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Capítulo

Um magnata obcecado pela irmã virgem de seu melhor amigo. Aviso: temática forte. Pode conter gatilhos. Amos Cooper-Hayes, CEO da maior empresa de segurança do mundo, é um homem incapaz de confiar. Marcado por um passado sombrio, o magnata carrega o peso de seus pecados nas costas e sabe que jovens como Lilly não pertencem ao seu universo. A garota que estudou a maior parte da vida em um colégio de freiras, é doce e boa demais, mas ainda assim, ele não consegue resistir à sensualidade inocente. Lillyana Ross foi criada para ser invisível. Desprezada por uma mãe fútil e egoísta, foi mandada para longe da família para ser educada a aceitar tudo e se transformar em uma esposa-troféu. Quando o destino une essas duas almas tão diferentes, o bilionário reluta em permitir que a atração avassaladora que sentem emerja, mas a decisão não está nas mãos dele. Lilly e Amos são complementos e a partir do momento em que se encontram obrigados a conviver, sabem que um não pode mais existir sem o outro. O pecador não consegue resistir à irmã virgem de seu melhor amigo e nem mesmo todo o mal que cerca o passado dele poderá separá-los.

Capítulo 1 Prólogo

Boston

Passado

Eu tento me concentrar na letra de All I Want for Christmas Is You

tocando ao fundo, mas meus olhos traiçoeiros continuam seguindo

na direção do homem que veio com Ethan[1]

.

Amos Cooper-Hayes - meu irmão disse ao me apresentar e

como sempre acontece quando fico perto de estranhos, não

consegui encará-lo por muito tempo.

Na verdade, ele não é bem um estranho, já que se conhecem

desde a adolescência. Pelo que Ethan me contou, estudaram juntos,

mas é a primeira vez que vem aqui.

Olho-o disfarçadamente outra vez.

Jesus, ele é bonito. Todo vestido de preto, o cabelo bagunçado e

o rosto que poderia ser de um modelo fotográfico: mandíbula

quadrada, nariz reto e uma pele dourada que mataria de inveja até

mesmo residentes em cidades praianas.

Apesar do conjunto deixar qualquer garota com sangue correndo

nas veias de pernas bambas, foram seus olhos o que mais me

impressionaram: são amarelos como os de um gato.

Você fica meio que hipnotizada quando o encara.

Tanto pela beleza da cor incomum, quanto pela frieza que

passam.

Não há qualquer calor no homem.

Estou observando-o como uma compulsiva a noite inteira e ele se

mantém afastado dos outros convidados, assim como eu e acho que

temos o fator antissocialiadade em comum.

Qual deve ser a idade dele? Provavelmente a mesma de Ethan,

que é dez anos mais velho do que eu.

Toda vez que ele me pega encarando, me olha de volta, mas não

sorri, o que faz meu rosto arder de vergonha porque tenho a

sensação de que consegue adivinhar tudo o que estou sentindo.

Uma espécie de ardor tomou conta do meu corpo desde que ele

chegou à festa de Natal na casa da minha mãe e minha barriga

parece que tem borboletas dançando dentro dela.

Não é como se eu nunca tivesse ficado perto de um homem

bonito. Não estudo mais em um colégio de freiras. Já conheci

rapazes desde que comecei a cursar moda em Paris, há alguns

meses, e não sou mais uma quase noviça, como Martina[2] continua

me chamando só para implicar.

Suspiro, imaginando a que horas essa festa vai acabar.

Eu não venho há muito tempo visitar a minha mãe e mesmo

assim, poucos dias depois de chegar, já sinto vontade de ir embora.

Eu não aguento mais ter que fingir sorrir e ficar repetindo as

mesmas coisas.

Sim, eu estudo moda em Paris.

Sim, eu gosto da cidade.

Sim, eu estou muito feliz morando pertinho da Torre Eiffel.

Não acredito que qualquer uma dessas pessoas esteja mesmo

interessada em conversar comigo, mas é "protocolo" ser educado

com a filha da anfitriã.

Corro a vista pela sala e vejo que Amos desapareceu.

Ele não foi embora ainda, isso é certo, porque meu irmão está

conversando com uma morena e os dois vieram em um carro só.

Também não acredito que tenha ido lá para fora, porque está

nevando para caramba.

Eu deveria ficar aqui, mas estou curiosa para saber onde foi e

impulsivamente, começo a andar pelo corredor do primeiro piso para

ver se consigo encontrá-lo.

Ouço vozes na biblioteca e sigo para lá, mas paro na porta

entreaberta quando percebo que Amos e minha mãe estão no

aposento sozinhos.

Nora fala alguma coisa baixinho, o corpo inclinado na direção

dele, o que é bem estranho porque quando Amos chegou com

Ethan, ela disse que o amigo do meu irmão era uma espécie de

"selvagem" vestido em roupas caras, por causa do cabelo sem

corte.

Eu discordo, claro. Amos é o homem mais bonito que já vi na vida

e além disso, ainda tem um algo a mais.

Um tipo de ímã, que me atrai em sua direção, não importa o

quanto eu tente dizer a mim mesma que é rude ficar encarando as

pessoas.

- O que você disse? - minha mãe de repente pergunta,

parecendo indignada, o que faz com que sua voz saia meio

esganiçada.

Eu já conheço aquele tom, é o mesmo que usa quando acertam a

idade dela. Mamãe gosta de parecer mais jovem e por isso não

permite que meu irmão a chame de "mãe".

- Ouviu perfeitamente, senhora - o amigo de Ethan responde e

a voz, enfatizando a última palavra, soa como o corte de uma faca

afiada.

Ela ainda fica encarando-o por alguns segundos e depois abre a

porta e me pega em flagrante. Entretanto, acho que nem me vê. Seu

rosto está raivoso.

Eu deveria me desculpar com Amos pela falta de educação ao

espioná-los, mas ao invés disso, fico parada a cerca de cinco

metros, olhando-o sem dizer nada.

Ele não pergunta o que estou fazendo aqui e me sentindo um

pouco mais encorajada, dou um passo para dentro da biblioteca.

Amos me olha como acho que um predador faria com sua presa

e meu corpo inteiro reage com tanta intensidade que é como se

alguém tivesse me ligado a uma tomada.

Estou refém dos seus olhos. Eles parecem mais escuros agora e

me mantêm no lugar como se fossem algemas invisíveis.

Sua postura deveria me assustar também. Ele parece agressivo,

embora não se mova.

Acho que é de sua personalidade, mesmo. Talvez minha mãe

tenha uma certa razão quando o classificou como selvagem.

Há algo meio primitivo nele.

- O que você quer, menina?

É a primeira vez que fala comigo. Quando fomos apresentados,

apenas acenou com a cabeça.

- Eu...

Antes que eu responda, meu irmão surge, chamando-o, mas

quando me vê, pergunta:

- Lilly, o que está fazendo aqui?

- Eu vim ao banheiro e me confundi com as portas.

Nossa, eu sou muito ruim em dar desculpas. Morei nessa casa

por doze anos! Como poderia ter errado as portas?

- Deveria voltar para a festa, ou Nora vai pegar no seu pé - diz

e, louca para sair daqui, apenas faço que sim com a cabeça e quase

corro para fora.

- Vamos embora, cara. - Escuto meu irmão dizer. - A nevasca

vai aumentar e eu já escolhi minha companhia para hoje. Ela tem

uma amiga ansiosa para te conhecer.

Ando mais depressa, sem querer ouvir a resposta de Amos.

Eu sou uma idiota.

O que estava passando pela minha cabeça? O amigo de Ethan é

um homem, não um rapaz.

Sou apenas uma garota inexperiente que nunca despertaria o

interesse de alguém como ele.

A melhor coisa a fazer é colocar meus neurônios no lugar e os

dois pés no chão.

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