e assim que desligou, sentiu uma mão no seu ombro.

- Antes que quem apareça ? - Um homem falou.

A voz que ela sonhava todas as noites, dessa vez estava muito perto e parecia muito real.

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