Noiva por contrato - Bella mia(série: Destinos entrelaçados)
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Minha querida, por favor, volte para mim
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Um vínculo inquebrável de amor
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O retorno chocante da Madisyn
O Romance com Meu Ex-marido
A Segunda Chance com Meu Amor Bilionário
Lágrimas da Luna: Dançando com os príncipes licantropos
Ao chegar cedo ao trabalho, fui informada de que nosso sistema estava passando por mudanças graduais. Algumas máquinas poderiam eventualmente travar durante o atendimento, e teríamos que lidar com os clientes da melhor forma possível.
Aguardar na fila e, no momento de efetuar sua compra, não poder ser atendido pelo fato do sistema sair do ar era algo que deixaria qualquer pessoa irritada. Infelizmente, era uma possibilidade que poderia ocorrer durante meu trabalho naquele dia, e eu rezava para que isso não acontecesse comigo.
No entanto, quem disse que eu era imune a esse tipo de azar? Minha máquina registradora travou e, após tentar tudo, tive que chamar o gerente, pois mesmo após reiniciar, o sistema não voltou a funcionar. Foi então que sugeri abrir o caixa ao lado para que eu pudesse continuar meu atendimento, enquanto eles tentavam solucionar o problema com aquele.
Meu gerente chamou o encarregado do sistema, e foi então que um homem moreno, lindo, sexy e com um ar misterioso apareceu. Seu sorriso era um convite para o desconhecido, além de ele esbanjar uma confiança inabalável em sua postura, uma presença que comanda atenção sem sequer tentar. No entanto, foquei minha atenção no trabalho.
Ainda bem que o cliente da vez era o Sr. Manoel. Apesar de idoso e com uma idade bem avançada, seu humor era como o de um jovem, e nem todos os jovens possuíam a alegria daquele senhor. Após passar quase metade de suas compras, expliquei que teria que realizar tudo novamente, agora no caixa ao lado.
— Acredito que tirei o bilhete premiado. — Sr. Manoel falou, sorridente.
— Bilhete premiado, Sr. Manoel? Mas bilhete premiado seria algo bom, não? — Perguntei, duvidando que esperar para passar suas compras novamente devido a problemas no sistema fosse algo bom.
— Mas claro que isso é algo bom, minha filha. — Disse ele. Olhei para ele sem entender nada, mas com um sorriso no rosto. — Esse imprevisto me faz desfrutar mais de sua companhia. Você me faz lembrar minha querida esposa em nossa época de juventude. Sempre de bom humor. — Ele continuou, e não tinha como não amar aquele senhor.
— Mas me responda, Sr. Manoel, adiantaria estar aqui de mau-humor? Isso não facilitaria meu dia, só o tornaria ainda pior. Oferecer um sorriso torna feliz o coração, enriquece quem o recebe, sem empobrecer quem o doa.
— Por isso faço tanta questão de ser atendido por você, minha filha. Mesmo que a fila esteja um pouco maior, você enriquece mais o meu dia com seu lindo sorriso.
— Fico muito lisonjeada por isso, Sr. Manuel! — E, quando nos demos conta, já havia passado suas compras, sem nenhum tipo de reclamação por parte dele.
No entanto, notei que estava sendo observada pelo encarregado do sistema, que tentava fazer com que o sistema do meu caixa voltasse a funcionar.
Após a saída do Sr. Manoel, olhei melhor para ele. Ele era realmente lindo, e seus olhos de um verde profundo me encararam de volta. Devolvi um sorriso envergonhado. Contudo, logo comecei a atender outro cliente, e naquele dia o supermercado estava realmente muito movimentado.
Quase sempre era uma das últimas a sair para almoçar. Quando me sentei para desfrutar do meu horário de almoço, não esperava companhia. Até que aquele homem charmoso se sentou ao meu lado.
— Você sempre trabalha com todo aquele bom humor? — Ele perguntou, colocando seu prato na mesa.
— Sempre tento. Torna meu dia melhor. — Respondi, simplesmente.
— Acredito que você foi a única que não escutei reclamar de nada até agora. Isso realmente é surpreendente, pois já passei por quase toda a loja, e não apenas aqui nessa unidade. — Aquilo me fez rir.
— Lamentar não resolve problemas. Só nos deixa mais amargos…
— Faz sentido — ele disse simplesmente e sorriu. Voltamos a comer em silêncio.
Depois daquele dia, ele sempre fazia questão de comer no mesmo horário que eu. Não sei como ele sabia o horário, pois, vez ou outra, alguém pedia para trocar comigo, mas todas às vezes que eu chegava ao refeitório, ele aparecia logo depois. Assim, construímos uma amizade, até que, após um tempo, ele me convidou para sair, e eu aceitei feliz.
Todos o conheciam como o rapaz de TI, e ele sempre se apresentava como Dominik Nunes, então nunca o ligariam ao império Rossi. Após alguns meses, engatamos um relacionamento sério. Ele foi um verdadeiro príncipe encantado em nossa primeira noite juntos.
Não fui a primeira dele, mas ele foi meu primeiro homem. Então, aquela noite havia sido mágica para mim. A forma como ele foi cuidadoso, gentil e amoroso durante todo o processo foi de um verdadeiro cavalheiro.
Depois daquele momento, tudo foi ficando mais sério, e quando nos demos conta, ele estava quase morando em minha casa. Mas em nenhum momento ele havia falado de sua família, e eu, idiota, imaginei que ele fosse tão sozinho quanto eu. Após a morte de meus pais, eu não tinha mais ninguém. Era só eu e o mundo diante de mim.
Quando minha menstruação atrasou, imaginei que poderia ser algum problema hormonal, afinal, eu sempre fui muito pontual com minhas injeções anticoncepcionais. Um filho poderia atrasar meu sonho profissional, e eu nunca havia conversado sobre isso com Dominik. Ele sabia apenas que eu tomava as injeções e nunca me questionou a respeito.
Comecei a sentir um pouco de enjoos matinais e comentei com uma amiga. Ela me aconselhou a fazer o teste de farmácia, mesmo que eu acreditasse que fosse apenas um problema hormonal. Era melhor descartar a possibilidade de gravidez antes de considerar outras hipóteses.
Naquele mesmo dia, passei na farmácia e comprei o teste sem mencionar nada para Dominik. Ele me ligou informando que chegaria mais tarde em casa, e quando finalmente chegou, me viu chorando, demonstrando preocupação.
Após revelar o motivo para estar naquele estado, ele simplesmente disse precisar sair e me deixou sozinha. Engraçado que, naquele momento, senti que não poderia contar com ele. Percebi que ele encontraria uma forma de se afastar de mim e, por incrível que pareça, não me importei muito com isso.
O que realmente me machucou não foi ele ter me deixado sozinha, mas sim o fato de ter me feito de idiota durante tanto tempo. Estava com raiva de mim mesma por acreditar que ele era o príncipe encantado, quando, na verdade, não passava de um lobo mau.
Passaram-se alguns dias sem nenhum tipo de contato. Nem mesmo uma mensagem de texto. Ele simplesmente sumiu, e nem no trabalho ele voltou a aparecer. Até então, não havia revelado a ninguém sobre minha gravidez e não pretendia fazê-lo.
Queria primeiro esclarecer que não estávamos mais juntos e depois revelar que estava carregando um filho meu, cujo pai era desconhecido. Quase um mês após não ter mais nenhuma notícia de Dominik, ao chegar em casa, o encontrei na sala, sentado e aguardando por mim.
Aquilo me enfureceu de tal forma que até eu não me reconheci naquele momento. Ele invadiu meu espaço após ter virado as costas e sumido. Não tinha o direito de achar que, por não devolver a chave, poderia simplesmente entrar em minha casa e me esperar lá, sem nem ao menos me perguntar se podia.