Cartas Para Thomas
e Março
orava era imensa, e dois quarteirões à frente estava a casa de sua família. Confesso que não conhecia muito dos viz
a com ele perto da cerca baixa da minha residência. Uma mulher loura
depois dela para ele num se
e dobrava pequenina e verde na esquina. – Aí estava
Ah
u para ela. – Mãe, essa é a menina
o e o sorriso tão dócil daquela
anto confusa, mas tentei sorrir. A senhora parecia
minha mãe ao meu lado s
perguntou antes mesmo de qual
cabeça em
questionou abaixando-se pa
esmo se apresentou para
fala demais. – A loi
Thomas
ãe e ignorando o protesto do filho. – Moramos ali na fren
e sorriu também. – Não sabia qu
bia se podia consider
e sim. – Vamos juntos? Meu pai costuma me levar pra escol
um empurrãozinho para eu sair portão afora e se
eu pensei em como ele deduziu is
cer cordial. Não podia afirmar is
continuou empolgado e eu quis rir. – A ge
estava feliz por ter alguém tão aberto e disposto a começar uma
para a escola a pé, era perto. O ruim é que conseguia ouvir os sinos da minha
eguia questionar as coisas em voz alta. Mas Thomas era aberto, e tudo o que vinha aos seus pensamentos saia em sua boca. Algumas pessoas poderiam achar isso irritante, e eu
minha casa costumava estar cheia de primos e parentes que faziam o meu dia ser mais do que
stavam por perto, cada um com uma peculiaridade diferente e muito engraçada que s
longe dos parentes, ainda não tinha feito amigos p
bolo para lá esta tarde – Mamãe questionou e eu neguei novam
m dela e meu pai. E, claro, Thomas. Mas geralmente eu o encon
pessoas direito na minha sala. – Just
essoas. De alguma forma eu sabia que uma festa de aniversário no colégio não levantaria
Prometeu ao me entregar o lanche da escola. –
sa do novo trabalho. Ele costumava passar alguns fins de semana trabalhando, suas folgas eram em dias
mente era dia de prova e toda a sala ficara concentrada boa parte do tempo sem f
s faziam algazarra e comemorava por
ersava com Freddie que estava à frente. Logo imaginei que ele desistiria de ser meu amigo
ônibus ele se voltou para
onei antes que ele fa
foi direto e eu me perguntei
cha que est
tal certeza. – Dá pra ver no seu
ingênua que pairava na personalidade dele que me fazia sentir um pouco de inveja. Não
igos, mas se existia alguém naquela sala que merecesse a minha amizade, esse alguém era ele, mesmo eu sendo tão
iversário. – Fale
niversário? – Perguntou com ce
estou triste porque as pessoas que co
fizesse sentido. – Você
i o c
. – Contou em sua mente e concluiu. – Mas porqu
ninguém de lá. – Falei s
uma expressão de ofensa e enfi
so para tranquilizá-lo, mas creio
situação e levantou o braço, envolvendo-me de lado num quase a
assento que fez meus ouvidos doerem. – Hoje
e começaram a cantar após Thomas puxar o início da música. Se houvesse uma maneira de pu
cio e cara fechada o quanto estava aborrecida com ele. Afinal, se eu mantive a
untou, se colocando à minha frente
– Eu te contei porque achei que fosse meu amigo, e como você mes
omas enfatizou com convicção. – Só q
o em direção à minha casa às pressas e sem me
ter gritado aos quatro ventos para fazerem isso. E era exatamente por coisas como essa que e
apenas não conseguia não sentir vergonha de
preparava o café da manhã e discutia com papai a possibilidade de irmos
e fui para a sala curiosa para saber o que estava fazendo ali, e percebi que seu
dos acontecimentos do dia anterior. Não havia contado nada para mamãe, claro
a, se voltou para mim – Tho
nsmissão de pensamento suplicaria para ele não falar nada – pelo men
e estendeu sua mão com o
ci um pouco mais bai
culpas por te aborr
ranziu
guntou para a mãe dele v
tar parabéns pra ela. – Ele respondeu com um
– Informei com um pouco
explicou após rir por uns segundos de tod
todo mundo, senão, como eles
ão pode fazer isso com as p
la ninguém nunca descobriria. – Fiz cara feia e dei de ombros. - Vocês não querem toma
omeçou a dizer, mas num pulo Thomas
erou quando percebeu a int
odemos ficar
que tivesse bastante espaço era fazer uma piscina, mas por enquanto estava ocupad
co, café, leite, pão e fomos para lá. O sol estava alto já, mas havia uma gosto
homas falou sobre o presente a
. Eu nunca havia recebido cartas
o presente, mas não deu tempo de nada além de
mitir. Parecia um presente muito mais íntimo agora. – Uma vez eu
nem minha mãe e nem a mãe dele houvessem ouvido isso. Era um segredo um pouco doloroso para mim, e eu não
u. Notei que ele havia abaixado
e omb
Acho que não g
ndo conclusões, eu não sei dizer. Mas não gostava quando os outros olhavam demais para mim, porque sempre soube que
r cartas se quiser. – Afirmou com um grande sorris