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A Luz do Por do Sol

A Luz do Por do Sol

ThaaneLima

5.0
Comentário(s)
33
Leituras
5
Capítulo

Mais um romance clichê para te mostrar que amar ainda é possível no nosso século. Allie é estudante de Jornalismo na University of Pennsylvania , ao conhecer Harry, considerado lunático, se vê no dever de entendê-lo e ajudá-lo. Mas se já não é tão fácil lidar com seus demônios, quem dirá os demônios de outra pessoa.

Capítulo 1 Encontro

"Universidade da Pennsylvania", escrevo no documento Word que se apresenta na tela do meu computador. Estou na biblioteca central, tentando terminar um trabalho que procrastinei quase o período inteiro, mas agora estou só formatando, acrescentando o cabeçalho e as referências enquanto ouço minha playlist favorita, "Para dias ruins". Não que hoje seja um dia ruim, mas normalmente eu estaria mais feliz do que hoje, essa playlist me anima. Emerjo de volta no trabalho, com o fundo de Dancing with myself, Billy Idol.

Quando o finalizo, abro meu velho e bom tumblr, que tenho desde meus 11 anos, e mesmo com 20 ainda é o lugar underground que eu mais gosto até hoje. Analiso algumas postagens e resolvo ficar ali, olhando-o até dar a hora da aula. Abro a opção "About me" e leio como se nunca tivesse lido antes, ou até mesmo escrito.

"Livre para ir e vir, livre para escrever e apagar, livre para cantar e me calar, livre para esquecer e lembrar.

Vá, venha, escreva, apague, cante, cale, esqueça, lembre.

Allie, jovem de 20 anos, estudante de Jornalismo, escrevendo para a cura da humanidade ou para seu tormento.

Sigam-me os que desejam ser bons, mas que não encontram bondade em si."

Sorrio ao ler novamente, isso me inspira e me ajuda a pensar em coisas boas.

Ao meio dia, Cassandra me liga, perguntando se eu irei almoçar no Refeitório da Universidade. Eu não costumo almoçar lá, mas eu já estava ali, não me custava nada. Em alguns minutos, ela passa de carro e vamos até lá. No trajeto, que não é muito longo, conversamos sobre alguns assuntos referentes a faculdade. Cassandra é minha irmã mais velha, está terminando medicina, e eu estou na metade do curso de jornalismo. Nós não nos vemos muito na Universidade, pois os horários e Polos são divergentes, mas de vez em quando nossos horários colidem e conseguimos almoçar juntas. Ela estaciona o carro, e quando ela entra na vaga, vê que ficou muito perto do carro ao lado, tão perto que não consigo abrir a porta. Sem olhar pelo retrovisor, ela dá ré. Ouço um barulho alto de buzina, e quando olhamos para trás, alguém está emputecido com aquilo. Eu pude ver o motorista gritar, e arrancar com o carro logo em seguida. Era um garoto da nossa idade, mais ou menos, e não parecia contente. Cassandra ajeita o carro em silêncio e tudo que consigo dizer é:

"O que foi isso?" —e solto uma risada.

Ela ri um pouco e solta a tensão.

Quando descemos do carro, vemos o cara se aproximar, mas ele não parece estar afim de dizer algo, passa por nós duas com um olhar fulminante. O olhamos e minha irmã grita:

"Ei, desculpa!"

Caminhamos para dentro do refeitório, e entramos na fila quilométrica. O garoto está um pouco a nossa frente, e consigo vê-lo, inquieto, mexendo no celular, balançando as chaves do carro e batendo os pés. Ele é alto, parece ter 1,80, está vestido com uma camiseta azul-marinho com o símbolo do curso de Direito, bermuda bege e chinelos. Barba por fazer, cabelo bagunçado, o cara emburrada. Não consigo negar minha atração, mas ele simplesmente me parece um completo idiota.

Cassandra percebe meu olhar sob o garoto, e intervém:

—Não acho que deva se preocupar. Tecnicamente ele quem deveria ter me esperado ajeitar o carro.

—Mas ele foi idiota.

—Rampampampam¹ nele.

Rimos com o meme e voltamos a falar de coisas aleatórias. Evito olhá-lo enquanto estamos por perto, e ele some depois que nos sentamos para comer.

Enquanto almoçamos, rezo para Cassandra não entrar no assunto que estou evitando. Mas ela não se contém, ou pelo menos disfarça sua curiosidade.

—Você se resolveu com o Will?—pergunta colocando uma garfada na boca.

Engulo o gole de suco que estava na boca e respondo:

—Não vai acontecer.—dou de ombros.

—Por que não? Vocês se davam tão bem, e parecia fluir agradavelmente para ambos.

—Parecia não é?—faço careta.—Mas não era assim, eu estou evitando falar, porque ele terminou comigo e neste momento está com outra garota. Não estou reclamando, mas eu realmente achei que ele quisesse dar um tempo de relacionamentos, mas está lá, postando fotinha dizendo que ama.—digo furiosa.

Sinto meu rosto queimar enquanto remexo a comida.

O resto da refeição Cassandra não entrou no assunto, tentou me falar de coisas que me animam como festa de criança e sociais na casa dos nossos amigos. Disse que amanhã, sexta-feira, aconteceria uma na casa do Sam, e me chamou para ir. Respondo que vou pensar, mas no fundo eu já disse "sim".

Quando terminamos me levanto rapidamente, jogando a cadeira para trás, sem olhar muito, e alguém ia passando na hora. Bati com a pessoa, fazendo-a derrubar a bandeja e quebrar o prato. O barulho estrondou por todo o refeitório, automaticamente todos começaram a bater palmas. Ao me virar, meu coração acelera ao ver o rosto do garoto que trancou minha irmã há 40 minutos. Meu arrependimento é dobrado.

"Você não tem visão periférica não?"—diz entre os dentes, claramente tão irritado quanto antes.

Eu viro um CD arranhado falando a mesma palavra a todo instante.

"Desculpa!"

O que mais de desastroso pode me acontecer envolvendo esse macho? Pelo amor de Afrodite.

¹ "Rampampampam" — Termo (meme) usado para se referir ao ato de matar um homem escroto, referenciado na música Man Down, da diva Icônica Rihanna.

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