O caminho para seu coração
A proposta ousada do CEO
Uma noite inesquecível: o dilema de Camila
Minha assistente, minha esposa misteriosa
A esposa em fuga do CEO
A Segunda Chance com Meu Amor Bilionário
Um casamento arranjado
A ex-mulher muda do bilionário
Noiva por contrato - Bella mia(série: Destinos entrelaçados)
Um vínculo inquebrável de amor
Teodoro Gonçalves era dono de uma rede de hotéis espalhada por quase todo o território brasileiro. Seu filho Gabriel era o típico mauricinho: O que tinha de bonito e gostoso tinha de irresponsável.
Miguel, o mais novo, era tudo que o pai sonhava: casado há dois anos, dedicado aos negócios, marido exemplar. Mas não era possível ignorar Gabriel, pois ele também era herdeiro dos negócios e era o filho mais velho.
Teodoro decidiu procurar Saulo, seu amigo que vivia em Rondônia e que tinha uma filha com idade para se casar. Miguel escolheu muito bem sua esposa, de maneira que jamais teriam problemas com o casamento dele. Mas não dava pra confiar em Gabriel, e então ele mesmo como pai tomaria a frente do casório.
Além do mais Gabriel já estava passando da hora de casar, e uma união – com a mulher certa – poderia endireitá-lo.
Estavam chegando em Ji-Paraná para acertar os detalhes do casamento, e durante toda a viagem o garoto reclamou. Disse que o lugar era calorento demais, que não nasceu pra viver longe do Rio de Janeiro, que lá devia ser um antro de caipiras. Teodoro se limitou a mandar o filho ficar quieto, pois se Gabriel soubesse levar a própria vida ninguém teria que se meter.
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Clara estava no aguardo do noivo. Ao contrário de Gabriel ela já estava conformada com o casamento, e até ansiosa, pois assim iria morar no Rio de Janeiro e ficar pertinho do mar, que era seu grande sonho.
A família de Teodoro teve negócios na região, mas haviam saído dali e agora desejavam retornar. E o casamento de seus filhos era tudo que precisavam para unir as famílias.
Saulo não tinha tanto dinheiro quanto o amigo, mas passava longe de ser miserável. Teodoro iria abrir uma luxuosa pousada ali, e ele e sua esposa ficariam com o comando do lugar.
Pai e filho chegaram as dez da noite, e um farto jantar os aguardava.
- Teodoro, meu camarada! Há quanto tempo!
- Meu amigo Saulo!
Os dois se abraçaram, e os olhos de Teodoro se puseram em Clara.
- Mas então essa é minha nora? Boa noite minha filha! Há quantos anos não nos vemos?
- Boa noite meu sogro. - Saudou a moça - Venha, vamos se sentar e eu vou pedir pra empregada servir o jantar. Nara! As visitas chegaram!
A serviçal veio e foi servir a refeição. Gabriel chegou já de olhar atravessado, como se estivesse perdido no meio do nada.
- Boa noite meu rapaz!
- Boa noite. O senhor é o Saulo?
- Sim. Essa aqui é a Clara, sua futura esposa.
Os dois se encararam. Clara chocada pois o homem era realmente um monumento, e Gabriel pela maneira simples como a moça estava vestida: Um vestidinho de chita e uma sapatilha branca. Cabelos soltos e com uma tiara.
Mas os olhos daquela garota não mentiam. Ela de inocente não tinha nada.
Durante o jantar os homens não perderam tempo. Já foram logo avisando quais as cláusulas queriam para o contrato de casamento. Cerimônia, quantos convidados, onde seria realizado. Gabriel ficava totalmente perdido, e até ensaiou algumas vezes se intrometer na conversa e dizer que não iria participar daquele absurdo, porém simplesmente não conseguiu falar.
Clara o observava do outro lado da mesa rindo de maneira disfarçada, como se tirasse hora com a cara do rapaz.
Ficou acertado que o casamento seria em Agosto, e que antes haveria noivado e um comunicado oficial dado a imprensa, de que o herdeiro da luxuosa rede de hotéis Lafayette iria se casar.
- E então Clara? O que você acha? Está de acordo com o que vamos colocar aqui? Olhe bem, é seu contrato de casamento e depois não dá pra mudar. – Disse Saulo com seu jeito direto.
Por mais que Teodoro e seu pai fossem amigos, era evidente a diferença entre ambos. O primeiro já moldado e polido pela vasta vivência na cidade, e o segundo ainda bruto, rústico e sistemático, mesmo quando lidava com o casamento de sua filha.
- Sim papai. Eu gostaria de pedir uma corrente de ouro com meu nome como presente de casamento.
- Claro que sim Clarinha.
- Obrigada tio, digo, agora é meu sogro não é?
- Sim, sim, é claro. Saulo meu amigo, eu sei que o Gabriel não poderia arranjar uma esposa melhor! Não é meu filho?
- Ah, é sim. – Confirmou o rapaz.
Ele estava bobo com a maneira direta com que a moça falou. Se viram poucas vezes na vida, agora iriam se casar, e mesmo vivendo naquele raio de cidade ela sabia bem o que queria.
Teodoro pisou no pé do filho por baixo da mesa, e logo Gabriel lembrou de algo.
- Eu já te trouxe um presente Clara.
Saulo abriu um sorriso de orelha a orelha, e Clara se mostrou surpresa.
- Vou buscar no carro.
Gabriel saiu desajeitado e esbarrou na mesa. Voltou um pouco depois com uma caixa de veludo.
- Abre a caixa pra moça ver meu filho.
Ele abriu, e era uma corrente de prata com um relicário. Clara tinha os olhos treinados, e sabia de longe que aquilo era prata pura.