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Londres - Inglaterra.
Ano de 1920.
Observei a paisagem pela janela do carro enquanto meu pai dirigia com cuidado sem dizer uma palavra, ele estava zangado e também pensativo por causa da missão que Murphy, seu superior me deu.
Trabalhávamos em uma agência secreta do governo britânico.
Meu pai era como um chefe que ficava fiscalizando o trabalho dos agentes, tinha seu próprio escritório, nos dava broncas, tinha intimidade com a família real por conta de seu cargo importante, mas não estava acima de Paul Murphy, um dos fundadores da agência.
Eu tinha recebido uma missão e tanto dele, eu provavelmente passaria alguns meses para cumpri-la.
Iria me mudar para Birmigham, uma cidadezinha tomada pelo terror causado pelas perigosas gangues que lutavam entre si.
Meu trabalho era fazer amizade com as pessoas de lá, para juntar informações úteis para mais tarde poder prender Thomas Hartman, o líder da maior e mais perigosa gangue da cidade. Pelo o que foi me passado, toda sua família também fazia parte, ou seja, todos eram criminosos.
— Você deve ser esperta e tomar bastante cuidado. — meu pai disse baixinho. — Esse homem é um criminoso disposto a subir na vida de qualquer jeito.
Eu balancei a cabeça e sorri falsa para ele. Nós dois não tínhamos uma das melhores relações.
— Sei me cuidar muito bem, papaizinho. — eu ironizei a última palavra. — Esqueceu que já me infiltrei diversas vezes em lugares como Birmingham?
Ele ficou calado e continuou dirigindo, aumentando a velocidade.
Alguns minutos se passaram e finalmente chegamos na estrada que levava a entrada da cidade que seria meu lar por um pequeno período, pelo menos era o que eu esperava.
Não queria passar meses para concluir uma missão! Meu pai encostou o carro em um lugar perto da estrada de terra e tirou um cartãozinho de seu terno.
— Você ficará nessa pensão. — ele disse e me entregou o cartão. Eu analisei o mesmo com atenção. — Se em qualquer momento, sentir dificuldade em prosseguir, me ligue.
Eu assenti depois de hesitar por um momento.
— Está bem. — eu sussurrei e estiquei o braço, para abrir a porta do carro.
— Eu te amo, Ava. — meu pai segurou meu braço, me fazendo ficar imóvel por um segundo. Eu apenas olhei para ele e sem falar nada, saí do carro.
Ele não podia me deixar na entrada da cidade, era arriscado. Alguém podia vê-lo e reconhecê-lo, pois seus status de amigo da família real o deixaram bastante conhecido por toda Inglaterra.
Sem ao menos olhar para trás, eu comecei a andar pela estrada de terra, logo sumindo do campo de visão do meu pai, por causa da neblina que se fazia presente por todos os cantos.
Arrumei meu sobretudo, me aconchegando no mesmo e fechei os olhos por um momento enquanto sentia o vento frio vindo de encontro ao meu rosto.
Andei por uns cinco minutos até que finalmente cheguei na cidade.
Meus olhos se arregalaram e eu franzi a testa, surpresa com o que estava diante dos meus olhos. Essa cidade era uma loucura! As pessoas gritavam umas com as outras, carros iam para lá e para cá, mendigos imploravam por ajuda, prostitutas faziam seu trabalho na rua mesmo, sem se importar com os olhares…
Mas na verdade, os que passavam e viam nem se importavam, pareciam acostumados com essa pouca vergonha.
— A bonequinha está perdida? — eu me assustei quando um homem tocou meu braço. — Diga-me! Talvez eu possa ajudar.
Me afastei rapidamente e ele sorriu maliciosamente. Continuei andando e a cada segundo que passava, algo me surpreendia, porém não positivamente.
Naquele momento eu estava me perguntando onde fui parar.
As ruas eram bem sujas, a neblina tomava conta de todos os lugares e ratos corriam assustados, provavelmente procurando um esconderijo.
Pessoas de todos os tipos andavam pelas ruas e algumas delas com um sorriso no rosto, como se não enxergassem o que havia bem debaixo do seu nariz.
Os homens vestiam sobretudos e chapéus, enquanto as mulheres vestidos encantadores e carregavam pequenas bolsas e guarda-chuvas.
— The Garrison. — sussurrei o nome que estava estampado na janela de um lugar, que parecia ser um pub. Sem ao menos hesitar, eu abri a porta, não demorando muito para já estar dentro do lugar, que era muito bonito.
Eu não estava errada, realmente era um pub.
Homens bebiam, fumavam, riam e conversavam, alguns estavam sentados próximos as mesas e alguns em pé, se divertindo enquanto ouviam os outros.
No meu lado direto, havia um bar com alguns banquinhos. Me aproximei do bar e o homem que limpava o mesmo me olhou confuso.
— O que uma mulher com uma aparência tão doce faz aqui? — perguntou, levantando as sobrancelhas. — Você não parece ser uma prostituta.