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Era uma tarde de 27 de maio, Débora estava na janela da sala olhando para o imenso jardim, quando uma voz cansada e baixa lhe tirou de seus devaneios.
- Senhorita Débora, com sua permissão.
- Sim Andrade.
-Hoje a noite o Senhor Carlos chegará de sua viagem para os preparativos do vosso casamento, acabei de ser informado que ele estará acompanhado pela família, a senhorita planeja fazer algo diferente para recebê-los.
Débora respirou fundo por alguns segundos, seu olhar ainda estava perdido pelo imenso jardim afora, em seus pensamentos ela procurava uma resposta para tudo o que estava acontecendo.
- Bom, ele realmente está vindo!
Débora murmurou para si mesma, uma dor aguda invadiu sua alma, um traço de rancor brilhou em seu olhar.
- Senhor Andrade o senhor conhece a família do meu futuro esposo melhor do que eu, então sendo assim, deixo tudo em suas mãos, prepare tudo como o senhor achar melhor!
Andrade olhou para os olhos da mulher, não havia sentimentos de felicidade, apenas traços de decepção.
- Sim senhorita, também devo informá-la que eles chegaram às oitos da noite.
- Obrigada Andrade, não se preocupe eu estarei esperando!
Andrade era mordomo da família Park a anos, e nos últimos cinco anos logo após a morte da avó de Débora, ele ficou encarregado de cuidar da jovem até o dia do seu casamento com Carlos.
Débora se mudou para uma das casas que era de seu futuro esposo e morou ali desde então.
Ela era criada como uma filha, apesar de toda a dor do luto, Débora ainda sorria e brincava com Andrade, ela era a luz da casa, uma jovem bonita e alegre.
Mas com a aproximação do casamento essa luz se apagou, e Andrade se sentiu desamparado.
Andrade se retirou da sala com o fardo de lamentação...
- Que garota tola!
O que ele poderia fazer para Débora entender que seu futuro noivo, não era um monstro como diziam?
Débora voltou sua visão para o jardim, uma pequena lágrima desceu pelo seu pequeno rosto, dali uma semana ela estaria casada, o seu coração apertava a cada segundo, quanto mais pensava mais sofria sua alma.
Ela guardava sentimentos por outro homem, um homem nobre e destinto, honrado e amoroso, um homem que a soube conquistar muito bem. Mas agora estava tudo perdido, como esquecer Damon como deixar para trás as juras de amor eternas que eles fizeram, graças a um contrato ela estava presa e destinada a ser de outro, um homem que ela não amava e nem o conhecia pessoalmente.
A noite se aproximava cada vez mais depressa, parecia que Deus queria que aqueles dois par de olhos se encontrassem!
Como seria?
Como o coração reagiria a isso?
Débora estava arruinada!
No andar de cima da casa, em um quarto com belas cortinas e uma decoração quase intacta estava ela.
Em frente a um espelho a moça tentava esconder sua insatisfação...
Uma maquiagem, um par de brincos banhado a ouro ou até mesmo um belo penteado, disfarçaria com graça e estilo seu descontentamento.
Ela lembrava das últimas palavras de sua avó, que sempre falava a ela sobre o futuro casamento e como ela seria feliz fazendo parte da família Park.
- Você será feliz minha filha confie nessa velha que só quer o teu bem, ame para ser amada e perdoe para ser perdoada!
No leito de morte sua vó deu as últimas instruções a ela e pediu para que jurasse que iria cumprir o acordo.
- É para o seu bem minha filha, hoje você não entende as decisões exageradas do seu velho avô mais um dia entenderá, Carlos e você seram uma família perfeita, a família que você nunca teve terá ao lado dele... Me prometa que você vai se casar e viver uma vida boa, escute as palavras dessa velha, me ouça só mais uma vez.
Essas foram as últimas palavras de sua avó, a velha chorava enquanto pronunciava cada palavra, como Débora rejeitaria esse pedido.
...
Segurando um vestido vermelho ela sorriu...
"Decidi tentar o meu melhor vovó por você!"
...
Débora desceu as escadas, o vestido vermelho que ela usava destacava as curvas do seu corpo com elegância e suavidade, a calda do seu vestido se arrastava pelos degraus enquanto cada passo era dado por ela, as pedras vermelhas espalhadas pelo vestido valorizavam seu busto e cintura, o rodado ao longo de suas pernas a deixava mais alta e atraente.
Seus longos cabelos negros ondulados valorizavam a formosura do seu rosto, seus olhos negros foram destacados pela maquiagem que a tornava radiante e mais jovem.
Ela estava belíssima!
...
Tomando uma taça de vinho uma mulher cujo os olhos estavam serenos esperava pacientemente.
Ela manteve a calma, depois de duas semanas desespero...
Agora era hora de encarar a realidade...
A sua realidade!
Algumas horas daquela noite, barulhos foram ouvidos do lado de fora.
Ele havia chegado!
"É ele, ele realmente chegou."
Enquanto pensava, seu coração acelerava, e enquanto seu coração acelerava a porta foi aberta...
Em um, dois, três segundos a família Park entrou.
Lia foi a primeira a entrar, ela era mãe de Carlos, conhecia Débora desde que ela era pequena, e para ela era uma honra receber Débora como sua nora.
Quando Lia viu Débora ela andou apressadamente até ela de braços abertos, fazia doze anos que Débora não a via, todas as vezes que Lia ia ao país, ela visitava Débora e sua mãe, porém depois da morte de seu país ela nunca mais compareceu apenas ligava para a avó de Débora para saber como Débora estava.
- Débora querida, que linda mulher você se tornou, vi suas fotos mas não acreditei, na verdade você é mais adorável pessoalmente!
Sua mão acariciava o rosto da pequena jovem mulher, Lia lhe deu um abraço apertado, e esse abraço trouxe um sentimento incomum a Débora.
-Amor olha que moça encantadora!
Senhora Lia se sentia feliz, Débora se sentiu feliz, não era tão ruim como ela imaginou.
Um senhor de meia idade se aproximou de Débora, o sorriso do homem era invejável, o abraço do futuro sogro a pegou de surpresa, mas na verdade foi uma surpresa boa!
- Seja bem vinda a família Débora, estou feliz em revê-la!
- Obrigada senhor...
- Não, não sem senhor me chame de pai!
O Senhor Álvaro era alegre, e isso deixou o ambiente da casa mais alegre.
Logo após foi a vez das irmãs de Carlos, Valéria e Vanuza, as moças eram novas e belas cada uma com sua beleza própria, o abraço também foi forte e as risadas eram altas e aconchegantes.
Débora estava tão ocupada dando atenção a família que ela esqueceu completamente de Carlos, que estava parado perto a entrada observando a cena.
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