Noiva por contrato - Bella mia(série: Destinos entrelaçados)
A proposta ousada do CEO
Minha querida, por favor, volte para mim
O retorno chocante da Madisyn
Um casamento arranjado
O caminho para seu coração
Acabando com o sofrimento de amor
Um vínculo inquebrável de amor
Minha assistente, minha esposa misteriosa
Uma noite inesquecível: o dilema de Camila
Annie
RIO DE JANEIRO – RJ, 21 de Maio de 2015, 09:00min AM 09:01 - N° Desconhecido: Olá.
09:02 - Eu: Olá.
09:02 - N° Desconhecido: Tudo bem?
09:04 - Eu: Não estou reconhecendo esse numero.
Poderia dizer quem é?
09:04 - N° Desconhecido: Alguém que você não conhece.
09:05 - Eu: Isso eu percebi.
09:05 - N° Desconhecido: Mas é só um pequeno detalhe... certo?
09:06 - Eu: Errado. Por favor, seja lá quem for, pare de me importunar.
Sentada na cozinha, olho o celular que apita mais uma vez. Nem sei por que Rodrigo me deu essa coisa, quase nem uso, nem mesmo consigo digitar rápido quando respondo alguma mensagem de Anahi.
Acabei de deixar o aparelho de lado e estou tomando café e folheando o ultimo exemplar da revista Manequim. No inicio era meu principal passatempo, ficar folheando revistas de modas, depois ir para meu atelier e criar um modelo para mim, depois foi como se eu precisasse de mais.
Entretanto eu me perguntava: Mas o que? Nem mesmo tenho um curso superior.
O celular apita mais uma vez informando que chegou outra mensagem e eu o olho com desprezo, com certeza deve ser Anahi, minha única amiga armando uma pegadinha pra mim. Daqui a pouco tenho que começar o almoço. Olho no relógio da parede e fico tranquila sabendo que ainda tenho meia hora de tranquilidade. Pink, minha cadela Golden Retriever levanta a cabeça e me olha pidona.
— Toma aqui. — Balanço um biscoito no ar e ela levanta as orelhas, dá um pulo e vem pegar o petisco. Faço um cafuné na cabeça dela e volto a folhear a revista.
Minha cozinha é enorme, bem arejada, bem equipada, uma cozinha dos sonhos, minha cozinha dos sonhos, assim como toda a casa.
Eu não pude escolher cada coisa, Rodrigo não me pediu opinião, na verdade ele já tinha a casa pronta e só redecorou quando nos casamos um ano atrás. Ele viveu aqui com a primeira e a segunda esposa. Eu não achei mesmo necessidade de comprar outra casa. Para eu que vim de uma família conservadora e tradicional, meu casamento foi o presente dos deuses.
Me casei aos vinte e três anos, com um homem muito influente na cidade. Ele é trinta anos mais velho que eu, mas foi a salvação para mim e minha família.
Meu celular apita novamente e eu pego. Três mensagens não lidas. Reviro os olhos e deixo o celular mais uma vez na mesa. Já perdi a concentração por causa dessas mensagens.
Fecho a revista e pego meu livro encadernado de receitas. Na geladeira tem um bilhete que Ro deixou falando o que deseja para o almoço. Ele sempre pede uma coisa diferente e cada dia eu pesquiso uma receita que ele gosta e anoto no caderninho. Mamãe disse que daqui uns anos eu farei automaticamente, sabendo de perfeitamente, cada uma.
Todos devem estar pensando: O que ela faz da vida?
Isso. E eu amo fazer isso. Cuidar da minha casa, ser dona do meu lar. Eu tenho uma vida bem rotineira, Ro é exigente, assim como meu pai; ele decidiu pagar apenas empregados para trabalhos mais pesados, como alguém para lavar a roupa de casa, um jardineiro e uma equipe de faxina para limpeza pesada. Não contratou uma cozinheira, pois, segundo ele, tem nojo.
Então não foi surpresa para mim essa vida de casada. Na verdade, eu nunca cheguei a fantasiar como seria minha vida de casada. Não faço nada que eu não faria lá na minha casa de solteira. Quer dizer, aqui tem muitas outras coisas que considero boas. Como ser a dona do lar e também tem a noite, quando eu abraço meu marido para dormir.
Ele não é desses que se senta no sofá para assistir alguma coisa ao lado da esposa, ou que entra
no chuveiro comigo — nunca tomamos banho juntos para falar a verdade — ou que fica fazendo carinho, que pega a mulher por trás enquanto ela cozinha.
Rodrigo é um homem normal, não é um personagem perfeitinho de romance. Então, a noite, é o único momento que tenho para toca-lo; ou quando ele pede uma massagem nos pés cansados.
Nosso sexo é ótimo, muito bom, antes de casar eu tinha medo e curiosidade e ele atendeu todas minhas necessidades. Ele foi meu primeiro homem e nunca haverá espaço para outro. Só queria que fizéssemos amor mais vezes. Fazemos só na cama, a noite, duas vezes por semana, ou quando ele está mais relaxado.