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Aqui estava eu, Clara, grávida de oito meses, no corredor frio de um hospital, a enfrentar a decisão mais terrível da minha vida.
Minha mãe, Sofia, jazia inconsciente após um acidente de carro, a precisar desesperadamente de uma transfusão de sangue.
Ao lado, pálida, estava a minha cunhada Laura, com apenas alguns arranhões.
A enfermeira informou que só havia uma bolsa de sangue compatível.
Meu marido, Pedro, o pai do meu filho ainda por nascer, virou-se para mim e para o médico.
"Se só há uma bolsa, que seja para a Laura. A Laura só me tem a mim."
Fiquei sem palavras. Ele me abandonou ali, à beira da vida ou da morte da minha mãe.
Minha sogra então chegou, cuspindo veneno.
"A culpa é tua! A tua mãe já viveu o suficiente! O sangue é para a Laura!"
Ninguém me defendeu. Pedro permaneceu em silêncio, o seu silêncio uma concordância gélida.
De repente, uma dor lancinante tomou conta de mim.
O stresse, a humilhação, a traição do homem que amava...
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