Noiva por contrato - Bella mia(série: Destinos entrelaçados)
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Lágrimas da Luna: Dançando com os príncipes licantropos
O céu, naquela noite de outono, estava cheio de nuvens que encobriam quase toda a lua.
No Hotel Vitória de seis estrelas, o mais luxuoso da cidade, as atividades corriam em ritmo acelerado, já que José Fernandes, um empresário mundialmente famoso, o reservara por completo pela noite inteira.
Usando um terno preto e portando um cigarro entre os dedos longos e finos, José se encontrava sentado em um canto da sala ostentosa, criando uma aura misteriosa à sua volta com a fumaça do cigarro.
"Senhor José, nós nos divertimos muito hoje, mas já é tarde", exclamou o homem de pele escura ao lado dele. Sua aparência era comum, com sobrancelhas espessas e olhos grandes.
"Senhor José, pelo que ouvi, a senhorita Carolina é uma pessoa muito sociável, o que explica sua fama entre os homens. Isso faz você se sentir inseguro?", disse outra pessoa.
Da mesma forma que aqueles homens, quase todos desconfiavam desse casamento. No entanto, José estava disposto a se casar com a garota e, portanto, aos demais só restava usar a imaginação e criar fofocas.
O empresário sorveu um gole de sua bebida com muita tranquilidade.
"Crespo Rabelo me deve uma grande quantia em dinheiro. Mesmo assim, ceder sua preciosa filha em casamento não é suficiente para me pagar", disse ele com naturalidade.
"Senhor José, isto quer dizer que Crespo está apenas tentando ganhar tempo? Isso significa que ele considera sua filha muito valiosa", disse o braço direito de José, Júlio Araújo.
José, com a expressão séria de sempre, deu uma tragada no cigarro e disse: "Fique de olho em Crespo Rabelo, mas com cautela. Vou fazer da vida dele um inferno!"
"Senhor José, você vai fazer da vida de sua esposa um inferno a partir desta noite?", perguntou outro homem, com um sorriso malicioso no rosto. "Ou, por acaso, haverá algo especial?" José nunca tivera a oportunidade de conhecer a filha amada da família Rabelo, somente tinha ouvido falar a respeito dela. Na verdade, poucas pessoas tinham conseguido vê-la até então.
"Senhor José, ouvi dizer que ela é linda e sensual. Os homens se sentem atraídos por ela, de maneira natural, porque ela tem uma energia que faz com que todos a desejem."
Os homens que estavam sentados naquele sofá participavam ativamente da conversa, falando sobre a noiva enquanto ela não aparecia.
Por outro lado, a mulher que estava sentada à direita de José tinha uma expressão chateada no rosto. Era evidente que ela odiava a mulher de quem todos falavam.
"Para mim, chega!" Ela exclamou, não conseguindo mais se conter.
"Ah! Parece que a senhorita Ana ficou irritada." Ana havia trabalhado para o empresário a vida inteira, e era mais que evidente, para qualquer pessoa com um pouco de perspicácia, que José tinha um lugar especial no coração daquela mulher.
Claro, os dois eram muito próximos, mas não de forma íntima. Ela não logrou se casar oficialmente com José para se tornar sua esposa, e agora outra mulher, chamada Carolina Rabelo, estava tirando dela, em definitivo, esta possibilidade. Além disso, Ana achava que Carolina nem mesmo merecia se casar com José.
"Você está chateada?", perguntou o homem, enquanto apagava o cigarro e a fitava fixamente, com um sorriso quase imperceptível nos lábios.
"Senhor José!" Ela exclamou, mas não disse nada mais. A mulher sabia perfeitamente qual era seu lugar. Não importava o quão perto estivesse dele, ela deveria simplesmente cumprir suas obrigações e nada além disso.