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Quando meu chefe Pietro Miller me manda com urgência até a casa de seu filho Logan Salvatore, eu não hesitei em ir. Mas agora que cheguei ao parque de trailers, já não tenho tanta certeza se deveria estar aqui. O lugar é horrível, lama escorregadia e uma grande quantidade de mato morto se espalha com generosidade por um local onde estão estacionados menos de uma dúzia de trailers tão velhos, que mais parecem ser um monte de sucata enferrujada.
Meus suados dedos se fecham com mais força na alça de minha bolsa, enquanto sem ter como impedir sinto os saltos de minhas botas afundarem nessa meleca que cobre todo o lugar, assim como ouço um cachorro raivoso explodir em latidos e rosnados com cada passo meu.
Pego meu celular e aperto no primeiro nome na lista de chamadas recentes. Não tenho opção, vou ter que apelar…
Pietro atende no terceiro toque.
- O que foi, Alê? - responde uma voz excessivamente ríspida do outro lado da linha. Reviro os olhos, suspirando profundamente. Sei bem que toda essa raiva não é direcionada a ninguém em especial, então não me ofendo. Pietro Miller, é um homem extremamente forte. Um pai para mim, assim como ele também é como um pai para todos os rapazes Salvatore. E eu o amo demais.
Mas, para quem não o conhece de verdade, Pietro com seu jeito rude e olhar duro pode ser incrivelmente intimidade e até assustador. Ele é grande, musculoso, coberto de tatuagens. Está sempre fumando, com olhar distante e tolerância zero.
Ele não se importa em agradar ninguém. Sempre age e fala como bem quer, e se estiver bom ou não, isso não é seu problema. Em resumo, é um cara difícil.
Ele sempre a protegeu desde menina, e ela é grata por isso, e em troca ama o homem como o pai que ela jamais teve. E apesar de tudo tem uma excelente relação com ele.
Os Salvadore e ele, são donos de um rancho bem tradicional aqui na cidade, o Rancho Salvatore está na família do pai de logan há algumas gerações. Pelo que Pietro me contou, o pai deles, que morreu quando os filhos eram crianças pequenas, se apaixonou por uma prostituta nativa americana com descendência brasileira. Eles nunca se casaram oficialmente, e entre idas e vindas tiveram seis filhos. Além de tradicionais, os Salvatore são também uma das famílias mais mal faladas da região. Todos em Round Top os conhecem. Sua má fama os persegue como uma maldição, e os fazem conhecidos como uma família de ladrões, encrenqueiros e conquistadores baratos. Veja bem, Round Top no Texas é uma minúscula cidadezinha, e as pessoas falam.
Mesmo Pietro tendo vários negócios na cidade não alivia muito a imagem que o povo daqui tem deles. Sem falar do longo tempo que ele esteve na prisão não o ajudou muito. Eu não viria aqui, na casa de um deles se o Pietro, meu chefe, e pai de todos os seis irmãos Salvatore não tivesse desmentindo esses boatos a muito tempo para mim. E eu confio nele.
- Ele não está em casa, Pietro, eu desisto! - suspiro olhando à minha volta para um lugar tão decadente, um segundo antes de sussurrar: - Este lugar é horrível...
- Eu sei querida, eu sei! - Ouço ele falando com a secretária Bianca enquanto martela furiosamente os dedos nas teclas do teclado do computador. A voz grossa por anos de fumo inconsequente. - Mas eu te garanto que ele está aí sim! Bata na porta, Alê. Hoje cedo Felipe me ligou para me informar o que aconteceu com logan duas noites atrás. Ele me contou que Logan montou em um desses rodeios sem regras e caiu do maldito animal, ele já tem um joelho ruim, e uma lesão no ombro. E inferno! Você sabe que com a maldita queda ele pode tê-lo ferrado ainda mais. Além do mais, não me admiraria que ele esteja dormindo bêbado ao lado de uma prostituta qualquer pouco se fodendo para o que aconteceu consigo mesmo. Não posso culpar o rapaz, essa é uma característica da família. - suspira.
- Entre ai, e diga ao filho da mãe que fui eu quem a mandei, expulse a puta e diga ao bastardo que irei chutar seu traseiro maldito por ele mesmo não ter tido a decência de me ligar.
- O que?! - pergunto completamente atordoada. - Não, eu não posso, Pietro! Meu Deus...
- Agora Alê! Não me faça ir até aí. - diz e desliga na minha cara sem titubear. Mas que droga Pietro!
Tomo coragem e toco na pequena porta à minha frente, torcendo para que ela esteja trancada. Respiro fundo e puxo a maçaneta que abre com um gemido. Como que dizendo: Entre logo ou caia fora! É óbvio que a segunda opção me é tentadora. Mas também sei que arranjaria um problema se chegasse no escritório do Pietro dizendo que não tive coragem para entrar.
- Senhor Salvatore...?! - chamo alto. - Sou a doutora Alessandra Almeida, estou aqui a mando do Senhor Pietro Miller... - digo e acrescento rápido. - Por favor, não atire em mim!
Tento não pensar no que estou fazendo quando entro no trailer de um homem sozinho, fechando a porta com força as minhas costas. Olho em volta o lugar é pequeno, um tanto desorganizado o que é normal para um homem solteiro. Mas, me parece limpo. O que é um ótimo sinal. Também é composto por poucos móveis, somente um gasto sofá de dois lugares, uma mesa com uma cadeira e uma pequena e adaptada cozinha americana. A evidente falta de decoração deixa explícita a falta de um toque feminino no lugar.
- Olá, Salvatore? - chamo-o novamente. - O Senhor está em casa? - bato palmas.
Nenhuma resposta. Frustrada avanço lentamente pelo carpete verde gasto, entrando no que eu acredito ser um quarto. Tateou a mão pela parede acendendo a luz. Piscando por um segundo meus olhos se arregalam no momento em que notam o que está bem a minha frente exposto na cama. Bem, parece que o Pietro tinha razão quando me garantiu que o tal de logan estava em casa. Talvez dormindo ou bêbado. Graças a Deus ele está sozinho! Não acho que eu seria capaz de lidar bem com uma prostituta neste momento.
Inevitavelmente percorro meus olhos por cada pedacinho exposto do enorme homem nu, dormindo de qualquer jeito de bruços na grande cama sem lençóis à minha frente. Como um espécime primitivo nunca visto antes, não consigo desviar o olhar.
Seu corpo é enorme. E está em excelente forma física. Como médica posso garantir isso. Os grandes músculos são brutais em toda a sua dominância masculina. Os músculos rígidos, me parecem duros e o fazem parecer um grande fisiculturista, mas sem tantas das veias saltadas que marcam os corpos da maioria deles. Sua pele morena é perfeita sobre o corpo rígido do homem. Ou ele passa muito tempo no sol, ou sua pele é naturalmente dourada, e o faz mais bonito ainda. Logan parece o próprio deus do Sol.
Ele também é alto, os dedos dos pés passam um bom palmo do fim da cama o que me faz pensar que ele deve ter quase dois metros de altura. Seu cabelo liso castanho, está solto e parece chegar até o alto dos ombros.
Trêmula, desvio meus olhos do homem olhando pelo pequeno quarto, facilmente descobrindo o motivo de seu sono ser tão pesado. No chão ao lado da cama está uma garrafa vazia de uísque, juntamente com um frasco de analgésicos leves para dor, quase vazio. Suspiro aliviada, graças a Deus o cara não tomou algo mais forte. Também no chão ao lado da cama está uma bolsa de gelo o que reafirma a suspeita de que ele está realmente machucado.
Vou até ele pegando em seu pulso. Sua pulsação é forte e me parece estável.
Respiro aliviada.
Como um imã, meus olhos são novamente atraídos para o belo exemplar de homem que é Logan Salvatore. Penso no que devo fazer, já que ele não parece fácil de acordar. Mas me distraiu novamente quando volto a olhá-lo.
Grande, forte e extremamente masculino é fácil se sentir atraída por ele. Me ajoelho no chão ao lado da cama e com os dedos trêmulos tiro seu cabelo do rosto, mesmo podendo ver somente metade dele perco o fôlego com a grande beleza do homem.
Seus traços são fortes e acentuados e as bochechas altas combinam perfeitamente com o nariz levemente achatado. Que o faz parecer um predador. Os lábios cheios me parecem grossos e cada traço de seu rosto é forte e expressivo. Ele é muito bonito.
- Senhor Logan? - Chamo seu nome alto, enquanto cutuco levemente seu ombro. Ele nem se move. Meu Deus, começo a realmente acreditar que esse homem possa estar preso em algum coma alcoólico. Ou talvez tenha tomado mais comprimidos do que eu imaginei.
Suspirando me ponho em pé, é difícil ignorar o grande apelo sexual que emana de seu corpo nu. Ele me afeta de uma forma estranha, e me faz grunhir de frustração. Esfrego minhas coxas sentindo fisicamente quão afetada estou. Fico chocada por sentir uma atração tão grande por esse homem desconhecido.
Eu não sou assim. Não mais...
Ao mesmo tempo em que tenho plena consciência do grande desejo que sinto por ele, a culpa começa a me corroer por dentro e sinto meu coração doer. Como posso eu olhá-lo desse jeito? Enquanto ele está assim, dormindo indefeso e alheio a meus olhares de cobiça.
Isso é tão errado em tantos níveis. Se eu estivesse em seu lugar odiaria alguém olhando para meu corpo no meu momento mais íntimo e indefeso. Pego o lençol que está jogado no chão cobrindo-o com ele, mas não sem antes dar uma última olhada na bunda mais sexy e redonda que eu já vi. Foi inevitável...
- Culpa sua eu olhar, senhor grandão! - reclamo comigo mesma. - Nunca vi ninguém dormir assim, peladão...
Vou até o outro lado da cama e agarrando em seu ombro o puxo para mim. Ele é pesado, nossa! Com um pouco de dificuldade consigo virá-lo para cima.
Bem agora posso ver seu rosto completamente, e sem me conter mais uma vez perco o fôlego com sua beleza.
- Nossa... - assobio.- Alto, grande e forte. E com uma beleza de lascar. Uau...
Seu rosto com traços distintos poderia ser considerado demasiadamente duro para a maioria das pessoas. Talvez até bruto ou feio. Mas não para mim... Cada linha forte de seu rosto me é tentadora. Sinto-me completamente fascinada por ele. Pela sua beleza rústica, masculina e exótica.
Agora que seu corpo está virado de frente para mim, por mais que eu não queira, nada mais nele escapa dos meus olhos. O peito grande é impressionante, a barriga me parece dura com poucos pelos que descem em uma trilha até a parte mais impressionante de seu corpo. Com os olhos arregalados não posso deixar de olhar para o seu grande membro parcialmente amolecido. Ele foi circuncidado, meu Deus...
O que não o diminui em nada. Ele também não tem pelos lá, e as bolas... o cara tem bolas grandes.Pare de olhar para ele, Alessandra! - suspiro ordenando a mim mesma. Me sinto a pior pessoa do mundo! Qual é o meu problema?
Me volto novamente para o lençol que agora se encontra embolado embaixo dele. Puxo a ponta o máximo possível e o cubro da cintura para baixo, sem nada poder fazer em relação ao imponente peitoral exposto. Também percebo que um de seus joelhos além de vermelho está bem maior que o normal. O que confirma sua lesão.
Dou a volta na cama e me sento ao seu lado, preciso ligar para alguém. Preciso iniciar o atendimento mas ele não acorda. Me curvo para pegar meu celular em minha bolsa que está no chão, vou ligar para o Pietro dizer o que aconteceu, talvez ele possa vir até aqui e gritar até acordá-lo. Será fácil para ele, sorrio por um momento. Pietro adora berrar com todos, e por que não com esse aí também?!
- Você vai ter que acordar, querendo ou não...
No momento em que toco meu celular no fundo da minha bolsa, sinto mãos enormes pegarem os dois lados do meu quadril. Assustada me ergo rápido e viro para dar de cara com ele finalmente desperto, e com os olhos castanhos escuros fixos em cada movimento meu.
Pego a garota bonita que enche meu quarto com o cheiro mais malditamente delicioso que eu já senti. Uma mistura de morangos frescos e baunilha, seu cheiro é tão doce que me deixa com fome. Tento me lembrar de tê-la trazido comigo duas noites atrás, talvez três... Mas é em vão. Nada me vem à mente, nem um vislumbre de seu rosto.
Tudo o que me vem à cabeça sobre ela é ter sido acordado por sua voz, enquanto ela falava sozinha.
Olho em seus olhos, notando o quão assustados eles estão. Isso é estranho, devo admitir. Por mais bêbado que eu fique, não é comum eu me esquecer de nenhuma garota que eu tenha fodido. Muito menos uma como essa...
A puxo para mim, tão rápido que um segundo depois a tenho sentada bem onde eu mais quero. Meu pau duro e dolorido pela necessidade encaixado entre as pernas dela. O uísque pode ter me feito esquecer dela, mas só de olhar para esse belo rosto e corpo perfeito, tenho certeza que podemos criar novas memórias juntos agora mesmo.
Seus olhos azuis assustados se fixam nos meus, Franzo a testa por um momento. Por que diabos ela me olha assim? Porra! Ela é pequena, e me parece muito delicada, sua pele extremamente pálida
e os cabelos escuros a fazem aparentar ser mais frágil ainda. Espero não tê-la machucado, porra! Eu nunca me perdoaria...
Ela é pequena, pálida e frágil. O que será que alguém assim, está fazendo aqui com um tipo como eu?
- E então querida, indo embora sem nem se despedir? Que coisa mais feia! Espero não ter sido tão malditamente ruim na noite passada. - Balanço a cabeça negativamente e ela me olha atordoada e sem entender por um momento, antes de seu queixo cair. Ela limpa a garganta, tenta se aprumar e depois respira fundo.
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