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Angelina
"Angelina, levanta!" Uma voz estridente ecoou nos meus ouvidos. Soltei um gemido. Não queria abrir os olhos, decidi ignorar.
"Mas que diabos!" Gritei, chocada e incrédula, ao encarar minha melhor amiga. Ela segurava um balde vazio e exibia um sorriso maroto.
"Você ficou doida, Lexi?" Gritei, apontando para minha blusa encharcada e a cama toda molhada.
Ela apenas revirou os olhos. "Vamos, Angel, você é a pessoa mais preguiçosa que eu conheço. Não sei como te aguento."
Fiquei indignada.
Lexi era simplesmente perfeita. Tinha lindos olhos verdes e cabelos cacheados curtos que balançavam no pescoço, além de um corpo incrível. Seus pais, o Sr. e a Sra. Swartz, eram donos de uma pequena editora e muito bem conceituados. Ela morava com os pais e o irmão mais velho, Josh. Lexi era vidrada em ginástica, malhava todo dia para aprimorar cada centímetro do corpo. Para mim, ela era o exemplo perfeito.
E eu?
Bem.
Meu cabelo era longo, preto e chegava até a cintura, meus olhos eram castanho-escuros quase pretos, e eu não tinha aquele corpo que as garotas invejam e os garotos babam.
"Minha chata." disse, olhando para ela. "É domingo. Ao contrário de certa pessoa, eu gosto de dormir até mais tarde." Dormir é meu hobby e, no domingo, quase uma obrigação sagrada. No fundo, quem é que não gosta de uma boa soneca?
"Não! Você não vai desperdiçar o dia dormindo hoje, Angel." O sorriso dela se alargou. "Porque a gente vai fazer compras!"
Pulei da cama num instante. O sono desapareceu na hora.
Toda garota adora um shopping, né? É divertido, é terapia. Lexi e eu compartilhamos essa paixão. Era uma das poucas coisas que a gente tinha em comum, porque no resto. éramos bem diferentes.
••••
"Angel, olha aquele cara lá. Que gato!" Lexi sussurrou. Já havíamos gastado duas horas provando roupas e sapatos. Ela insistiu para pagar a conta, mas eu recusei na mesma hora.
Olhei de relance para o balcão ao lado e revirei os olhos. "O que foi?" ela perguntou, horrorizada. "Você ficou maluca? Como é que revira os olhos para um gato daquele?" Ela apontou discretamente para o rapaz.
"Lexi, não fico babando por caras que nem notariam minha existência. Esse tipo só quer te usar e sumir quando enjoa. Meu namorado vai ser muito melhor que qualquer 'gato' desses", expliquei.
"Angelina, você já passou dos 18 e ainda fica esperando o príncipe encantado aparecer do nada. Se quer um namorado, tem que abrir os olhos e sair da toca."
Bla, bla, bla.
Ignorei o resto do discurso e continuei fingindo interesse, até que meu olhar caiu sobre o carro estacionado do outro lado da rua.
Fechei os olhos e respirei fundo, esperando que sumisse. Mas quando abri, ele continuava lá. Desviei o olhar e ergui os olhos para Lexi, que falava algo sobre golfinhos. Mesmo tentando ignorar, uma sensação de medo e pânico crescia dentro de mim. Voltei a olhar para o carro. Fazia duas semanas que eu o via por toda parte: no shopping, perto da casa da Lexi, em vários cantos. Às vezes estacionado, outras vezes apenas parado.
"Lexi, é o mesmo carro de que te falei", sussurrei, apontando. Seus olhos seguiram minha direção, observaram o carro com desconfiança, e então ela franziu a testa.
"Angel, deve ser coisa da sua cabeça, querida", disse, convencida. "Quem você acha que te seguiria? Você não tem inimigos."
Pensei no que ela disse. Era verdade: não tinha ex-namorados loucos, nem rivais obcecadas. Não era popular na escola e nem lembrava de ter brigas feias. Havia tantas garotas bonitas na cidade. Duvidava que fosse algum stalker maluco.
"Lexi, vamos comer alguma coisa. Tô faminta", disse, tentando tirar o assunto da cabeça.
"Sim, bora! Meu estômago está roncando", ela exagerou, pegando minha mão.
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