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Ser mãe não é fácil.
Mas acho que você mãe ou que conhece alguém que já é mãe, tem consciência disso, pois é um trabalho contínuo e sem folga.
Tecnicamente não escolhi ser mãe, a verdade é que mão tinha muitas informações em relação á isso. Eu sabia que as mulheres que geravam os bebês e também sabia de onde saia mas, eu não sabia e nem entendia todo o processo que se seguia até isso acontecer. Não sabia que precisava de um homem em questão.
Conheci meu atual marido com 15 anos. Um absurdo, não é? Eu sei. Mas eu não compreendia o quanto prejudicial era para mim naquela época, me envolver com um homem mais velho e como isso atrapalharia muita coisa na minha vida.
Ele era mais velho do que eu, enquanto eu ainda estava estudando, ele já trabalhava como ajudante de pedreiro com o pai que era pedreiro. Assim como a maioria das minhas colegas, eles me conheceu a saída da escola, numa pequena multidão de alunos ansiosa para ir para casa. Eu era um deles e só queria ir para casa. Ele me acordou de repente mas, com toda a gentileza do mundo. Gentileza essa, que não conhecia.
Posso garantir que me apaixonei naquele instante. Naquele momento em que ele usou palavras doces e gentis comigo, uma menina de 15 anos, que não conhecia os homens e que nunca havia se relacionado com nenhum até então.
Claro que me fiz de difícil. Não queria parecer que era fácil, sempre ouvi minha mãe com as minhas tias falando sobre o assunto, o quanto era feios mulheres com determinados comportamentos. Como mulher, eu devia manter uma postura diferente, me fazer de difícil até ele desistir ou persistir.
Então assim eu fiz nos dias seguintes, onde ele continuou me encontrando na saída da escola, sempre com algum pretexto para me ver. Nos dias que ele não aparecia, eu sentia falta e me questionava se ele não iria aparecer. Mas no dia seguinte, lá estava ele, com alguma desculpa de que trabalhou até tarde e que depois foi direto para casa pois estava muito cansado.
E eu sempre entendia, como se já tivesse algum relacionamento com ele. Até que em determinado momento, ele resolveu me pedir em namoro e eu mesmo sem saber se a minha mãe apoiaria, se meu pai conservador aceitaria, eu aceitei, esperançosa de que eles me entenderia.
Mesmo sem meus pais saberem, namorávamos como se já tivéssemos permissão, para todo mundo ver. Isso não durou muito tempo, é claro, logo os boatos começaram a rolar com o nome de Mário. Havia boatos por toda parte, mas sempre no mesmo contexto, Mário tinha mulher e estava traindo ela comigo, óbvio que não acreditei, ele não iria mentir descaradamente para mim dessa forma, havia sido sincera com ele desde o primeiro instante e esperava apenas que ele fizesse a mesma coisa comigo.
Em menos de uma semana, chegou aos ouvidos da minha mãe que estava namorando com um homem casado. Ela não hesitou em ir me buscar na escola e perguntar ali mesmo quem era, estava prestes a dizer, olhando fixamente para Mário, quando simplesmente ele subiu em sua bicicleta monarca e foi embora.
Não tive mais reação. Não sabia o que dizer, não sabia o quê fazer. Na minha frente estava minha mãe, furiosa comigo e até com razão, por estar sabendo da boca de outras pessoas algo daquela magnitude. E a única coisa que eu queria fazer era correr para bem longe.
Claro que não tive chance, minha mãe me arrastou para casa, onde meu pai já me esperava com o cinto e me bateu até eu dizer quem era ele. Eu não tinha alternativa a não ser contar toda a verdade, em casa sempre priorizamos isso, era quase que obrigatório.
Como se a surra já não bastasse, meus pais me fizeram ir com eles até a casa de Mário e lá descobri que realmente ele era casado. Meu mundo já estava no chão, então quase que não senti aquele baque. A mulher dele se enfureceu logo e partiu para cima dele, exigindo respostas e gritando que iria se separar. Todo instante meus pais diziam que era para ele se casar comigo, que não teriam uma filha desonrada dentro de casa. E aquela confusão continuou por minutos que pareciam uma eternidade, até que a mulher entra em casa, faz uma trouxa e sai, sem ao menos olhar na cara dele.
Naquele momento, tecnicamente me tornei a mulher dele. Meus pais fizeram nosso casamento acontecer o mais rápido possível e logo estava dentro da casa que um dia ele dividiu com outra mulher. Já não sentia o que sentia antes, era como se tivesse evaporado dentro de mim e via nas atitudes dele que também já não sentia a mesma coisa. As vezes me perguntava, se ele não a amava e só estava comigo com medo de ser preso por estupro, pois meus pais o havia ameaçado com isso.
O primeiro e o segundo mês foi de "boa", até que comecei a passar mal de repente e fui parar no hospital, recebendo o diagnóstico de gravidez. Com tudo que estava acontecendo, ainda seria mãe, quando claramente o que eu e Mário tínhamos, mão era benéfico para uma criança. E mesmo querendo abortar e tendo o apoio dele, acabei não cedendo e permitindo que simplesmente gravidez prosseguisse.
E quer saber? Foi a melhor decisão que tomei.
Júlia se tornou minha luz no final do túnel. Tudo que eu fazia era para ela, e também por causa dela tive que largar a escola e comecei a vender doces e bolos na rua para conseguir fazer o enxoval dela, já que meus pais haviam deixado claro que não iriam se envolver.
Foi indo com pequenos passos, que consegui roupa para lavar, casa para faxinas e conseguir fazer todo o enxoval. E mesmo ainda preste a parir, trabalhei e fui sozinha para o hospital quando comecei a sentir dor.
Tive Júlia sem Mário por perto ou qualquer outro parente, só souberam que havia parido quando cheguei em casa e não houve muita surpresa de Mário. A única diferença agora era que tinha que trabalhar com uma recém nascida, o que não era nada fácil e nem um pouco apropriado. Não esperei meu resguardo acabar, não podia, minha filha precisava de fraldas e o pai dela todo o dinheiro que arrumava era apenas para ele, para as necessidades básicas dele, que diferente e mim tinha até que me preocupar com a minha alimentação.
A creche veio a calhar num momento que já não estava dando para levar Júlia, que já não tinha paciência para me esperar trabalhar, queria sempre atenção e estava numa fase que tudo ela chorava. Até então, minha mãe nunca havia ficado com ela para poder trabalhar, muito menos minhas irmãs, era o jeito da minha família cristã e conservadora, me punir, me deixando padecer sozinha e sem qualquer apoio.
Júlia chorava todos os dias. Todos os dias era um escândalo e as tias da creche até entendia. E eu sempre a deixava com meu coração apertado, querendo largar tudo para me dedicar á ela, era o que mais eu queria no mundo, parar de cuidar dos filhos dos outros e cuidar da minha filha.
O emprego que estava numa casa de família, além de não pagar todos meus direitos, me tratavam mal. Comecei aos poucos procurar por outro emprego, por indicação, consegui chegar até outro bem melhor que pagava todos os direitos trabalhistas e tinha horário para entrar e sair, além que nos finais de semana não era necessário ir.
Praticamente o emprego dos sonhos e numa casa ainda mais dos sonhos. Um apartamento, na zonal sul e com muita coisa chic. Tanta coisa Chic que eu tinha medo de quebrar alguma coisa e não é que quebrei uma vez uma taça de cristal e jurei que seria demitida? Esperei pela doutora Gabriela com o coração na mão, já me preparando para o que iria ouvir.
- Luíza - diz ela surpresa ao me ver, franzindo o venho - Seu horário de trabalho já acabou. Aconteceu alguma coisa?
- Aconteceu sim! - digo quase sem fôlego, quase chorando.
- O quê?! - diz assustada.
- Quebrei uma taça - choramingo.
Gabriela fecha os olhos, soltando o ar dos pulmões.
- Uma taça, Luíza?
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